Capítulo 54

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Jane Lancaster

     Como a casa dos meus pais é de uma tamanho ideal para abrigar uma família de 4 pessoas, nós não estamos tendo problemas com o Frank passando um tempo conosco. A casa tem dois banheiros onde um é no quarto dos meus pais e outro para uso geral.

Vez ou outra esbarro com o Frank saindo enquanto estou esperando para usar. Ele é respeitoso e não mostrou nenhum comportamento inadequado.

Observo ele, sem camisa, consertando o telhado da casinha do quintal e tenho que admitir que o físico dele é lindo. Se eu fosse ele também usaria às blusas justas que o mesmo veste. Ele não é tão alto, mas chama muita atenção pela beleza e porte físico.

— Está olhando o tio Frank, mamãe? — K Charlie surge ao meu lado estendendo um copo sujo de leite.

Tomo um susto com sua presença.

— Não, eu estou lavando a louça. — Pego o copo da sua mão.

Observo meu filho puxar o banquinho para olhar o Frank em cima do telhado, sorrio para o meu filho e termino de lavar a louça do almoço.

A pele clara do Charlie está bronzeada, mesmo usando protetor e bloqueador o meu menino tem a pele sensível.

— Nós vamos para casa no meu aniversário, não é? Eu estou com saudades do papai.

Meu coração aperta no peito. Estou me sentindo horrível por afastar o Charlie do Edan por três semanas, mas eu realmente preciso de um tempo e não quero o Charlie correndo perigo. A Leslie ainda está em San Francisco e pode querer se vingar, mesmo que eu duvide disso.

Enxugo minhas mãos e olho para o Charlie, me abaixando o suficiente para ficar olho a olho com o meu filho.

— Eu vou fazer uma festa com um bolo de floresta negra que você tanto gosta e chamar seus amigos. Eu sei que você não gosta de está entre muitas pessoas, então iremos fazer qualquer outra coisa se não quiser uma festa.

Ele balança a cabeça.

— Quero apenas presentes e ver o papai.

— Você quer muito ver ele? — Pergunto, baixo.

Meu filho assente.

— Sim, ele também quer me ver. Sou uma criança, mas acho que ele fez algo ruim pra você, não é? Vi você chorando, mamãe.

Isso parte meu coração. Eu amo tudo no meu filho, mas às vezes gostaria que ele não fosse tão esperto dessa maneira. Tenho tanto medo de magoá-lo com às minhas ações e essa situação.

— Charlie...

— Está tudo bem, mamãe. Eu estou aqui para te abraçar e proteger só que quero ver meu pai.

Não tenho palavras, então simplesmente puxo meu filho para um abraço e engulo minha aflição e choro enquanto acaricio sua cabeça e beijo seu rostinho macio.

— Tudo bem, querido. Vou te levar de volta pra ver o seu pai, ok?

Ele abre um sorriso para mim e beija meu rosto.

— Vou subir para o meu quarto e ligar para ele.

Apenas sorrio de lábios fechados e o vejo sumir pelo corredor enquanto meu coração se comprime dentro do peito. Eu não tenho o direito de tirar o Charlie do Edan esse tempo todo, por mais que ele tenha sido o que foi para mim... Ele é um ótimo pai e ama o filho tanto quanto eu.

Estou me sentindo uma vilã entre os dois. Irei voltar com o Charlie e o deixar ficar com o pai por uns dias antes de tudo voltar a normalidade.

Não estou preparada para voltar, porém pelo Charlie eu sou capaz de tudo.

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