Surpresa

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O mundo de Maria caiu assim que o viu ali tão perto de si, era o amigo do homem que a destruiu, destruiu sua vida deixando feridas que jamais poderiam ser curadas. Abraçou o Estêvão, demonstrando todo o medo que estava sentindo, ele retribui o abraço como se dissesse "eu vou lhe proteger", passando a ela toda a paz que ela precisava naquele momento. Estêvão virou para o Jonatas.
- O que pretende? - Estêvão perguntou.
- Afinal, quem é você? - perguntou jonatas a ele.
- Sou o namorado dela. - Estevão disse o olhando.
- Maria sabe que Luciano não vai gostar disso, não sabe? - o amigo disse a olhando.
- Ela não precisa mais dele e nunca precisará. - Estêvão o responde - Ela não está mais sozinha. - continuou.
Saindo do hospital, Estêvão a levou para se alimentar, afinal era necessário que o fizesse de três em três horas pela sua gestação. Estêvão a tranquilizou durante a harmoniosa conversa que estavam tendo, o medo que Maria sentia havia dado lugar para a alegria e a paz que ele a fazia sentir, somente pela sua presença, que a tranquilizava.
Alguns dias havia se passado, Estêvão havia combinado de busca-los para uma surpresa. Maria estava lindamente vestida com um lindo vestido longo florido, uma rasteirinha dourada, um lindo colar e lindas pulseiras como acessórios, decidiu não usar maquiagem e soltou os cabelo após os arruma-lós como de costume, saiu do quarto encontrando com seu pai que também estava devidamente vestido, sorriu indo até o pai lhe abraçar, sua barriga começava a aparecer, deixando Maria ainda mais linda do que já era, seu sorriso estava radiante, seus olhos brilhavam, a alegria era visível apenas em olhá-la, seu pai se sentia grato por Estêvão ter aparecido em suas vidas, desde que ele chegou, sua filha havia voltado a sorrir, ele havia devolvido a felicidade à sua filha, a sua princesa.
Hoje era seu dia, Maria completava 24 anos, a dor que a jovem já havia enfrentado lhe fez amadurecer, já era uma linda mulher apesar da idade, estava apaixonada, isso era visível para todos menos para Estêvão, pelo menos era o que ela acreditava. Amava seu psicólogo e amigo, amava com todas as suas forças, a linda amizade que construíram se transformou em um lindo amor em seu coração e alma, sua filhinha que crescia em seu ventre começava a se movimentar, apenas em ouvir a voz da padrinho já tão amado por ela, se sua Luísa soubesse o quão amada era desde que foi descoberta em seu ventre, Luísa era seu maior presente, o melhor presente de toda sua vida mesmo não tendo sido planejada como sempre imaginou, mas Luísa era a filha com quem sempre sonhou, o primeiro aniversário que comemorava sendo mãe, mesmo que ela ainda estivesse em seu ventre, já se sentia assim, se sentia mãe do ser mais lindo que poderia existir, sua filha, Maria se emocionou acariciando a barriga enquanto ouvia seu pai lhe dizer lindas palavras.
- Parabéns minha filha, tenho tanto orgulho da mulher que se tornou e tenho certeza que sua mãe, do céu, também deve está orgulhosa de você. - Sebastian diz a olhando - Obrigada por me permitir viver tudo isso com você, obrigada por ter me transformado em um avô. Eu te amo, minha filha amada. - continuou, também emocionado.
- Obrigada por tudo papai, principalmente por amar tanto minha filha que logo estará aqui com a gente. Eu te amo, papai. - Maria o respondeu, lhe abraçando novamente.
Se separaram do abraço, assim que ouviram bater na porta, certamente era Estêvão afinal era o único que poderia subir sem precisar que avisassem. Maria abriu a porta, se deparando com Estêvão com um lindo buquê de flores sortidas, seus olhos brilharam assim que o viu, ele abriu os braços e rapidamente foram preenchidos por Maria que o abraçava fortemente, Estêvão beijou seus cabelos a retribuindo o abraço tão forte quanto ela o abraçava. Sebastian observava a cena sorrindo, nunca havia visto sua filha tão apaixonada desde que conheceu sobre o "amor", apesar de ter bastante ciúmes da filha, sabia que Estêvão cuidaria tão bem do coração de sua princesa tão bem quanto cuidou do emocional e psicológico de sua filha. Estêvão a olhou assim que soltaram-se do forte abraço que trocaram, lhe entregando as lindas flores que ainda estava em suas mãos.
- Parabéns, minha Maria. - sorriu - Obrigada por fazer todos os meus dias mais felizes desde que entrou neles, você é a luz de todos os meus dias. - continuou, enquanto seus olhos também brilhava olhando os dela.
