Meu Cupido Certeiro (Em Revisão)

Capítulo 21

 Quando eu estava chegando perto do meu destino percebi que estava sendo perseguida.

Olhei pelo retrovisor com a respiração acelerada e quando percebi o carro do indivíduo não pude deixar de me indignar.

Serkan Bolat estava atrás de mim. Ele não sabe o que significa privacidade?

Estacionei em frente ao local de destino e percebi que Serkan parou uns metros para trás. Eu não sou de provocar, mas ele estava pedindo.

Assim que toquei a campainha Sayfi apareceu ele era o dono daquela instituição de órfãos que eu era voluntária. Ele tinha namorado muito bacana que também era meu amigo, mas a situação que eu me encontrava não estava me importando com isso.

-  Eu vou ter que te abraçar. - Disse já enroscando meu braço no seu pescoço.

-  Eda você tomou seu remedinho hoje amada? o que é isso?

-  Disfarça só disfarça.

Me aconcheguei ainda mais em seu corpo e Sayfi  correspondeu ao meu abraço. Assim, olhei para o lado para ver se o Serkan tinha se mancado, mas pelo contrário, ele estava vindo em minha direção com a Pietra!

Isso só podia ser um pesadelo.

- Vamos entrando. - Fingi que não vi e empurrei Sayfi para dentro fechando a porta logo em seguida.

Assim que cheguei, Mel correu e abraçou minhas pernas.

-Que saudade tia. - E estava aí minha recompensa.

Depois que eu terminei com o Miguel, já faz uns quatro anos, para distrair minha mente e contribuir com meu conhecimento de botânica, que hoje também é um hobby, e meu gosto por leitura, resolvi me tornar voluntária de um orfanato dando aula de sobre plantas para as crianças e fazendo roda dos livros.

Era uma forma de dar esperanças a elas e como todo fim de aula instruir o melhor com as metáforas das flores e personagens literários.

No entanto, ninguém sabe disso nem mesmo a Cen sabia eu vinha toda semana, mas agora por conta do trabalho venho fazendo apenas de dez em dez dias e era incrível.

-  Eu também estava com saudades minha florzinha. - Disse acariciando seu cabelo loiro.

-  Tia Eda minha florzinha cresceu vem ver, vem ver. - Hector puxou a minha mão e estava tão entretida que nem percebi que tínhamos visitas.

-  O que você está fazendo aqui ? - Perguntei a Serkan que me olhava com suas pupilas iradas.

Ele encarou Peti, depois a mim, seguido de Sayfi e sem esperar convite, Serkan entrou no orfanato e marchou em minha direção.

-  Quem é esse cara? Desistiu do tomada e veio atrás de um jardineiro?

Era só o que me faltava.

- Não se faça de tonto se você sabe ler, sabe muito bem que eu não estou aqui para isso.

A lesma enfim olhou para a placa atrás da minha cabeça e seu semblante mudou.

- Por que você nunca disse que era voluntária em um orfanato ?

Ele se sentou entre duas crianças, a Luna e o Fred, esperando minha resposta. Serkan era muito folgado. Os meninos se entretinham com Pietra, ao mesmo tempo que internamente eu surtava.

- Porque não é da sua conta ? - Disfarcei querendo esganá-lo ao mesmo tempo.

- Tia essa é sua filha? - Fred questionou como sempre curioso.