Season Of You • Fanfic MewGulf

CHAPTER FIVE

Episode: Summer 1/7

"A verdadeira função do homem é viver, não existir."

– Jack London

Houvera um tempo em que Mew Suppasit seria capaz de afirmar sem nenhum resquício de dúvida que ele conhecia a si mesmo de todas as formas possível, que era capaz de sempre distinguir seus sentimentos e também lidar facilmente com eles. Porém já se passara duas semanas desde o fatídico dia do beijo e ele era nada mais que uma bagunça de pensamentos e questionamentos. Queria desesperadamente saber como agir dali pra frente, mas sua mente permanecia dando nós em assuntos que ele não entendia.

Suppasit nunca foi alguém dado a se importar com opinião alheia, aprendera desde cedo que as pessoas eram cruéis em seus julgamentos e sempre opinavam sobre assuntos que sequer eram-lhes relacionados. Ele também nunca fora um daqueles religiosos que se importavam com o que dizia as escrituras sagradas sobre o que era certo ou errado.

E não havia se enojado com o beijo.

Muito pelo contrário. Pois só a lembrança da sensação quente daqueles lábios era capaz de o fazer tremer.

Ele gostava da companhia de Gulf e não ficara com raiva da atitude audaciosa do rapaz.

Então porque ele estava tão receoso com aquele beijo?

O que o fazia hesitar de tal modo que precisou sair do hotel e evitar tão obstinadamente a presença do jovem hoteleiro?

Ele respirou fundo e olhou para o copo de whisky, de qualidade duvidosa e um gosto ainda pior, mas só a visão da bebida foi suficiente para trazer de volta a lembrança daquela noite.

– Merda – praguejou, colocando num barulho estrondoso o copo de volta a mesa.

– Ow – Anthony exclamou, trazendo-o de volta a realidade – Dia ruim?

Ele levantou seu olhar para o conde de Ashford, se perguntando internamente o porquê ele tinha aceitado estar ali, naquele bar, com pessoas que não gostava e tendo que escutar conversas sobre coisas fúteis e inúteis que o irritavam.

– É – Grunhiu em resposta.

– Estava dizendo que Penélope irá voltar para seu país em breve – O conde pronuncia, sem perceber o óbvio mau humor que Mew de encontrava.

– Sinceramente, Anthony, porque acha que isso é de meu interesse? – ele o responde irritadiço

Contudo, o conde e as outras pessoas a mesa – que Mew estava absorto demais em seus próprios pensamentos para lhes dar devida atenção – apenas riram, com a errônea ideia de que era apenas mais umas de suas piadas ácidas que eram-lhes comum da personalidade estravangante do duque.

– Diga-me Suppasit – Anthony falou para ele – Nunca fala de suas amantes ou de suas aventuras. Não há nenhuma bela mulher que queira se gabar?

A primeira imagem que lhe veio a mente foi o rosto corado de Gulf Kanawut, mas ele logo tratou de afastar aquilo de sua mente com afinco.

– Diga-me, Anthony – retrucou em resposta, com um falso sorriso em seu rosto – Não há nada mais que seja capaz de falar, além de suas aventuras ou a de outras pessoas?