Capítulo 31

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Tem certas coisas que acontecem em nossa vida e simplesmente não conseguimos entender o motivo, mas algo que é certeiro entre todas as inconveniências do destino é que nada, absolutamente nada, acontece por acaso.

Faz alguns segundos que encaro freneticamente o meu namorado depois de ouvir ele chamando a vidente de mãe. Ada e Bora que ao longe tentavam entender o que se passava se aproximaram da cena com o cenho franzido.

-  Eu gostaria de ser sua mãe, mas não é o caso querido, isso não passa de uma coincidência! -Isso estava muito estranho por que Serkan fez isso? - Agora eu preciso ir, porque o destino não espera -A mulher puxou sua túnica para baixo, olhou para o chão e começou a ir embora apressada.

Serkan permanecia com o maxilar travado e os olhos nebulosos encarando as costas da mulher, sem pronunciar uma palavra sequer.

-  Serkan o que foi isso? -Segurei seu braço preocupada, mas ele nem ao menos se dirigiu a mim.

Com a vidente já um pouco distante, ele marchou a passos largos em direção a senhora e eu preferi não interferir já que se ela fosse sua mãe ele tinha direito de estar perturbado.

-  Eu estou mais perdida que manga em salada de tomate -Ada comentou e eu apenas encarei a costa tensa do meu namorado falando com a mulher.

-  Ada acho melhor irmos, depois Eda passa a conversa com Esra.-Bora segurou o ombro de Ada a guiando para o caminho do hotel. 

-  Bora, imagina se a vidente vigarista for mãe do Serkan Bolat! Ele é um dos empresários mais requisitados do mercado na área de tecnologia, quase muito parecido com Ozan, você pensa se descobrirmos isso!

Jornalistas e seu sangue por matérias bombas.

-  Tudo bem Ada e se não for? É a vida de uma pessoa, eu acho melhor deixarmos isso para lá. -Bora comentou e Ada soltou um suspiro concordando.

-  Sim, você tem razão, vamos embora senhor Bora. -Ada pegou na mão dele e por um momento percebi que ela esqueceu da minha presença.

-  Ada -Ele disfarçou o riso com o seu gesto tão íntimo.

-  O que? -Bora elevou a mão unida e ela corou soltando abruptamente. -Foi automático.

Eu arquei minhas sobrancelhas e isso só piorou sua situação.

-  Não precisa disfarçar, está na cara que está rolando algo entre vocês. -Sorri de lado e ambos se entreolharam sem graça.

-  Não está rolando nada, a Ada é assim... afetiva! O que posso fazer?-Bora reclamou passando a mão pela nuca meio desconcertado.

-  E a culpa é minha, quem passou mal por conta do meu maiô não fui eu senhor Bora, não foi!

-  Ok Ada, só vamos embora -Bora riu e me encarou -Obrigado Eda por tudo, qualquer coisa que precisar pode nos chamar.

-  Pode deixar Bora, muito obrigada pelo apoio.

Eles saíram andando rumo ao hotel e eu voltei meus olhos para onde Serkan se encontrava a alguns segundos atrás, no entanto me surpreendi quando não encontrei nada.

Rapidamente, o desespero me dominou, eu comecei a andar em passos largos com o coração acelerado, já que a noite dominava todo o ambiente, até que na minha falta de jeito acabei tropeçando em uma pedra e caindo com os dois joelhos no chão. Se não fosse o meu reflexo de apoiar minha mão no chão de pedra, eu teria batido o rosto no solo.

-  Eda! -A voz familiar de Serkan dominou meus ouvidos e então eu rapidamente esqueci a ardência de minhas mãos e me atentei ao seu rosto nebuloso. -Você está bem?

Meu Cupido Certeiro (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora