Capitulo 48

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Faltam 2 caps para o fim de temporary fix :)

A continuação de Temporary fix se chama "We belong together" que já tem um aviso postado lá para que vocês já adicionem na biblioteca, então não percam tempo pois logo estarei postando lá a continuação. ❤️

Abri meus olhos incomodada ao que os raios de sol iluminaram todo o quarto mas voltei a fechá-los quando a luz atingiu minhas íris ainda desacostumadas com a claridade sentindo minha ressaca me atacar pela bebedeira da noite anterior.

Voltei a abrir os olhos ao acreditar já estar acostumada sentindo algo macio embaixo de minha cabeça e outro algo me esquentando, lembrando então da noite anterior e percebendo que o que estava embaixo de minha cabeça era o peito de Sebastian e o que me mantinha aquecida eram seus braços fortes.

Gemi baixinho mas levantei a cabeça me deparando com seus olhos abertos e uma expressão indecifrável em seu rosto, beijei suas bochechas mas me sentei na cama espreguiçando meu corpo.

— Está acordado há muito tempo?

Puxei com o pé a camiseta social de Sebastian da noite passada e a vesti cobrindo meu corpo nu indo até o banheiro escovando os dentes e lavando meu rosto.

— Não, acordei agorinha. — Logo Sebastian me acompanhou no banheiro escovando seus dentes também, observei seu corpo apenas coberto pela cueca boxer, desviei o olhar baixando-os para meus pés.

Dei de ombros puxando meus cabelos para o lado onde os coloquei em tranças e voltei ao quarto, algo no humor de Sebastian estava afetado fazendo-me recuar receando que qualquer palavra ou ação minha pudesse fazê-lo gritar comigo.

— Está tudo bem? — Abaixei-me arrumando minha mala e deixei a mesma encostada sobre a parede próxima da cama.

— Acho que está na hora da gente conversar, Mary. — Sebastian caminhou até mim passando a mão na barba e segurou minha mão guiando-me até a cama e me sentando ali.

— Está me assustando, Sebastian.

— Eu vou abrir uma nova empresa em Nova York...

— Isso é incrível! Por que não me disse antes? — Exuberada com sua nova conquista, abracei seu pescoço com vontade até que ele estivesse me abraçando de volta, ele então cheirou-me no pescoço porém se afastando.

— Eu vou me mudar para Nova York para dirigir a empresa. — E olhando-me nos olhos Sebastian soltou as palavras.

— O que?

Senti todo o ar sair de meus pulmões, se mudar... me deixar. Sebastian iria me deixar e se mudar para outra cidade para bem longe e eu dificilmente iria o ver. Eu sequer sabia se o veria novamente.

— Eu não queria contar antes porque eu queria te preparar assim como queria criar coragem.

— Mas você tem mesmo que ir? — Perguntei já com a voz embargada.

— A abertura de uma empresa requer a minha presença, Mary Anne. — Ele se aproximou tentando segurar minha mão mas eu dei um passo para trás, perplexa.

E foi quando percebi quão egoísta estava sendo ao ponto de desejar no fundo do meu coração que ele não tivesse que abrir outra empresa pois ele não precisava de mais empresas.

Mas esse pensamento estava girando apenas em mim e na minha tristeza. Era fato como aquilo seria ainda mais difícil pra ele do que pra mim, ele se afastaria de tudo e todos.

Ao notar meu silêncio prosseguiu:

— Você pode vir comigo...

Mas ele estava errado, eu não podia ir com ele a lugar algum, eu tinha Charlotte, tinha minha loja e tinha uma vida ali. Mesmo que meu coração gritasse e pedisse para estar perto dele isso era impossível.

— A gente se ama e podemos fazer isso funcionar. Mas se você não quiser ir, eu posso cancelar tudo e ficar mas por você.

Tampei os ouvidos negando com a cabeça freneticamente e andei pelo quarto de um lado para o outro a ponto de explodir.

— Não! A gente não se ama! — Exclamei o olhando nos olhos, ver seus olhos foi como ver seu coração se partir em vários pedaços. Os braços de Sebastian que antes gesticulavam agora estavam caídos ao lado de seu corpo.

Meu coração doia também, muito. Mas eu não podia aceitar que ele cancelasse por mim, a culpa nunca me deixaria e era tudo muito novo... incerto.

Preciso impedir que ele continue pensando em tal absurdo.

— Nós não nos amamos, somos apenas dois estranhos Sebastian. — Me aproximei apontando o dedo em seu peito.

— Não somos dois estranhos... — Sua voz emanava a dor que ele sentia com as minhas palavras. Eu sei que o cortava a cada vez que negava o que sentia por ele.

— Coloca na sua cabeça que não nos amamos e somos dois estranhos com a mesma vontade de ser tocados... de fazer amor e sentir algo...

— Então... enquanto eu sinto saudades das manhãs com você ao meu lado na cama, das memórias de nós dois... quando penso em um pra sempre pra nós tudo que você sente falta é meu corpo.

"NÃO!"

Eu queria gritar que não, que eu também pensava em um pra sempre para nós dois, mas esse para sempre agora estava longe.

— Sinto muito Sebastian.

Foi tudo que consegui dizer, se mais uma palavra saísse da minha boca naquele momento eu desmoronava no chão. As lágrimas caiam dos olhos de Sebastian fazendo-as molhar seu peito mas ele estava transparente comigo a ponto de não se importar em mostrar.

— Sabe, eu te trouxe para a Itália para fazer tudo mais fácil ao te contar, para realizar seu sonho e te fazer feliz. Eu não peço nada em troca de você, Mary. Mas quando disse que me amava aqui nessa cama... céus! Eu só queria que você tivesse sido transparente.

E com as suas últimas palavras, Sebastian se vestiu e saiu do quarto batendo a porta.

Foi quando eu já não tive forças, sentei no chão passando a mão no rosto e chorei, chorei pela mentira, chorei por machuca-lo e pior... chorei porque o perdi....

N/f : Quem sentiu a referência das palavras na música da Halsey "strangers"? Rs...

Capítulo revisado! 

Temporary Fix [Concluída]Where stories live. Discover now