Efeito Borboleta || DRARRY

Of your broken little hearts

11 — Of your broken little hearts

Harry POV

Tudo desde o momento em que o caos se instalou foi uma tremenda confusão.

Parte de mim queria ficar, lutar e proteger as pessoas, os Weasleys, mas não tive opção.

Tão logo eu, Rony e Hermione nos encontramos em meio ao caos, aparatamos para longe daquele lugar, daquela festa de casamento que havia se tornado um pesadelo.

Eu sentia meu coração batendo muito depressa, e não fazia ideia do que pensar, pois as coisas estavam de cabeça para baixo, e os rostos de todos da ordem não paravam de passar em minha mente.

Eu não queria que mais ninguém fosse da minha família.

Não queria mais Lilian's, James, e Sirius morrendo ao meu redor. Não queria pessoas se ferindo.

Pensar nisso doía demais.

Mesmo durante o ataque que sofremos na pequena lanchonete onde decidimos ficar para parar e pensar um pouco, e isso nos fez decidir por fim ir para um lugar que iria fazer meu coração doer.

De alguma forma, foi estranho voltar para o Largo do Grimmauld.

Mesmo sabendo de tudo o que acontecia, sempre ao pisar naquela casa, a primeira coisa em minha mente era Sirius. E a maneira como ele me abraçava, ansioso e feliz em me ver.

Se eu fechasse os olhos, ainda poderia ouvir o fantasma de sua risada, mesmo naquela casa fria, vazia e solitária.

E pensar em tudo isso era muito dolorido.

Ele não estava ali, recostado na porta com aquele sorriso travesso e Remus ao seu lado, me esperando para um abraço apertado.

Ele não estava ali, e nunca mais estaria.

Nenhum latido iria ecoar pela casa.

Nunca.

Assim que Hermione fez o feitiço que nos deu certeza que estávamos sozinhos, seguimos para a sala, decidindo que preferíamos ficar ali.

Era a melhor alternativa, pois nos arriscar a ficar perambulando apenas nos colocaria em perigo.

Tudo soava estranho, bizarro e sem sentido naquela casa. Nunca estivemos nela enquanto vazia daquele jeito, e ficar pensando em todos, e se estariam a salvo não ajudava em nada.

Então, foi totalmente estranho quando ouvimos um som na porta de entrada.

Nós três nos erguemos em silêncio do sofá velho, caminhando pé ante pé até a fonte do barulho, com as varinhas em riste.

Quando o som dos passos no corredor se tornou muito próximo, nós finalmente abrimos a boca, já preparando os feitiços, quando vimos a figura totalmente pálida e assustada de Draco.

Ele parecia tremer da cabeça aos pés, com a varinha erguida, mas tão logo seus olhos giraram na sala e ele viu nós três, eu notei como soltou a respiração com alivio.

— Malfoy? — Ronald disse, abaixando a varinha, mas eu mantive a minha erguida.

— Como sabemos se você é mesmo você? — Falei, e Ronald voltou a erguer a varinha, mas agora olhava para mim.

— Porque eu não sou burro como você de deixar meu cabelo sobrando por ai! — Respondeu, e embora a provocação fosse clara, ainda tinha um pânico nos olhos dele.

Ronald soltou algum resmungo ao meu lado, mas eu ignorei, ainda olhado para Draco.

— Remus não voltou para casa — Ele disse, e sua voz parecia um tanto quebrada — Eu não sei direito o que está acontecendo, ele me mandou um patrono dizendo para sair de lá e executar um dos nossos planos de fuga — As apalavras saiam emboladas pela boca dele — E o plano era o desse lugar. Ele disse que... que você provavelmente viria para cá, e que se estivesse aqui então seria seguro e eu... eu não sei... — Ele abaixou a varinha, olhando para nós três totalmente atormentado.