FASE 03. Natan.

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Lição que aprendi 17. Para Shayene: A lenda diz que a semente de girassol salva a terra em que foi plantada, e assim como meu jardim, você salvou tudo o que nele habita.

— Pra onde você e tua mãe foram segunda? — pergunto baixo para a Beatriz que olhava distraída para televisão

— Não posso falar! — responde virando a cabeça para me olhar

— Te pago um sorvete — ela ri negando com a cabeça

— Minha mãe comprou um grandão pra mim ontem quando a gente foi comprar roupa — balança os ombros abusada — Não posso contar, não mesmo! — bota a mão na boca

— Ram, vocês duas tão cheias de mistério, to nem entendendo — falo me levantando e indo para a cozinha

Shayene e Nádia estão na agitação para mais tarde junto com a minha sogra, depois de tantos anos, a ceia vai ser aqui em casa.

Não curto muito curto muito essas datas, me lembra minha mãe e é foda pra mim, fico com vários pensamentos errados.

Mas a Shayene consegue mudar tudo, até me fazer montar árvore de Natal com ela e a bia ela fez, essa mulher é foda em todos os sentidos.

— Vamos lá em cima rapidinho? — murmuro no ouvido dela, abraçando ela por trás — Rapidin — ela ri, deitando a cabeça no meu ombro

— Já tô terminando aqui! — fala mexendo na panela, beijo o ombro dela

— Nem me deu atenção hoje, tô cheio de saudade de você! — passo o nariz pelo pescoço dela

— Ih Natan! Rala daqui, rala! Eu hein, parece até que tá no cio — Nádia implicou me empurrando pro lado quando passou por mim

— Só vou vazar por que vou cortar o cabelo, mas tu é chata pra caralho! — nego com a cabeça dando um selinho na Shayene e saindo

Dei um rolê pela favela, peguei meu trage, cortei meu cabelo, marquei com os moleques tomando um gelo, pela noite eu voltei pra casa.

Shayene tava arrumando Beatriz e eu fui direto pro quarto tomar um banho, casa tá toda arrumada, tudo iluminado, Nádia já tá na sala dançando, daqui a pouco meu cunhado tá chegando, minha sogra provavelmente ainda cozinhando, climinha de família.

Tiro a camisa e jogo em cima da cama, Shayene entra no quarto me sondando quando eu abro o guarda roupa.

— Ta mexendo no que ai? — pergunta toda desconfiada me deixando sem entender

— Nada? Pegando meu tenis ué — ela continua me olhando meio desconfiada — Ih caralho, qual foi? — pergunto rindo

— Hum, nada! — vem na minha direção me abraçando pelo pescoço — Saudade! — me da um selinho que eu logo transformo em um beijo rápido

Minhas mãos adentraram pelo vestido dela, subindo tudo pra cima, enquanto eu apertava a bunda dela, meus lábios descendo pelo pescoço, escutando ela gemer baixinho.

— Toma um banho comigo? — ela concorda, molinha já, entregue à mim.

Fomos tirando a roupa pelo quarto, o banheiro sempre fica pequeno para nós dois, eu estocava cada vez mais firme, escutando ela gemer no meu ouvido, a água caindo sobre nós dois, quanto meu pau entrava e saia, até gozarmos juntos.

SHAYENE: Perigosa. Where stories live. Discover now