Dona de Mim | Adaptação Beauany

Capítulo 57

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Josh

Como Any iria ficar na empresa até tarde, deixamos Bernardo com a Priscila e eu fui jantar na casa da Jo.

Quando retornei, já era um pouco tarde e Any estava num sono que parecia profundo. Dei um beijo em sua testa e caminhei em direção ao banheiro.

— Josh? — ouvi ela me chamar, com a voz sonolenta.

— Sim, sou eu. — respondi.

— Eu preciso falar com você.

— Claro, espera só eu tomar um banho.

Entrei no chuveiro e tomei um banho morno. Estava doido pra me deitar e ter uma boa noite de sono.

Quando voltei, Any já estava dormindo de novo e eu não quis acorda-la para perguntar o que queria me dizer.

No dia seguinte, por incrível que pareça, acordei bem mais cedo que ela. O sol mal havia nascido quando eu saí de casa para uma corrida matinal.

E depois de um café da manhã reforçado, eu fui até a empresa. Era um dos primeiros a chegar.

Quando entrei em minha sala, encontrei Sofya arrumando os seus pertences dentro de uma caixa, com um semblante sério estampado em seu rosto.

Franzi a testa sem entender bem o que estava acontecendo.

— Ela não fez isso... — deduzi que Any a havia demitido.

— O que? — Sofya pareceu se assustar por não ter me notado ali. — Ah... bom dia, Josh. — suspirou.

— O que está acontecendo? — perguntei já pronto pra surtar.

— A senhorita Soares me conseguiu em emprego melhor. — desviou o olhar.

— Como assim? — franzi a testa.

— A Catarina Morgan voltou ao cargo de vice-presidente e me contratou como assistente. Eu vou ganhar bem mais e começo hoje.

— Como conheceu a Catarina? — eu estava ainda mais confuso agora.

— Ela veio aqui ontem e a Any me indicou.

— Ah, claro! — havia entendido tudo agora. — E tudo bem pra você?

— Sim. — assentiu. — Vai ser melhor pra minha carreira. Enfim... obrigada por todo esse tempo, acho que nunca mais terei um chefe tão legal. — sorriu de lado.

— Eu que agradeço e te desejo boa sorte nessa nova jornada. — sorri.

— Eu posso te dar um abraço? — pediu envergonhada.

— Claro. — abri os meus braços e ela rapidamente se enfiou em meu peito, me abraçando fortemente.

— Melhor eu ir antes que eu comece a chorar. — riu.

— Tudo bem. Até mais.

Quando ela saiu, eu corri até a sala de Any. Jo organizava sua mesa quando eu entrei.

— A Any chegou? — perguntei.

— Bom dia pra você também. — me repreendeu. — Não, ela não chegou.

— Desculpe, eu tô um pouco estressado.

— Com o que?

— Any arranjou outro emprego para a Sofya. Só quero entender quais foram as reais intenções disso.

— Não se precipite.

— Não vou. Vai ser uma conversa normal, só pra deixar tudo mais claro. Eu espero ela lá dentro. Me dá a chave.