Uma novo ser sobrenatural?

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Quem é vivo sempre aparece né...
Bom graças a uma amiga minha eu trouxe esse novo capítulo para vocês que ainda acompanham.
Me desculpem os erros, pois o mesmo não foi revisado.

~~ Boa leitura 💜






- Postigos fechados - repetiu o padre Dominico. - As janelas estavam com os postigos fechados?

- Bem, não todas. - Eu estava sentado na cadeira diante da mesa dele, cutucando minha erupção de Sumagre venenoso. A hidrocortisona estava secando a erupção. Agora, em vez de soltar líquido, ela estava apenas escamosa. - Só as do escritório dele, ou sei lá o que era aquilo. Ele disse que era sensível à luz.

- E você disse que ele ficava olhando o seu pescoço?

- O meu cordão. Foi o secretário dele que ficou olhando meu pescoço como se esperasse ver um dispositivo gigantesco ali, ou sei lá o quê. Mas o senhor não está entendendo, padre Dom.

Eu tinha decidido abrir o jogo com o bom padre. Bem, pelo menos com relação à defunta que vinha me acordando no meio da noite ultimamente. Ainda não estava
preparado para contar sobre Jungkook - especialmente considerando o que tinha
acontecido quando Yuta me deixou na noite anterior - mas achei que, se Tatsuo Nakamoto, pai, era realmente o assassino assustador que eu não podia deixar de suspeitar de que fosse, eu precisaria da ajuda do padre Dom para levá-lo à justiça.

- O ponto - falei - é que ele ficou surpreso pelo motivo errado. Ficou surpreso porque a mulher disse que ele não tinha matado. O que implica - pelo menos para mim – que ele realmente matou. Matou a mulher, quero dizer.

Quando eu tinha entrado, o padre estava enfiando um arame de cabide desamassado debaixo do gesso. Aparentemente estava com coceira. Tinha parado de coçar, mas não conseguia largar o pedaço de arame. Ficava mexendo nele pensativamente. Mas pelo menos ainda não havia tirado os cigarros do maço.

- Sensível à luz - ficou murmurando. - Olhando para o seu pescoço.

- O ponto padre Dom. O ponto - falei de novo - é que parece que ele realmente matou a tal dona. Quero dizer, ele praticamente admitiu. O problema é: como nós podemos provar? Nós nem sabemos o nome dela, quanto mais onde ela foi enterrada, se é que alguém se incomodou em enterrar. Nós nem temos um cadáver para apontar. Mesmo que nós fôssemos procurar a polícia, o que iríamos dizer?

Mas o padre Dom estava profundamente absorvido em seus pensamentos, revirando o arame nas mãos. Achei que, se ele ia entrar num devaneio, bem, então eu também iria.

Recostei-me na cadeira, coçando a erupção e pensando no que tinha acontecido depois de Yuta e eu termos parado de rir da erupção horrorosa um do outro - a única parte da noite que eu não tinha descrito ao padre Dom.


     ∆∆∆

    

Yuta tinha ido trocar de roupa. Eu esperei perto da piscina, enquanto o vapor que subia dela esquentava minhas pernas. Ninguém me incomodou e até foi relaxante ficar ouvindo a cascata. Depois de um tempo ele apareceu de novo, com o cabelo ainda molhado, mas vestindo um jeans e outra camisa de seda preta. Até estava usando um cordão de ouro, se bem que duvido de que ele o tenha ganhado escrevendo uma bela redação sobre James Madison.

Eu tive de me esforçar para não dizer que o ouro provavelmente estava irritando sua erupção.

Mas consegui me conter, e ele me levou para dentro, onde Yoshi reapareceu como magia com o meu casaco. Depois fomos até o carro dele, que, para meu horror completo, era uma coisa preta e esguia que, juro por Deus, David Hasselhoff dirigia naquele seriado que ele fez antes de SOS Malibu3. Tinha bancos de couro fundos e o tipo de aparelhagem de som pela qual Jake seria capaz de matar e, quando pus o cinto de segurança, rezei para que Yuta fosse bom motorista, já que eu morreria de vergonha se alguém tivesse de usar um daqueles alicates gigantescos para me arrancar de um carro assim.

O Arcano Nove ღTaekook ღ ConcluídoWhere stories live. Discover now