Capítulo 31 - Segure a minha mão !

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— Relaxem, vou tirar a gente daqui — Brenda disse, me entregando mais uma lanterna.

— Por que está nos ajudando ? — Perguntei, curiosa.

Ela quase nos matou antes, agora está nos ajudando ?

— Pode acreditar, não é ideia minha ! O Jorge acha que vocês são um bilhete dele, para um paraíso seguro. — Brenda admitiu, fazendo com que ficassemos mais confusos ainda.

— O que ?! — Thomas perguntou, estranhando sua resposta.

— Sabem, paraíso ? É tipo a salvo do sol, sem infecções. — Começou, ajeitando sua mochila. — Dizem que o braço direito vem pegando adolescentes há anos ! Imunes, pelo menos. — Completou.

— Você sabe onde fica ? — Perguntei para a mesma, enquanto começamos a andar novamente.

— Não, mas o Jorge conhece um cara.. Marcos, ele contrabandeava crianças na montanha. — Me respondeu, tentando abrir uma tampa. — Se Jorge conseguir sair, é pra lá que ele levará seus amigos ! 

— Se ele sair ?! — Thomas perguntou, desesperado.

— Olha só, vocês fazem muitas perguntas ! — Brenda suspirou, um pouco irritada. — Será que podem vir aqui me ajudar com isso ? — Perguntou, se referindo a tampa que ela estava tentando abrir.

Fomos rapidamente até a mesma, usando toda nossa força. Enfim, conseguimos puxar a tampa, escutamos gritos de lá de baixo. Mas não tínhamos outra opção.

— Isso não parece bom ! — Thomas murmurou, tenso.

— É.. Aqui embaixo a transformação já está completa. — Brenda o respondeu.

Droga..

— Vamos logo ! — Disse, já pulando dentro do túnel, fazendo com que os dois também pulassem.

Passamos pelo mini corredor que havia ali, dando a visão de um grande túnel escuro e assustador.. era que nem os filmes de terror, havia várias pichações nos muros.

— Acho que é por aqui ! — Brenda avisou, nos fazendo ir para direita do túnel.

— Acha ? — Thomas perguntou nervoso, apenas peguei em seu braço fazendo o mesmo continuar seguindo.

[...]

Continuamos a andar, até que encontramos com um grande corredor que pelo menos era espaçoso.

— Mora gente aqui ? — Perguntei curiosa, vendo tudo aquilo.

— As tempestades solares forçaram as pessoa a ficarem no subsolo, Jorge diz que a acampamentos por todos esses muros. — Me respondeu, chateada.

— Nos fale sobre o Jorge, ele é seu pai ? — Thomas perguntou, curioso sobre Jorge.

— Quase isso. A verdade é que eu não sei o que ele é, ele sempre esteve ao meu lado ! E eu sempre fiz o que ele me pediu, até a piores burrices. —Respondeu meio decepcionada para Thomas.

— Acha que o braço direito é real ?

Perguntei, mas antes dela responder, um barulho muito alto de cranks ecoou por nossos ouvidos.

Aquilo estava me preocupando, mas temos que seguir.

— Acho que.. Esperança é uma coisa perigosa. Esperança já matou mais amigos meus do que o próprio fulgor e o deserto juntos. — Respondeu, Brenda era forte, ou ela se fazia. Ela tentava ao máximo se manter forte até o final. — Só achei que o Jorge fosse mais inteligente. — Completou.

Para Sempre, Minha Pequena | Maze RunnerWhere stories live. Discover now