Sinopse
Any Gabrielly é uma garota comum de 17 anos, Mora no morro do alemão com seu pai, um bêbado e drogado
Desde pequena ela aprendeu a se cuidar sozinha, nunca precisou de ninguém e acha que nunca vai precisar.
"Eu posso controlar a minha vida...
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Entrei em casa e vi Stefany fazendo altos nadas deitada no sofá com as pernas abertas.
- Senta igual gente. – Falei e ela mostrou o dedo pra mim. - Vou enfiar esse dedo na sua boceta e você vai ver. – Falei revirando os olhos.
- Eu mesma enfio. – Fez graça e eu revirei os olhos. - Onde você tava? – Perguntou. - Sabe quantas horas são? – Perguntou novamente.
- Sei não. – Falei revirando os olhos novamente e entrando na cozinha, peguei um suco e puxei um banco me encostando no balcão. Ela se aproximou de mim me cheirando e eu fiquei me perguntando o porque daquilo.
- Tá no maior cheiro de puta JB, tá de sacanagem comigo? – Olhou pra mim e eu ri.
- Desencana Stefany. – Falei. - Vai encher o saco de outro, to sem paciência pras suas neuroses hoje. – Falei bebendo um pouco do suco.
- Quem é? – Ela perguntou.
- Quem é o quê? – Olhei pra ela.
- Quem é a vagabunda que você tava comendo JB, me fala que eu vou quebrar a cara dela. – Falou brava.
- Nossa mano, cala a boca. – Fechei os olhos respirando fundo. - Sua voz tá me irritando. – Falou.
- Eu sou sua mulher, me respeita. – Ela levantou a voz e eu me levantei indo até ela. - Desculpa... – Murmurou.
Apertei ela contra a parede.
- Grita comigo que eu quebro seu pescoço, ta me achando com cara de quem abaixa a cabeça pra mulher, desencana fia, eu te boto pra correr em dois tempos. – Falei.
- Eu sou sua fiel, você me apresentou pro morro. – Falou com os olhos cheios de lágrimas.
- Tem quanto tempo isso? – Fiz como que estava pensando. - Dois meses? deixa eu te falar, a dois meses você chegou aqui, era carne nova, gostosinha pra cacete. – Falei olhando pra ela. - Carne nova pra mim é lucro bebê, os outros ficam com resto, eu não. – Falei sério. - Te pus de fiel, porque só eu podia fuder essa sua bocetinha, que agora já ta arrombada né, sejamos realistas. – Falei rindo.
- Você...– Seu rosto ficou vermelho e ela começou a chorar. - Eu te amo JB, te amo muito... – Chorou tentando me abraçar.
- Sai fora mano. – Empurrei ela fazendo a mesma me soltar. - Que amor o que, desencana Stefany. – Falei rindo. - Vai, pega tuas coisas, cansei de você. – Falei.
- O quê? – Olhou pra mim incrédula.
- Já foi? – Disse irônico como sempre ela chorou mais ainda, revirei os olhos. - To saindo, se eu chegar e a copia da chave não estiver aqui em cima dessa balcão e suas coisas bem longe da minha casa, eu te arrasto nesse asfalto ta ligada? – Olhei pra ela e sorri sínico.
Era só o que me faltava, amor...
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Me sentei no sofá de casa depois de um banho e logo meu pai entrou em casa, empurrou a porta com tudo.
Me levantei assustada e ele me encarou, seus olhos vermelhos não escondiam... Ele havia usado alguma droga.
- Vou matar você... – Ele me olhou com o olhar meio vago.
- Pai, para com isso. – Falei me afastando pra me prevenir.
- Porque você se parece tanto com ela? – Olhou pra mim.
- Não começa por favor... – Falei já sentindo uma dor no peito.
Minha mãe morreu dois dias depois do meu nascimento, meu pai cuidou de mim por um bom tempo, mais depois eu fui crescendo, fui ficando mais parecida com ela e ele começou a colocar a culpa da morte dela em mim.
Eu me sinto culpada as vezes, talvez se eu não tivesse nascido ela ainda estado viva, tinha a vida inteira pela frente.
- Ela podia estar aqui agora. – Ele disse vindo devagar até mim.
- Eu...eu... – Tentei falar algo, mais sabe quando você tem muita coisa pra dizer e fica calada?
Comecei a sentir uma dor no coração, queria chorar muito, porque sempre que ele joga isso na minha cara eu fico mal.
- Me deixa em paz. – Chorei e corri pra fora de casa de pijama mesmo.
Sai correndo morro acima e quase foi atropelada por um cara de moto.
- Ta maluca Any? – ouvi a voz de JB e só ai percebi que ele era o cara de moto.
