capítulo 4

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Não sei quantos dias ou meses estou deitada nessa mesa me metal, só sei que está ficando cada vez mais difícil pensar em uma saída.

Meus pulsos agora estão presos, junto com minhas pernas e somente minha cabeça fica livre, mesmo eu não podendo me mecher a sensação de estar consciente mas não ter controle do seu corpo é como uma prova divina.

Solto um suspiro e meus pelos se arrepiam, como eu estou pelada não tenho nada que me cubra, nem um cobertos para me esquentar e essa sala é muito fria. O frio é uma ótima tortura para quem está preso, seus músculos ficam rígidos e dormentes, sua pele começa a ficar fria ao ponto de congelar se a temperatura estiver muito alta.

As vezes eu penso que se eu estivesse na sede do MI6, eu não teria sido sequestrada e nem feita de rato de laboratório.

As seções de tortura de quando enfiam aquela agulha em meu pescoço tem se tornado cada vez mais frequentes, minha mente já imaginou mil e uma formas de fugir ou matar todos na sala.

As vezes penso em como minha vida poderia ter sido diferente se meu pai não tivesse me encontrado e me criado com tanto amor é carinho.

Eu provavelmente teria sido mandada para um orfanato qualquer e não seria a agente que sou hoje, não teria a vida que eu tenho e nem conhecido o amor de um pai.

Escuto passo se aproximando e tenciono meu corpo, sempre quando essas pessoas aparecem A seção de tortura começa, a queimação cada vez pior e o gelo que corre por minhas veias apaziguando o fogo.

Eles começam a falar aquela lingua estranha e eu suspiro em minha mente, eu queria pelo menos poder falar ou melhor, entender o que eles falam.

Eu nunca ouvi ou vi falarem sobre uma língua tão complexa como essa.

Novas mãos começam a apalpar meu corpo e eu estremeço, começo a gritar em minha mente e penso no pior.

Eu não posso deixar eles me violarem, já sofri demais com essa tortura de quente e frio!

Uma voz surge e fala de modo arrogante e prepotente, com certeza um homem que se acha o dono do mundo e que quer ter tudo ao seus pés.

As mãos param abaixo dos meus seios e parecem estar averiguando algo, uma lágrima escapa de meu olho direito e é pega por mãos ágeis e fortes.

As mãos que me tocam pareçam ser feitas de metais e alguma coisa macia, com certeza uma prótese personalizada.

A voz começa a ficar mai alta e parece sentir raiva, a pessoa começa a gritar e logo um som de ossos se quebrando é escutado.

Sinto meu coração gelar e tento inutilmente acalma-lo. Eles mataram um dos seus, o que ir ao fazer comigo?

Já ouvi muitas vezes falarem sobre o mercado negro, eles vendiam mulheres virgens em leilões e elas nunca mais eram vistas. Não quero e nem irei virar uma escrava sexual! Eu dou um geito de fugir e mato todas as pessoas desse lugar.

Meus corpo sempre foi magro, tenho seios pequenos e uma bunda media, também não sou muito alta. O corpo perfeito e fácil de ser dominado por um homem.

Escuto passos apressados chegarem e logo um grito na língua estranha, as pessoas da sala começam a gritar e correram de um lado para o outro, a pessoa que passava a mão em mim ri e pega meu corpo.

Sinto um pano ser jogado em cima de meu corpo nu e agradeço a Deus por isso, já sofri humilhações demais por uma vida inteira.

Escuto um barulho de explosão e meu coração erra uma batida, o que está acontecendo?

A pessoa que me carrega me aperta mais sobre o corpo musculoso e vejo que a fisionomia é de um homem, ele começa a andar e sinto como se estivesse sendo levada para o abate, meu medo desafia as leis da física pois tenho certeza que nenhuma pessoa da terra já sentiu tanto medo quanto eu senti nesse dias ou meses.

O homem para depois de andar por um tempo e o escuto falar com outra pessoa, ele volta a andar e parece subir escadas, tento escutar qualquer outro barulho e tentar achar uma saída mas parece que a única língua que eles falam é essa desconhecida.

Uma possibilidade para por minha cabeça mas eu a dispenso quase que imediatamente, eu só posso estar louca.

O homem que me carrega conversa com várias outras pessoas enquanto anda e isso me deixa preocupada. Não poderei sair daqui se tiver muitas pessoas, eu sou só uma e não darei conta de um exército de homens sozinha e ainda desarmada.

Começo a me desesperar novamente e a pensar em vários óbitos, penso no jornal avisando sobre um corpo encontrado em uma vala qualquer, penso sobre o MI6 apagando meus dados da internet como se eu nunca tivesse existido.

Me sinto ser colocada em algo macio e chuto que é uma cama. O pano que cobria meu corpo é retirado e eu quase choro novamente, estar nua e com pessoas te olhando não é nada agradável!

Escuto a voz estranha do homem dizer algo e sinto um tipo de máscara ser colocada em meu rosto. Mãos pegam meus braços e pernas, e começam a me apalpar e examinar.

Bem que podiam me soltar e me deixar ir para a minha casa quentinha, confortável e longe de gente estranha me tocando sem minha permição!

Depois de um tempo as mãos param e outra coberta é jogada em cima de mim, sinto uma agulha entrar em meu braço e suspiro esperando a queimação. Quando ela não vem, me permito relaxar por uns segundos e pensar que nada disso é real, que tudo isso é apenas um sonho estranho e doloroso.

Desperto dos meus pensamentos quando mãos um tanto quanto gentis, começam a fazer carinho em minha cabeça.

Será que eu fui salva? Uma pessoa sequestrada nunca é tratada assim, com carinho e se posso dizer, cuidados médicos!

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