O Filho de Gaia ｜Em andamento

19 | A dor de um Deus

➭ ᴀ ᴅᴏʀ ᴅᴇ ᴜᴍ ᴅᴇᴜs

[📖] "ᴜᴍᴀ ᴅᴇᴜsᴀ, ɴãᴏ ᴘʀᴇᴄɪsᴀ ᴅᴇ ɪɴsᴇᴛᴏs ᴄᴏᴍᴜɴs ᴄᴏᴍᴏ ɴós."

°•.❝𝔸 𝕕𝕠𝕣 𝕕𝕖 𝕦𝕞 𝔻𝕖𝕦𝕤 é 𝕦𝕞 𝕔𝕠𝕝𝕒𝕡𝕤𝕠 𝕟𝕒 𝕥𝕖𝕣𝕣𝕒.❞.•°

✧══════•❁❀❁•══════✧

{⋯｝

Acordo quando a água da uma rasteira no oxigênio e entra primeiro nos meus pulmões.

Tusso.
Abro os olhos e todos estavam ali me encarando.

Sento no sofá.
Minha cabeça latejava.
Já era outro dia.

Quanto tempo eu dormi??

一Você está com a cabeça ferrada, cara. 一Apolo.

一Foi a garrafa de vidro. 一Encolho os ombros.

一Eu acho que não foi só ela. 一Angeline diz.

Toco na minha cabeça, eu sentia um corte, muito maior que a garrafa tinha me proporcionado.

一Ele sentiu dor e de repente a cabeça dele se abriu, e começou a sangrar muito. Aí ele desmaiou. 一Kapturizzy.

一Droga! 一Ártemis.

一Deuses são imortais, mas podem ser feridos por outros deuses, ou podem ser exilados...一Falo.

Todos me olham confusos.

一Temos como exemplo Cronos e Caos. Depois que Cronos cortou os testículos de Caos, ele sumiu. 一Yara suspira.

一Zeus quer fazer ela sumir. 一Sussurro.

一Ela quem? 一Apolo pergunta.

一Gaia. 一Falo e o clima fica tenso.

Ouço o riso irônico de Zephyr.

Ouço o som das correntes.
Não enxergo mais os garotos, enxergava apenas a escuridão, que me abraçava, como uma amiga.

一Me ajuda. 一Ouço um sussurro.

一Eu estou aqui. 一Sussurro.

Comecei a enxergava os pedregulhos.
Ouço um som de ferro sendo arrastado em alguma estrutura feita de metal.

Meus ouvidos ardem.

一Você me tirou o bem mais precioso. 一Gaia sussurra.

一Vai ser banida dos céus! 一Ouço uma voz grave.

一Não. 一Falo.

一Calado. 一Gaia manda.

Sinto um impacto na minha costela.
Forço o meu corpo a não sentir dor.

Ouço um grito de dor.
Toco na minha costela.

Sinto uma dor mais forte.
Eu não estava me curando.
Eu estava curando ela.

Minha dor aumenta.
Sinto os meus ossos quebrarem.

Toco na minha cabeça.

Sinto o meu corpo entrar em colapso.

一Você vai se machucar muito. 一Gaia.

Abraço o meu corpo inteiro.
Eu queria livrar ela de uma dor, que nenhum ser deveria sentir.

O gosto da morte, deslizava pela minha boca.
Era agridoce, e convidativo, por conta da dor que eu sentia.

Sinto o solo em caos abaixo de todo o cimento da casa.
Eu precisava dele.
Subo o solo, fazendo ele quebrar todo o cimento, me abraçando por inteiro, me levando para dentro.
Para me proteger, me livrar de todo o mal e angústia que eu absorvi da criatura mais poderosa de todo o universo, todo infinito.