Capítulo 5 - Encontros,ódio a primeira vista e bibliotecários são estranhos.

24 3 0
                                    

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.


O sol ainda nem havia raiado e Junhee já estava de pé na cama, para ajudar sua mãe a pôr os peixes em caixas pra ela vender na feira da cidade. Em poucos minutos a luz solar invadiu o casébre e o iluminou por inteiro.

- Bom dia! - o jovem ouviu a voz do seu pai animada ecoar pela pequena cozinha.- Thalassa nos abençoou com um belo dia, olhem!

- isto significa que a pesca será boa, presumo.- comentou animado e recebeu um beijo na bochecha de seu progenitor.

- querido, sente-se conosco para tomar o desjejum.- sua mãe disse colocando apenas um pedaço de pão e leiteria velha com pouquíssimo leite.

Sabia que aquela refeição seria a única de seus pais ao longo do dia, pobre bibliotecário balançou a cabeça negativamente.

- obrigado, mamãe, já tomei meu desjejum mais cedo.- mentiu e ouviu sua mãe suspirar alto, em desaprovação.

- Junhee...- antes que ela começasse a lhe passar um sermão, ele a interrompeu.

- mamãe, está tudo bem. O papai e a senhora podem ficar despreocupado.- concluiu segurando a mão de Aya.

- querido, tu não precisas se sacrificar deste do jeito.- pediu baixo. Mais uma vez ele balançou a cabeça negativamente.

- tenho de ir, o senhor Velazquéz me aguarda.- o jovem diz beijando o topo do cabelo de sua mãe e repetiu o gesto com seu pai.

Junhee saiu do casebre e começou a andar pela estrada de terra batida, com sua barriga roncando e o cansaço no seu corpo. Durante a sua caminhada, pensou em mandar uma carta para seu irmão mais velho pedindo ajuda financeira. Sabia que as épocas de baixa maré estavam chegando e isso afetava sua família, pois ele iria trabalhar dobrado para poder ajudar.

Depois de um certo tempo, chegou na velha e pequena biblioteca de Terna, dando de cara com o senhor Velazquéz,que o esperava com um sorriso no rosto.

- Bom dia, menino Junhee!- disse docilmente.- seu desjejum o aguarda.

O jovem sorriu diante da frase do senhor e pegou o simples desjejum e sentou-se na cadeira velha que havia naquele pequeno local.

- obrigado, senhor Velazquéz.- Junhee agradece baixo, enquanto mordia uma pedaço da broa caseira.

- agradeça a Cecília que preparou-lhe o desjejum.- o idoso disse docilmente, enquanto pegava um livro com a capa velha e puída.-

- de onde são estes livros?- o pobre bibliotecário perguntou ao vê uma pilha de livros no balcão

- foram achados no lixo da realeza.- respondeu indignado.- alguns vieram com anotações em outras línguas, guardei, pois sei que gostas de lê estas coisas.

O jovem sorri agradecido, pega o maço de papel que estava amarrado com um barbante e o guarda em sua bolsa velha e puída.

- quando chegar em casa, irei descobrir mais uma nova língua.- Junhee comenta e pega a pilha de livros das mãos do senhor.- deixe que eu cuido disso, descanse um pouco.

Ellara & Lilly [WowKwan]Where stories live. Discover now