Capítulo 62

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      Quando estava começando a ficar com alguém, Diego não tinha problema nenhum em ir para cama.  Muito pelo contrário, na maioria das vezes ele transava logo no primeiro encontro. 

     Só que com Christian era diferente. Várias coisas estavam envolvidas. Ali era um amigo e portanto tinha medo que a amizade ficasse abalada caso não dessem certo. Fora isso, tinha o medo do preconceito - da família e dos amigos.

       Outra coisa que mexia com ele  era o fato de ser a primeira vez que transaria com um homem. Para tal ato considerava-se virgem e tinha muito medo de fazer as coisas erradas e de sentir dor, não conseguindo aproveitar bem o momento.

       Olhando para Diego, Christian sabia o quanto ele estava tenso com a situação. Sentados na cama, Christian iniciou um beijo com carinho, segurou em sua cintura e foi conduzindo para que Diego deitasse.

       Diego deslizou a mão direita no tórax de Christian e com a outra mão o trouxe mais para perto do seu corpo. Pele já estava arrepiada com aqueles carinhos e sentia  sua respiração falhar em meio ao beijo.

        Despiram-se, tirando a roupa um do outro e distribuindo beijos que arrepiavam o seu corpo. Com todo carinho e cuidado, Christian conduziu tudo da forma mais leve possível. Ficava atento ao comportamento de Diego e como ele correspondia para que pudesse dar prazer ao amigo da melhor forma possível. 

           Apesar de todos os seus medos e receios, Diego se sentiu a vontade durante a transa. Aos poucos seu nervosismo foi passando e conseguiu se entregar mais. A dor foi inevitável, já que foi a primeira vez que sentia um membro dentro de si. No começo foi desconfortante, mas ele sabia que da próxima vez seria tudo mais fácil. 

         No fim da noite, abraçados na cama, Christian trouxe Diego mais para perto e deu um beijo em seus lábios. 

        - Obrigado pela noite! Você não imagina o quanto você me faz bem!

       - Você também me faz! - Diego sorriu. 

       - Eu te amo! - Christian disse e Diego novamente engoliu seco. Porém ele sabia que não podia reprimir isso. Ainda mais depois do que haviam acabado de fazer. 

        - Eu também te amo, Chris! - disse, voltando a beijá-lo.

      

         A noite não foi fácil nem para Dulce e muito menos para Christopher. Ter filhos não era algo que estava nos seus planos imediatos, porém se fosse com Dulce não ficaria preocupado. 

      O que lhe deixava mais angustiado era o fato de que estaria tendo um filho com uma mulher com que não nutria mais nenhum sentimento e haviam ficado juntos pouquíssimo tempo. Quanto a pagar pensão e ser presente na vida da criança, Christopher sabia que isso não seria nenhum problema. A única coisa que lhe incomodava era quem seria a mãe.

       Já Dulce se preocupava em como seria a vida dali para frente. Desde que estava na casa dos amigos essas questões já começavam a atormentar em sua mente, agora elas pareciam vir com muito mais intensidade. 

        Sentiu Christopher a abraçar um pouco mais forte e dar um beijo em sua testa. Olhou para o relógio e já havia passado das quatro da manhã.

        - Também não conseguiu dormir, amor? - Dulce disse ao sentir o carinho de Christopher. 

        - Não... - Christopher suspirou. - Estou tenso pela conversa de amanhã! 

        - Amor, - Dulce olhou em seus olhos. Ainda que estivesse escuro, suas vistas já conseguiam enxergar um ao outro.  - Eu vou sempre estar contigo! Seja o que acontecer!

O Milagre do ReencontroWhere stories live. Discover now