- Obrigada Estêvão. - sorriu emocionada - Eu quem agradeço por ter transformado minha vida desde que chegou e por me fazer tão bem. - o respondeu enquanto cheirava as flores, que havia lhe encantado.
- Vamos? - Estêvão disse após falar com Sebastian.
- Vamos. - Maria e seu pai o respondem.
Juntos os três, caminharam até o carro de Estêvão, Sebastian decidiu que iria no banco de trás deixando então Maria no banco do passageiro ao lado de Estêvão, afinal, Sebastian sabia que eles se amavam, que estavam apaixonados um pelo outro, eles haviam lhe confirmado porém nenhum dos outros havia ainda tomado uma iniciativa.
Em questão de minutos, chegaram a um lindo parque ecológico que havia na cidade em que moravam, Estêvão após ajudar Maria a descer do carro, pegou uma grande e linda cesta de piquenique no porta malas de seu carro, Maria sorriu como uma criança de cinco anos vendo a surpresa que ele havia preparado. Ao chegar no local próprio para os piqueniques, Estêvão, Maria e Sebastian organizaram a cesta no lugar em que ficariam, para juntos poderem aproveitar esse momento.
Sebastian acabou encontrando alguns conhecidos, os chamou para que viessem lhe fazer companhia, Estêvão e Maria, foram caminhar pelo parque por algum tempo.
- Como a Luísa está? - perguntou Estêvão sorrindo pela sua afilhada, a quem amava como filha.
- Ela está muito bem. - respondeu Maria sorrindo - Acha que ela se parecerá comigo? - perguntou.
- Acho que ela será tão linda quanto você, Maria. - ele respondeu parando em sua frente.
- Acho que ela deveria puxar o padrinho, e o avô. - falou o olhando.
- Ela vai ser tão linda quanto você ou igual ao seu pai, já que você é a cópia dele. - a respondeu lhe arrancando um sorriso.
O sorriso de Maria, conseguia fazer todos os seus dias serem radiantes, o som de sua gargalhada o fascinava. Caminharam por mais um tempo, depois voltaram para o local onde fariam o piquenique, aproveitaram o dia juntos, entre conversas, risadas e alegria. Ao chegar em casa, seu pai e Estêvão a pedem para abrir a porta, mesmo estranhando a atitude o faz, se surpreendendo instantes depois quando viu as pessoas que amava ali, na sua de sua casa. Familiares e amigos se faziam presentes, a sala de sua casa se encontrava perfeitamente decorada para sua festa, ela falou com todos agradecendo pela presença e por terem lembrado do seu dia, seus amigos e familiares ficaram babando em sua barriga, loucos para conhecerem sua Luísa que crescia saudável em seu ventre, como uma mãe 'babona' mostrou a eles tudo que já havia sido comprado para sua bebê e o quarto que começava a tomar forma, o quarto era em tons de lilás, branco e rosa fazendo o cômodo ficar aconchegante e delicado, os móveis havia sido comprados todos brancos e um guarda roupas que começava a ser preenchido por lindas roupinhas de bebê, tudo tomando forma para que ficasse como imaginou para aconchegar sua amada filha.
Maria aproveitou a oportunidade para convidar sua melhor amiga, Helena, para ser madrinha de sua bebê junto a Estêvão que seria o padrinho, sua amiga rapidamente aceitou radiante o convite da amiga. A festa terminou durante a madrugada, todos havia aproveitando bastante, a felicidade se fez presente desde do começo de seu dia, Maria deu os primeiros pedaços do bolo para Estêvão e seu pai, logo após fazer seu pedido enquanto assoprava as velas, apesar de ser adulta, ela fazia questão de sempre realizar esses mesmos costumes em seu aniversário, fazia parte de sua essência. Estêvão ficaria para dormir no quarto de hóspedes, como já havia feito algumas vezes. Maria se encontrava em seu quarto, vestia apenas uma camisola, ficou minutos em frente ao espelho observando seu corpo, percebeu o quanto sua vida mudou dentro desses meses, uma filha estava a caminho, estava apaixonada por Estêvão, havia perdido sua mãe e agora tentava se reerguer da maior dor que poderia sentir após perder sua mãe, o abuso causado, as feridas permanecia ali, em sua alma, lhe arrancando dolorosas e angustiantes lágrimas. Decidiu ir à cozinha, beber apenas um copo de água, mas acabou se surpreendendo quando o viu ali, sentado em uma das banquetas que havia na cozinha atrás do balcão de sua cozinha, Estêvão olhava uma foto sua.
- Estêvão? - o chamou - Não conseguiu dormir? - perguntou.

Luz en la Oscuridad Where stories live. Discover now