V

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Nas ruas molhadas pela chuva o garoto caminhava diante do céu escuro semelhantes ao seus olhos, seu peito sofrego pensando em mil formas que poderia proferir tais palavras tão duras.

Em Passos pesados se direcionava ao encontro do garoto que lhe esperava logo a frente sem ao menos imaginar os acontecimentos seguintes.

Quanto mais próximo se via do garoto mais suas mãos gélidas soavam, mais seu peito acelerava e seu estômago por completo embrulhava com o amargo de seus lábios.

Quando seus olhos se encontraram, o contraste da luz com a escuridão.

Um baque.

O brilho dos olhos do garoto causados pela animação para logo proferir mais de suas mirabolantes ideais afim de descobrir sobre os segredos sujos de um monstro, e o fosco dos olhos de Jk ao estar prestes a cuspir palavras dolorosas a um anjo.

O garoto sorri ao vê-lo, mas Jk não poderia lhe retribuir, não seria capaz.
Estava em pedaços.

—Jung eu..
— Não quero saber.— segurou o ar em seus pulmões.— Nem sequer voltar a te ver.
—O quê?— o garoto não entendia, talvez fosse uma brincadeira de mal gosto pela parte de Jk mas o mesmo estava tão frio e convicto que lhe assustava.
Queria perguntar o que aconteceu com seu rosto, oque havia ocorrido nos dias que não se viram, mas não encontrava brecha com todo o peso da situação em que se encontrava.

—Você me corroeu, me colocou contra meu próprio pai! Como pode?— seus punhos cerrados tremiam gélidos, suas unhas o machucavam pela força do aperto.
—Você tá louco? você mesmo viu, como pode falar algo assim?
—Exato, como eu pude, sim, como eu pude acreditar nas suas histórias, como pude deixar você me colocar contra meu próprio pai?
— Jung oque tá acontecendo com você?— uma lágrima cai e sua mão vai de encontro com o ombro de Jk mas o mesmo a tira imediatamente empurrando o garoto para trás.

Foi como um choque térmico.

Como poderiam ser tão opostos nesse momento? O garoto era quente e lágrimas eram derramadas a todo instante.
Jk era frio e não se via sentimentos algum a não ser o escuro e vazio de seus olhos.

Um vidro a quebrar, uma bomba a explodir, um carro a colidir, eram as comparações perfeitas a serem usadas para com seus sentimentos naquele momento, se via naquela situação.
Era estranha a sensação de tudo com o nada passando a cada fio ligado dentro de si.

A virar as costas e seguir caminho contrário do garoto sentiu o peso do mundo sobre si, não havia mais forças, suas pernas andavam como que de forma automática sem parar assim como as lágrimas que caiam dolorosas de seus olhos, quando os fechava, via seu amigo, sentia as dores de dias atrás jogado naquela calçada fria, ouvia a voz de seu pai..

Se sentia padecendo.








...💜
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⏰ Last updated: Jul 26, 2021 ⏰

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