ma douce

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Receber o carinho dela sempre foi a melhor parte do dia, nada mudou, quando ela chegava do trabalho de administrar a empresa da família dela, ela fazia um trabalho incrível, herdou com merecimento, mesmo não querendo fazer parte dessa empresa de, segundo ela, tiranos interesseiros. Quando a doença dela foi descoberta e chegou num patamar que ela teria que ficar no hospital permanentemente, e que não tinha cura, ela passou tudo pra o meu nome, a empresa, a casa, o dinheiro da parte dela na herança do pai; tudo que ela queria que fosse garantia de que eu e o Jimin tivéssemos uma vida sem muita preocupação.

Balancei minha cabeça afim de tirar da minha mente esses pensamentos todos e sentir melhor o carinho que eu recebia, as mãos leves e delicadas, os dedos massageando meu cabelo de uma forma tão carinhosa, levantei do seu colo e me sentei na frente dela.- Você está realmente usando? - Perguntei surpreso mas logo abrindo o maior sorriso do mundo.

- Claro que estou! Os homens da minha vida fizeram pra mim.

- Ficou tão linda quanto achei que ficaria meu amor! Não deveria brincar com meu frágil coração desse jeito! - Brinquei falando de um jeito manhoso, depositando um beijo na bochecha dela, percebendo as mesmas corarem levemente.

- Eu tive uma ideia! Será que se eu pedir autorização ao seu médico, ele deixa eu dar um passeio pelo jardim do hospital com você? Só nós dois? - Ela ficou um pouco pensativa e me olhou travessa.- Temos mesmo que pedir permissão? O que somos?

- Temos sim, é a coisa responsável a se fazer.

- Somos adultos, você trabalha, temos um filho e se pedirmos permissão não vamos poder roubar uma loja de donuts se quisermos; eu vou ter que ir na cadeira de rodas, e as enfermeiras vão estar nos seguindo!.- Gargalhei alto com a última frase, ela não muda mesmo.- Então vamos minha bela criminosa!

⑅♡⑅

Estávamos caminhando na velocidade que ela podia no momento, olhando as estrelas e conversando sobre as loucuras que fizemos quando começamos a namorar, me sentia um adolescente de novo; uma maravilhosa sensação de nostalgia pairava entre nós dois. Quando ela cansou de caminhar, coloquei o casaco do terno que usava no chão pra ela se sentar na grama verdinha que tinha ali, que claro ela só escolheu aquele lugar porque tinha uma placa com letras enormes escrita: "Não pise na grama".

Deitamos na grama verdinha e úmida, ela apoiava a cabeça no meu braço, nossas mãos entrelaçadas e com os olhos direcionados ao céu livre de qualquer nuvem. Aquela noite estava particularmente com mais estrelas que o comum e a lua cheia estava linda. Virei minha cabeça pra olhar o rostinho dela; estava tão focada em olhar as estrelas, que as mesmas refletiam nos seus olhos e parecia um pequeno universo.

Dei um abraço meio desajeitado por conta da posição que estávamos, mas não deixou de ser um abraço forte e amoroso.

- Por que o abraço do nada?

- Porque eu amo estar abraçado com minha esposa perfeita e linda! - disse dando um beijo na testa e ganhei uma risada sem graça, olhei confuso pra ela.

- Ainda me acha bonita? Até sem meus cabelos e no estado de saúde atual?

- Claro que sim! Eu alguma vez deixei a entender que não achava? Você continua linda.- Os olhos dela ficaram marejados novamente.- Eu sinto muito meu amor, s-sinto muito que essas palavras machuquem tanto. Eu trocaria de lugar com você se pudesse; sua dor também me machuca muito.

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⏰ Última atualização: Dec 15, 2021 ⏰

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