Dancing With The Devil

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AVISO: Possível gatilho de palavras sobre violentação.


- Camila... Você está maravilhosa, como sempre. -Disse Lauren.

- Obrigada, Lauren. Você também está... 

- Já comprei as entradas. Vamos?

Conversamos longamente antes do espetáculo começar. Lauren me pareceu inteligente e culta. Mas isso eu já havia percebido antes. Durante o teatro, várias vezes percebi que ela me olhava, mas depois desviava o olhar. Nem adiantava me perguntar sobre o que era a peça... Eu não prestava atenção, simplesmente não conseguia.

- Só um minuto, Camila.

Foi até o porta-malas do carro e remexeu alguma coisa. Depois se sentou novamente ao meu lado.

- A que horas seu motorista irá buscá-la?

- Eu fiquei de ligar quando terminasse. Não sabia o que iríamos assistir.

- Ah, sim. Seu avô não se opôs?

- Eu... Eu... Não disse que estaria com você.

Percebi a surpresa em seus olhos.

- Não? O que disse então?

- Disse que estaria com uma amiga da infância.

-melhor assim.

- Por quê?

Ela não respondeu. Apenas passou o braço pelo banco do carona e aproximou um pouco o rosto do meu. Ela iria me beijar? Apenas deslizou o polegar pelo meu rosto com a outra mão.

- Camila...

Soou como um sussurro, uma carícia. Percebi tarde demais que ela tinha algo na outra mão. Não tive tempo de perceber o que era. Só senti quando ela tapou meu nariz com aquilo. Não vi mais nada.

Acordei nem sei quanto tempo depois... Minha cabeça pesada como se tivesse levado uma paulada ali.

Mas que merda era essa? Parecia que meus olhos estavam vendados, não via nada. Levantei meus braços... Estavam amarrados... Os dois. Levantei minhas pernas... Também amaradas.

- Lauren?

Minha boca estava seca... Meu coração pulsava disparado. Silêncio completo.

- Lauren?

O que aconteceu afinal? Fomos sequestradas?

Senti mãos fortes tirando minha venda... E vi Lauren à minha frente, um sorriso debochado no rosto.

- Olá.

- Lauren... O que houve?

Seus olhos agora brilhavam perigosamente. O que foi que eu fiz? Onde fui me enfiar? 

- Me solte, Lauren. Isso não tem graça.

Ela negou com a cabeça.

- É minha refém agora, Camila .

- Que brincadeira idiota é essa?

- Você me ajudou muito não contando ao seu avô com quem estaria.

- O que você é afinal? Uma assassina?

Ela se aproximou de mim com fúria, pegando minha bochecha com força.

- Não, Camila. Ainda não sou igual aquele nojento do seu avô.

Fiquei em choque. Ela conhecia meu avô?

- Por que diz isso?

Sua boca estava muito próxima da minha, eu podia sentir seu hálito delicioso. Mesmo assim eu tinha medo. Ela era perigosa... Descobri tardiamente.

- Porque é o que ele é... Um assassino. Destruiu a minha família, acabou com minha vida. Eu vou fazê-lo pagar... Por tudo o que passei nesses 10 anos.

- E o que eu tenho com isso? Eu não fiz nada, Lauren. Por favor...

-Mas você é a única coisa que pode atingi-lo... Se algo de ruim te acontecer. Eu vou me vingar, Camila ...Através de você.

Odiosamente, lágrimas escorreram do meu rosto. Seus dedos tentaram em vão, secá-las.

- Vai me matar?

Ele sorriu. Desgraçada... Ela era bonita demais. E o medo que eu sentia me deixava à flor da pele.

- Não... Vou fazê-la minha escrava.

- Como? Eu não posso fazer nada amarrada desse jeito.

Ela riu novamente.

- Não esse tipo de escravidão.

Sua boca passou ao meu pescoço.

- Será minha "escrava sexual", Camila . Vou me satisfazer com você de formas que você jamais imaginou. Será castigada se não me der prazer...

- Lauren... Eu sou...

- Sim, eu sei. É virgem.

- Eu vim de um convento, pelo amor de Deus, como espera que eu te satisfaça de alguma forma?

Ele continuava com a boca em meu pescoço. Que merda estava acontecendo comigo? Eu estava sentindo o que Dinah me disse? Só pode... Porque eu sentia meu sexo completamente encharcado.

Resolvi desafiá-la.

- Mas e daí? Meu avô jamais saberá... Eu nunca contaria isso a ele.

- Ah... Mas ele vai saber, depois que a netinha cuja qual ele tanto se orgulha, voltar pra ele grávida, sem saber ao menos quem é o pai da criança. E poxa... Você não vai poder contar nada sobre mim, porque senão, suas primas serão as próximas...Já lhe adianto a versão: dirá à seu avô que foi sequestrada na saída do teatro, levada pra um lugar que não faz ideia de onde é, e então foi abusada sexualmente por vários homens nojentos, que diziam ter algum ente querido morto pelas mãos de seu avô... Acredito que ele vá reconhecer a história, está bem familiarizado. E então, quando souber que você está grávida, ele terá de conviver com a agonia: quebrar minha pose conservadora e obrigar minha neta à abortar, ou olhar todo dia pro rosto do fruto de um pecado? Deve ser uma escolha muito difícil pro seu avô.

- Você... Vai mandar homens me estuprarem? Você é um monstro. Eu não tenho culpa de nada que meu avô tenha feito com você!

- Camila, sejamos mais modernas. Uma inseminação artificial resolveria tudo. Você acha realmente que eu planejei isso de um dia pro outro? Eu até estava pensando sobre só engravidar você e te deixar mofando aqui uns dias... Mas eu posso me divertir contigo. Porém... Eu não vou fazer nada que você não queira.

-Pode começar me soltando, então. 

-Para de ser boba. Eu sei que você se sente atraída por mim, e sei que anos em um convento podem ser enlouquecedores o suficiente, pra deixar seu psicológico fraco o bastante pra você aceitar se submeter à isso. Ou vai negar que você considerou gostar? -Ela disse a ultima frase em meu ouvido.

Eu estava assustada com o que ela faria comigo, mais ainda assustada comigo mesma.

Porque eu estava gostando.

ESCRAVA SEXUAL (reescrita)Where stories live. Discover now