Capítulo14-Dia da mudança

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Todos estavam no árduo trabalho de subir nossas coisas na mudança daquele sábado

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Todos estavam no árduo trabalho de subir nossas coisas na mudança daquele sábado. Por sorte, nos mudávamos para o segundo andar, de modo que estava sendo bem menos cansativo do que a primeira vez que fizemos mudança. Ainda assim, eu suava já na quarta subida das escadas, carregando mais uma caixa. Emily tinha bem mais coisas que eu, e claro que eu a fiz trabalhar, pois não sofreria sozinha carregando todo o seu consumismo.

Não tivemos problemas para pegar nossas coisas, no agora antigo apartamento. João parecia não estar em casa, e eu agradeci por isso, embora ele provavelmente não fizesse nada, pois estávamos acompanhadas de André, Lucas e Henry.

Em todos aqueles anos que conhecia Henry, jamais pensei que o veria carregando coisas de uma mudança. André ficou bastante surpreso quando viu o chefe chegando para nos ajudar. Tentei convencê-lo de que ele não precisava ir, que André e Lucas dariam conta, mas Henry já estava convencido que queria estar lá.

Quando estava na curva da escada do meu mais novo prédio, levando uma caixa cheia de pratos e xícaras, vi Henry descer. Ele estava um pouco suado, a camisa grudando ao seu corpo, o cabelo também úmido, o rosto levemente corado do exercício. Sorri para ele, achando-o muito fofo.

Ele chegou até mim e me deu um rápido selinho, tomando a caixa de minhas mãos e a pondo no chão para depois me puxar pela cintura, colando meu corpo ao dele.

-Sabe que pode continuar na minha casa. -Ele disse mais uma vez.

Sorri, apoiando a mão em seu peito.

-Acho que já abusei da sua hospitalidade. -Eu lhe disse.

-Ah, mas não chegou nem perto disso. Muito pelo contrário. -Garantiu- Porque não deixa seus móveis aí e continua morando comigo? -Perguntou com naturalidade, como quem estivesse me convidando para tomar um chá, e não para morar com ele.

Eu sorri, sentindo o reboliço no estomago que só ele causava com tanta facilidade.

-Agradeço, mas não. Não sabe como estou feliz de ter resolvido isso. Só de pensar que acabou aquele inferno de ter medo do meu vizinho...

-Ainda não acredito que não me procurou. -Reclamou, um pequeno v entre as sobrancelhas. -Você é muito cabeça dura. E orgulhosa.

-É de família. -Tentei me justificar.

-Mas ainda não estou tranquilo quanto o quesito ''vizinho''. -Ele revirou os olhos e eu ri.

-André não oferece perigo algum.

-Eu discordo. -Disse de pronto.

-Por quê?

-Vai me dizer que ele não se mostra... Interessado?

-Bem, sim, mas...

-Viu só? -Pressionou os lábios numa linha fina.

-Não poderia corresponder. -Lhe assegurei. -Victoria gosta dele, não faria isso com ela.

A Governanta (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora