Jack Mikaelson (Em Reescrita)

Chapter 8 (Revisado)

Paro em um beco e me encosto na parede. A tensão nos meus músculos revela a luta interna que travo. Quase a matei, meus olhos refletem a sede voraz que agora tento conter. Desde que me tornei um Herege, aprendi a domar minha ânsia por sangue humano direto da veia, uma habilidade que me salvou inúmeras vezes.

No entanto, esta noite foi diferente. O aroma tentador do sangue ecoava em minhas narinas, e o pulsar das veias era irresistível. A escuridão envolvia meu ser enquanto me perdia nos instintos primitivos. Três vezes antes, e agora, a quarta, eu sucumbia à tentação.

Passos se aproximam, e o cheiro do sangue se intensifica. Inconscientemente, estou de frente para a pessoa, uma presença que não percebi. O controle que exercia sobre mim mesmo escapa pelos meus dedos, substituído pelo frenesi da sede insaciável.

Xxx: Moço, você está bem?

Antes que eu possa compreender, movo-me com velocidade, prendendo-a contra a parede. Seus olhos refletem o medo, uma presa indefesa nas garras de um predador.

- Não grite, isso não irá doer. - Minha voz ressoa, suavizando o terror em seus olhos enquanto a hipnotizo.

Mordo seu pescoço, cedendo à compulsão, e o calor do líquido vital invade minha boca. O gosto é inebriante, uma droga que me envolve numa dança perigosa. Uma dança que eu já conhecia, mas desta vez, eu perdi a trilha, afogando-me nas notas sanguíneas.

Ao afastar meu rosto, encaro um espelho quebrado, meu reflexo maculado pelo líquido escarlate. A realidade retorna como um soco, e vejo a pessoa ainda viva, tentando fugir. Num piscar de olhos, estou diante dela novamente, impedindo qualquer chamado de socorro.

Xxx: SOCORRO, SOCORRO!

Dou meu sangue à pessoa, as marcas dos meus dentes desaparecem, mas o rastro de culpa permanece.

- Você vai se esquecer do que aconteceu aqui e de quem eu sou. - Sua mente é envolta por meu dom hipnótico, e desapareço usando velocidade, deixando para trás o eco do meu próprio descontrole.

[...]

Acordo no dia seguinte, as lembranças de ontem invadem minha mente. Isso nunca mais iria acontecer.

Me levanto, vou em direção ao banheiro, me apoio na pia e me olho no espelho.

Meu rosto cheio de sangue vem à mente, agi como um monstro.

Tomo um banho gelado, saio e visto a primeira roupa que vejo.

Desço, vejo Hope dormindo no sofá. Quando foi que ela estava ali que eu não vi?

- Acorde. - Derrubo ela usando magia.

Hope: Filho da...

- Não fala assim da minha mãe.

Hope: Eu estava num sono tão bom.

- Que pena, vamos logo, temos que terminar o feitiço no Landon e mandá-lo embora daqui o mais rápido possível.

Hope: Não falta muito para terminar o feitiço. Quando saí ontem, consegui tirar mais da hipnose dele. Você tem força suficiente para tirar o resto, eu vou tentar achar algum feitiço de projeção para falarmos com o pessoal.

- Ok.

Subo até o porão, olho para Landon, ele estava dormindo. Acordo ele com o feitiço que faz ter uma imensa dor de cabeça.

- Acorde, belo adormecido, não temos o dia todo.

Landon: Está com toda essa raiva de mim por quê? Não superou a morte ainda da sua querida amada Leah. Ah, esqueci, fui eu que matei ela.

Chuto ele com tanta força que a cadeira se despedaça no chão.

- VOCÊ MATOU A MINHA NAMORADA, A PESSOA QUE EU AMEI!

Landon: A morte dela foi mais que merecida.

- VOCÊ A MATOU PORQUE ELA NÃO SENTIA O MESMO POR VOCÊ!

Landon: ELA QUIS FICAR COM VOCÊ AO INVÉS DE MIM.

- VOCÊ A MATOU PORQUE ELA DISSE QUE ME AMAVA, EU AMEI ELA E ELA ME AMOU, VOCÊ NÃO QUERIA VÊ-LA FELIZ COMIGO ENTÃO DESTRUIU A FELICIDADE MINHA. VOCÊ NÃO TEM NOÇÃO DA METADE QUE EU SOFRI COM A MORTE DELA.

Não aguentando mais, saio dali indo até Hope.

- Vamos trocar, não aguento ficar no mesmo lugar que aquele idiota.

Ela não fala nada, apenas me abraça forte.

Hope: Sinto muito pela Leah, sei o quanto ela era importante para você.

Não respondo, apenas continuo abraçado. Não posso chorar agora.

Hope: Procura o feitiço de projeção enquanto eu termino de tirar a verbena e a hipnose dele. Eu já aproveito e hipnotizo ele.

Apenas faço que sim com a cabeça e começo a procurar o feitiço.

Leah foi minha primeira namorada, o primeiro amor da minha vida. Conhecemo-nos quando eu tinha 16 anos e ela 15, nas ruas de New Orleans. Às vezes, acho que foi amor à primeira vista. Ela era uma turista na cidade, e eu me ofereci para mostrar cada canto daquela cidade. No mesmo dia, ela conheceu Landon, que já era amigo dela. Um tempo depois, Leah e eu começamos a namorar, mas Landon também a amava. Ele a matou a sangue frio porque não aceitava que ela me amava e estava sendo feliz comigo.

Desde então, fui uma pessoa fria e nunca mais amei ninguém.

Acho o feitiço de projeção e chamo Hope.

Hope: Já hipnotizei ele para esquecer dessa casa e de tudo isso. Agora ele não irá se lembrar da gente.

- Achei o feitiço, vamos começar.

Começamos o feitiço, é um pouco demorado, mas vai dar certo.

Abro meus olhos e vejo que estou em uma casa, escuto vozes e vou até elas.

- Mãe?