~Capítulo 15: Chamas na Parte Dois

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"Sabem o fogo? Ele acaba destruindo tanta coisa quando se propaga ? Sabe a ameaça de morte? Algumas pessoas para se defender acabam esquecendo das outras, mas eu acredito que ainda exista aquele ser que se arrisca apenas para salvar aqueles que ama"

— Blog da Victoria

Adryelle estava sob interrogatório no salão de debutantes

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Adryelle estava sob interrogatório no salão de debutantes. Atrás dela os corpos de Anny e Brunno marcavam presença e arrepiavam os pelos de seus braços, mas ainda demonstrando todo aquele receio pelo local, no qual estava presente, a Xerife não parava de lhe fazer perguntas.

          Chegou um momento em que não aguentava mais tamanha atrocidade. Todos ali estavam com medo daqueles acontecimentos e mais ainda, receando serem os próximos. Deixá-los submetidos a perguntas era o pior dos castigos, por isso Adry foi tão petulante quanto seu melhor amigo.

— Você não se recorda de nenhum movimento suspeito no decorrer da viagem? — a Xerife estava cansada, no entanto se achava na responsabilidade de resolver aquele caso. Principalmente com os benefícios possíveis para sua construção profissional.

         Adry olhou para a porta do salão de karaokê e percebeu que estava trancada. Ela lembrava da Xerife passando a chave na porta logo que a chamou. Sabia que um dos auxiliares daquela mulher estava vigiando os outros suspeitos, mas aquela tensão e aquele medo percorrendo seus pelos a deixava maluca. Por isso, resolveu a agredir da única forma existente em seu alcance: a ignorância.

— Eu já disse que não me lembro de merda alguma — a garota com vestido vermelho gritou assustando a autoridade ali presente — você notou que não conseguimos ouvir nada vindo de lá de fora? — ela se levantou da cadeira e apontou para a porta do salão — você nos trancou aqui, quando deveríamos estar indo embora desse lugar.

          A anfitriã berrava contra a outra mulher no cenário e ficou calada enquanto sua interrogadora se levantava com as mãos a frente do corpo.

— Acalme-se garota!

          Aquela ordem a deixou indignada. O assassino estava claramente atrás dela, seu melhor amigo não ficou trancado no salão, sua festa foi arruinada, vários de seus amigos se provaram mortos — provavelmente por culpa dela — e quando deveria estar saindo daquele lugar perigoso, foi mantida trancada para interrogatório, mesmo com uma ameaça de tornado naquela região. Cada segundo a mais no Povoado Country colocava todos eles em perigo, mas a Xerife não perceberia aquilo quando a única coisa em sua mente eram seus benefícios e não a segurança do coletivo.

— Está mandando eu me acalmar? É sério isso? — a Xerife começou a responder aquela pergunta retórica quando foi interrompida — então me diz se você vai ficar calma com o que preciso lhe dizer. Acha que interrogar a gente aqui foi esperto de sua parte? A festa é minha e o assassino estragou algo que é meu — ela ainda gritava — o que acha que faria conosco se conseguisse entrar aqui?

A Festa de SangueWhere stories live. Discover now