| quarantième cinquième |

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O rei Luke se despediu de cada nobre em frente as suas carruagens, agradecendo cada um deles pela presença em sua coroação, embora ele não soubesse quase nenhum nome de tais homens e mulheres renomados. A Duquesa Mary, viúva do Lord Wyatt, não queria deixar seus aposentos. Após a visita do rei, a primeira hora da manhã, ela estava com vergonha do que aconteceu com o seu falecido marido, de aparecer para o café da manhã. O rei gentilmente, em acordo com ela deu lhe algumas terras e asilo no palácio enquanto ela precisasse, porque ele entendia sua lerda e garantiu que não teria dificuldade em mante-la em suas terras.

Era óbvio que ele havia feito essa oferta por culpa, uma medida de recompensa.

O resto dia, o rei Luke se manteve ocupado em seu escritório, preferindo almoçar nele também, sabendo que Michael estaria ocupado fazendo os últimos relatórios sobre Lord Wyatt, além de treinar o exército.

Mas ele estava errado.

— Você deve prender a respiração, sua barriga está dura. — Ele sussurrou em seu ouvido, guiando sua mão até a cintura da princesa, certificando que ela seguia suas instruções. Ele percebeu como Theodore estava tensa e acompanhando tudo o que Michael dizia — Com o olho que você considera melhor, mantenha-o concentrado no alvo, não perca a força no braço.

A mão de Michael deixou a cintura de Theodore e foi para seu braço levantando o mesmo que já estava começando a cair. Ele levantou e colocou no ângulo certo e adequado, ele não percebia que a proximidade entre seus corpos deixava todos os pelos do corpo da princesa em pé.

— Quando estiver pronta, faça. — Ele sussurrou mais uma vez em seu ouvido, sem perceber os calafrios que preenchiam o corpo da princesa.

— Posso saber o que diabos está acontecendo aqui?

Ambos pularam e se viraram, enquanto a princesa soltava seu arco e a flecha.

O rei Luke olhou com uma sobrancelha levantada para seu guardião e a herdeira do trono de Cairns, sua coroa pesava alto em sua cabeça e seus cachos caíam emoldurando suas feições, seus olhos azuis e lábios vermelhos.

— Majestade. — Theodore e Michael disseram e se curvaram. — Michael havia me prometido ensinar arco e flecha. Estávamos praticando.

A sobrancelha levantada de Luke não se mexeu. Seus olhos vacilaram entre os azuis da princesa e os verdes do seu tutor, a quem claro deveria ter esquecido a conversa daquela manhã em que ele mencionou aversão por gestos daquele tipo.

— Você parece ter uma mente muito frágil. — Eu olhar se ficou no comandante de guerra, que franziu o rosto em confusão e logo depois relaxou e virou os olhos.

Agora foi a vez de Luke franzir a testa e se sentir profundamente ofendido.

— Você acabou de virar os olhos para mim? — Ele perguntou tentando digerir tal gesto de rebelião que Michael se atreveu a realizar.

— Rei, a verdade é que eu não estou disposto a perder meu tempo com nada disso. Se você me der licença, cuidarei das minhas tarefas. — Michael falou e se virou para ir fazer exatamente o que havia dito.

Não era como se Michael estivesse tocando Theodore para se divertir, como carícias ou beijos, eles não compartilhavam afeto naquele momento, Michael estava apenas ensinando-lhe acho e flecha. Ele não estava quebrando o acordo com Luke. Ele estava sendo profissional e Luke dramático.

— Michael, você não pode ir. — Luke rosnou aborrecido, ignorando totalmente a presença de Theodore. O de cabelos negros nem se virou.

Ele manteria sua palavra e seu dever, mas suas ações não foram percebidas dessa forma pelo rei, ao contrário, para ele era um gesto de rebelião, e absoluta rebelião contra o monarca.

