12.

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So one last time
I need to be the one who takes you home
One more time
I promise after that, I’ll let you go
Baby, I don’t care if you got her in your heart
All I really care is you wake up in my arms
One last time
I don’t deserve it
I know I don’t deserve it
But stay with me a minute
I swear I'll make it worth it
Can’t you forgive me?
At least just temporarily

ariana grande.

— Mais uma taça, por favor — Peço embolado.

Eu sequer me lembro quanto tempo faz que eu estou sentada no balcão desse bar. Bom, foi o suficiente pra me deixar bêbada. E ficar bêbada não foi um acidente, não dessa vez. Eu queria esquecer tudo o que ele me falou. Eu queria esquecer tudo o que me lembrava do Bieber. Mas eu não conseguia, não conseguia esquecer ele. Não sóbria.

Justin fez eu me sentir como um nada. Eu fui humilhada por ele, e tudo bem, eu entendo que eu merecia, mas porra, ele pegou pesado. Em toda a minha vida, apenas uma única pessoa fez eu me sentir dessa forma, e agora essa pessoa está morta. Mas com o Justin é diferente, porque eu entendo que ele quer colocar a dor, que ele tanto reprimiu, pra fora. Eu mesma fiz isso, quando o Carter morreu. Justin já estava chateado por eu estar distante dele, e tudo só piorou quando ele me viu com o Isaac. Ele estava fazendo de tudo por mim, e eu não dei a mínima.

— Oi docinho, ta sozinha por aqui? — Senti mãos rodearem a minha cintura. Eu me virei para encarar a pessoa, mas meus olhos não focaram muito bem. Não sei até onde era o efeito do álcool, e nem até onde era a miopia. — Você devia ser mais cuidadosa. As ruas estão perigosas, e você é uma gostosa sozinha em uma sexta a noite. Um alvo fácil, ainda mais porque está bêbada.

— Eu não estou afim de conversar. — Disse e forcei para tirar a mão dele da minha cintura. Mas ele sequer se moveu.

Analisando melhor, ele tinha o dobro da minha altura. O que não é lá muito difícil, já que eu tenho um metro e meio. Ele tinha um cheiro de cigarro desagradável, e mesmo bêbada, eu tive consciência de que eu não queria beijá-lo.

— Me deixa sozinha, por favor. — Disse um pouco mais baixo.

Eu podia sentir a minha barriga revirar, e minha visão ficar um pouco mais escura. Eu não tinha usado drogas, e nem tinha bebido o suficiente para chegar nesse ponto. Eu só precisava focar em uma coisa. Não desmaiar.

Levantei do banco, e tentei me manter em pé. Quase tropecei algumas vezes, até sentir os mesmo braços me rodearem outra vez. Ele beijou o meu pescoço, e passeou as mãos pelo meu corpo. Eu pisquei algumas vezes para tentar me manter acordada, mas minhas pálpebras pesaram mais e mais. Eu não ia aguentar muito tempo.

— Eu vou cuidar de você, princesa! — Senti uma malícia nojenta na voz dele, a qual fez meu estômago revirar de novo. — Vamos embora, gata.

— Não... — Sussurrei baixinho.

Eu já não tinha mais consciência de nada, estava sendo carregada por um homem que eu sequer sei quem é. Eu tentei pedir ajuda, mas nada, além de pequenos sussurros, saiam da minha boca. No caminho, eu senti ele passar a mão na minha bolsa e procurar por algo dentro dela. Ele me encostou em um carro, que estava estacionado ali, e continuou vasculhando minha bolsa.

𝑳𝑰𝑭𝑬𝑻𝑰𝑴𝑬    ::    𝒋𝒂𝒓𝒊𝒂𝒏𝒂Onde histórias criam vida. Descubra agora