Capítulo XVI

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[n/i]: *estudante de pedagogia morre após ler comentários ofensivos a uma criança, entenda o caso*

pessoal, eu juro que relevo as reações causadas no calor do momento, mas às vezes o exagero me deixa meio assustada. só peço compreensão quando o assunto é criança e seus trejeitos, ainda mais no contexto dessa história, ok?

talvez esse capítulo explique questões que antes não estavam claras, e eu espero - muito - que vocês entendam a situação da Violet (:

obs. atenção aos saltos no tempo a partir de agora.
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A chegada de um novo bebê é sempre um momento de mudanças e de um turbilhão de sentimentos para o filho mais velho, sentimentos esses como insegurança, ciúmes e sensação de abandono. Não é fácil dividir, de uma hora para a outra, a atenção e os cuidados que eram apenas seus.

E para Violet, ter isso em dose dupla era, no mínimo, assustador.

─ Babe, eu sinto muito. ─ Louis disse ao acolher Harry nos braços, os lábios tocando os cabelos suavemente. ─ Você está bem?

─ Você precisa conversar com ela. ─ a voz trêmula o denunciava e Louis se apressou em tomar seu rosto com carinho. ─ Converse com ela, Louis. Sozinho.

Você está bem? ─ repetiu, a primeira frase em ênfase.

─ Eu vou ficar. ─ sorriu fraco, permitindo que Louis o beijasse brevemente. ─ Eu te espero aqui.

─ Vai ficar confortável? Não quer que eu pegue mais cobertores? Travesseiros? Quer leite quente? Bolachas? Te–

Styles selou seus lábios mais uma vez num pedido silencioso para que ele se calasse. Tomlinsou se foi após garantir que Harry estivesse acolhido nos tecidos grossos, prometendo que tudo ficaria bem e que estaria de volta em breve.

No andar de cima, ele respirou fundo antes de forçar sua mão contra a maçaneta do quarto da filha, se deparando com uma cena que, em outra situação, lhe arrancaria boas risadas.

A garota parecia concentrada em vasculhar as gavetas e organizar as roupas na mochila da escola. Havia notado a presença do pai no cômodo, mas preferiu ignorar, prosseguindo com seu plano mirabolante.

─ O que você está fazendo?

─ E-Eu vou embora. ─ replicou ainda sem encará-lo, a entonação suave expondo sua vulnerabilidade. ─ Vou para a casa da vovó nos Estados Unidos.

Tomlinson suspirou audivelmente, fechando a porta atrás de si e se acomodando no colchão, as pernas afastadas e os olhos analisando a expressão acanhada da menina.

─ Eu quero conversar com você.

─ Mas eu não quero conversar!

Embora houvesse respondido de imediato, ela não transparecia firmeza no que afirmava. Sua tristeza era notável assim como os olhos aquosos, fazendo com que a expressão de Louis se suavizasse e ele assentisse fracamente.

─ Os Estados Unidos fica muito longe daqui. Você é esperta e sabe disso. ─ a garota recuou discretamente. ─ Quer mesmo ir embora?

Violet pareceu ponderar por alguns instantes, alternando o olhar entre o zíper aberto da bolsa e a face ansiosa do mais velho. Louis não esperou que ela chegasse a uma conclusão, oferecendo a palma de sua mão, que foi rapidamente acolhida com um aperto gentil.

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