— Michael, pare! — O grito estridente do loiro monarca fez com que os guerreiros que treinavam no campo parassem seu treinamento e olhassem naquela direção, e ele também atingiu seu objetivo, Michael parou e lhe deu a devida atenção.

Ele manteria sua palavra e seu dever, mas suas ações não foram percebidas de forma alguma por dessa forma para Lucas, ao contrário, eles eram o oposto completo, completo e absoluto rebelião contra o monarca.

— Você está me pedindo algo? — Perguntou o comandante de guerra com o cenho franzido, carrancudo e completamente irritado.

— Você não pode ser tão insubordinado, você deve ouvir seu rei. — Luke rosnou dando um passo em direção a Michael e se aproximando do comandante desafiador.

— Majestade, nós dois sabemos que você não está sendo honesto com suas ações. Sabe que tem outras intenções, e eu prefiro sair antes de cair nelas. Lembre-se que isso começou por que sou seu amigo e você tá confundindo os papéis. — Michael atacou e os olhos de Luke se arregalaram.

Michael o estava constrangendo, estava aproveitando sua situação naquele momento para fazê-lo parecer fraco e ele não poderia mostrar franqueza dessa forma, ele não poderia se mostrar à mercê de alguém, ainda mais quando ele era o rei.

— Antes de ser seu amigo, eu sou seu rei, e você deve me mostrar respeito. — Ele suspirou com peso e se virou de costas pro guardião. — Hoje você está restrito de suas obrigações com o exército de Camberra.

Estar livre de obrigações, diferia de estar restrito.

— Você está brincando? Depois do que fiz por você ontem?

E para Luke estava mais que claro que era impossível que ele pudesse permitir isso.

Michael, ele era inexperiente no assunto e Luke estava misturando sua relação com obrigações profissionais, onde tudo era ameaçado e complicado. Michael era um ser rebelde contra a figura de um rei.

— Esse é o seu trabalho, e eu não permitirei desobediência e rebelião da sua parte. Ordeno que levem para seu quarto e te prendam lá. Por todo o poder que a coroa de Camberra concede a mim. — Luke disse a sua ordem em um tom alto e claro para que os guardas ouvissem.

O peito de Luke subia e descia com a força de seu grito, enquanto os olhos de Michael se arregalaram com o tom e a ordem se seu amigo, o rei. Ele tinha certeza que essa ordem seria completamente diferente se as masmorras do palácio já estivessem prontas e não em construção.

Ele se sentiu humilhado, ele se sentiu traído e magoado. Seu melhor amigo estava fazendo isso depois de tudo o que ele fez pelo outro, o que o salvou de perder sua coroa. Michael estava se abrindo para o novo sensações que Luke provocou nele, que Luke o encorajou a experimentar.

Michael se virou quando três guardas chegaram ao seu lado para realizar o pedido do rei, o acompanhando até seu quarto e mantenha-o trancado até a novo aviso, claro, sem comer. Michael com os lábios pressionados com força formando uma linha delicada, ele se inclinou para oferecer uma última reverência de adeus à princesa e ao rei, que estava ao seu lado.

Levantando-se, ele olhou nos olhos azuis de Luke como nunca visto. Ele manteve seu contato por alguns segundos, alguns segundos que enfraqueceram a posição do rei e finalmente deixou escapar suas palavras.

— Isso acaba aqui — Michael disse entre dentes.

E um suspiro de pânico deixou os lábios do jovem monarca, em simultâneo, Michael se virou e foi liderado pelos guerreiros. Michael não poderia estar fazendo isso com ele, não agora.

— Seu pai precisa de nós, princesa Theodore — Disse o rei, girando sobre seus calcanhares para retornar ao caminho que foi feito para o campo de batalha.

A princesa seguia o rei alguns metros atrás, enquanto o loiro seguia com sua cabeça baixa, ele pensou nas duras últimas palavras de Michael, que, claro, comeram sua mente e feriram seu coração.

Não poderia terminar assim, não quando eles estavam apenas começando.

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