Humanidade

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Nós somos a humanidade

Somos os recrutas correndo para nossas estações de batalha, os resgatados, os escolhidos, a colheita reunida em ônibus e separada em grupos nos quais nossos corpos foram endurecidos e nossas almas esvaziadas apenas para serem preenchidas com ódio e esperança, e sabemos quando saímos de nossos bunkers que o amanhecer se aproxima e com ele a guerra, e é isso que temos ansiado e temido, o fim do inverno, o fim de nós.

Nós nos lembramos de Navalha e o preço que ele pagou, cortamos as iniciais VQP em nossos corpos em sua honra. Nós nos lembramos dos mortos, mas não conseguimos nos lembrar de nossos nomes.

Alienígenas são tolos.

Dez mil anos para nos separar, para conhecer até o nosso último elétron, eles ainda não compreendem. Eles ainda não entendem. Idiotas.

Eles não tinham resposta para o amor.

Eles acreditavam que podiam arrancá-lo de nós, apagá-lo de nossos cérebros, substituir o amor com seu oposto, não o ódio, a indiferença.

Eles acreditaram que podiam transformar homens em tubarões.

Mas eles não sabiam que tinham que contar com um pequeno detalhe.

Eles não tinham resposta para ele porque ele não tem resposta. Ele nem mesmo é uma pergunta.

E eu voltei.

Voltei para Zumbi

Eu falei que iria cumprir a promessa

E eu cumpri

Eu saí da floresta em direção a uma casa, a casa no qual sabia que ele estaria junto com os meus amigos.

Ele estavas do lado de fora, encarando a floresta com o resto de luz que sobrou antes do sol cair em uma escuridão total.

Vou em sua direção

Ele olhou pra mim e sorriu

— Você voltou...- ele me olha assustado — Teacup?

Balanço a cabeça e ele assente

"A dor como a única prova verdadeira da vida?"

Eu entendi que a dor precisa ser sentida

— Como? Como você sobreviveu?

— Vence quem persevera - digo e ele me envolve em um abraço apertado — Eu lhe disse que iria voltar Parish

— Adoro quando você me chama de Parish

E eu sorri

Vence quem persevera (Concluída)Where stories live. Discover now