Capítulo 5 - Pesadelo

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Hoje acordei assustada, acho que tive um pesadelo, afinal sonhar que eu morri não é apenas um sonho, não é mesmo?

Eu senti meu peito arder, e não foi pouco, então logo após, não senti mais nada, nem meu coração bater, eu definitivamente não quero que aconteça de novo...

Eu acordei muito cedo, tipo 5 horas da manhã, sentada na cama, com o cobertor cobrindo minhas pernas e meu pé ainda um pouco frio, coloquei a música: "spirits" do "The Strumbellas", e tentei me acalmar um pouco, parecia quase impossível.

Eu não tentei dormir de novo, até porque eu poderia ter outro pesadelo, isso é estranho, eu só tinha pesadelos quando era criança, mas infelizmente pelo que parecia, eles voltaram.

Eu desci as escadas, e comecei a fazer o café, afinal o café me acalmava, era gostoso e quentinho, e além do mais, fresquinho iria me ajudar a me esquentar, afinal o tempo lá fora estava frio e chuvoso.

Renée acordou, afinal ela era sensível aos barulhos, acordava muito facilmente, então ela disse:

_ Anne minha querida, já está acordada? São 5:40 ainda, e sua escola é às 7 da manhã.

_ Eu sei que é estranho mãe, mas eu tive um pesadelo horrível. - eu disse colocando um pouco de café na xícara preta.

_ Um pesadelo? Não está muito velha para ter pesadelos não? - disse ela enquanto franzia a testa.

_ Pois é, eu também estranhei... - eu disse e então tomei um gole do café.

_ Pode me dizer como foi esse pesadelo? - ela perguntou e então apoiou sua mão esquerda fechada no seu queixo, com seu cotovelo apoiado na mesa.

_ Eu estava deitada em um campo, podia sentir o gramado me dando cócegas não agradáveis nas costas, parecia que eu não estava só, senti o meu corpo queimar por dentro, e então não senti mais nada, como se não estivesse mais ali, foi tão real.

_ Credo Anne, que pesadelo mais assustador, mas fique tranquila, você está bem, foi só um pesadelo, provavelmente não irá acontecer de novo. - disse Renée indo pegar um pouco de café.

_ É, eu espero, se não eu nunca mais quero dormir na minha vida. - eu disse traumatizada.

Renée riu, e fez um leve cafuné na minha cabeça, então disse:

_ Coma alguma coisa, que já vai dar 6:20, e você tem alguns metros de estrada para percorrer, e esqueça isso.

Eu consenti com a cabeça, e então esquentei 2 fatias de pão com manteiga, e tomei mais um pouco de café.

Chegando na entrada da escola, avistei James...

_ James! Você veio de longe a pé?

_ Eu gosto de fazer uma caminhada, você também deveria fazer, parece muito sedentária. - disse ele e então riu após o que disse.

_ ("Ha ha ha ha") Muito engraçadinho James, mas fique sabendo que eu não sou sedentária.

_ Não? O que pratica de esportes?

_ Bom eu... eu... eu subo e desço as escadas de casa muitas vezes por causa da minha memória.

Ele riu, uma risada legítima, e então acenou concordando.

As primeiras aulas foram de química, sentamos juntos, já que por alguma razão, ele achou que eu sou uma ótima companhia.

_ Ei, eu te liguei ontem e você não atendeu, me passou o número de telefone errado, não é? - perguntou ele um pouco chateado.

_ Me desculpe, eu fui dormir cedo ontem, e foi uma péssima ideia, já que eu tive um pesadelo horrível hoje cedo.- eu disse apoiando minha cabeça com minha mão.

_ "Ah..." tudo bem, pode me contar como foi?

_ Ei, vocês dois, Anne e James, façam o exercício de Química, sem conversinhas paralelas ao conteúdo. - disse a professora ruiva, ou devo dizer "estraga prazer".

_ Mil desculpas professora Nina... - eu disse e então fiz sinal com os dedos que contaria depois.

A terceira aula foi do professor Paul, e eu já estava um pouco cansada de Biologia, mas até que estudar sobre o núcleo das celulas do corpo não era tão entediante.

O sinal do intervalo tocou, descemos as escadas e nos sentamos na mesa do centro, onde sempre ficamos, todos conversavam, mas cada um com uma conversa diferente, e eu então estava me preparando para contar o pesadelo para o James...

_ Sonhei que estava morrendo... - eu disse cochichando perto do ouvido dele, que então arregalou os olhos assustado.

_ Que horror Anne, como foi isso?

_ Eu estava deitada no campo, me sentia gelada, até que comecei a sentir meu corpo arder por dentro, e tinha alguém comigo, mas não pude ver quem era, então eu já não sentia mais nada, como se não estivesse mais ali, nem consciente, foi então que acordei, assustada e resolvi descer para preparar um pouco de café.

_ Nossa isso parece assustador mesmo, mas a chance de acontecer novamente é muito pequena, não se preocupe. - disse ele colocando sua mão em cima da minha.

_ Nossa, sua mão está muito quente. - eu disse, e nesse exato momento ele colocou sua mão no bolso de sua blusa. - está com febre?

_ Não, eu vim correndo um pouco para a escola, estou cansado, minha temperatura corporal deve ter subido um pouco. - disse ele calmamente.

_ Está bem... - disse eu não fingindo que acreditei na história, não queria que ele ficasse bravo comigo, até porque ele havia se tornando um grande amigo, não queria perdê-lo.

As duas penúltimas aulas foram de inglês, afinal algumas pessoas tinham grande dificuldade, e eu amava, foram as melhores aulas.

Enfim, a última aula foi de Literatura, isso porque a professora queria que todos tivessem pelo menos escolhido seus parceiros, nas suas palavras:

_ Vai ser uma peça de teatro simples, mas pelo menos seus pares já tem que estar decididos.

_ Oi Anne. - uma voz familiar foi dita do meu lado direito, que não estava mais vazio.

_ Você? O que quer comigo? Você sumiu do nada, sem dar nenhuma explicação. - eu disse em um tom nervoso.

_ Me desculpe Anne, não foi minha intenção deixá-la chateada, mas eu me lembrei de alguém, alguém que partiu, e estou fazendo de tudo para descobrir como, e o porquê.

_ Eu sei, eu também estou, mas você me magoou sumindo, se me der licença, estou ocupada agora... - eu disse apontando para James, afinal eu não queria que ele fizesse isso de novo, então resolvi tomar uma atitude.

Ele ficou com uma expressão de tristeza e ao mesmo tempo de raiva ao olhar James, mas consentiu com a cabeça e se distanciou indo para as últimas fileiras de assentos.

_ Tenho a impressão de que conheço ele, mas as pessoas que mais foram presentes até agora foram meus pais, e a minha avó.

_ Podemos mudar de assunto? Por favor? Me fale da Bella. - eu disse me ajeitando na cadeira, de frente para o palco do salão.

_ Ela gostava de carnes mal passadas, de admirar o sol, e contava umas histórias muito bizarras quando ia lá em casa.

Eu ri, e ao mesmo tempo, sorri, não era muito, mas já era melhor do que nada.

Anne Swan - A Reencarnação de Bella Swan - Fanfic: Saga CrepúsculoOnde histórias criam vida. Descubra agora