ódio e amor

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E se...

Eu te - Vinha começa, mas não consegue terminar a frase com Matias chegando perto, e colocando a mão no seu ombro em seguida

Eaí, Fê? Já terminou o assunto por aqui? - Matias pergunta sorridente, encarando a expressão de ódio na face do Mozka.

Ranço, repúdio, raiva ou desprezo, defina como quiser, qualquer uma dessas palavras justificaria a vontade que o ruivo tinha de dar um soco naquela cara perfeitinha.

Eu acho que é melhor você ir - Mozka diz chegando mais perto, sorrindo também.

É... Acho que você deveria ir - Vinha fala em tom baixo

Eu acho que eu deveria ficar - Matias diz com seu sorriso desafiador, seus olhos claros não permitiam que alguém enxergasse algum tipo de ranço ou maldade ali, o que era o mais irritante.

Concordamos em discordar, ele já falou pra você ir, o que você quer aqui ainda? Qual a dificuldade? - Mozka pergunta tentando manter a pouca da calma que tinha dentro de si.

Você que atrapalhou tudo, por que eu que deveria ir? Eu vou ficar - Matias fala sendo o teimoso que sempre foi.

Você não é a porra do presidente pra achar que tem direito de ficar onde quiser, na hora que quiser, se ele te disse pra ir, sai daqui logo antes que eu - Mozka faz uma pausa e olha para o Vinha, estava expressando seus sentimentos além da conta, tinha que se controlar.

Antes que eu o que? Anda, diz, fala sobre o ser-humano asqueroso que você é, que não sabe resolver as coisas no diálogo e acha que está portando a razão. - Matias diz quase cuspindo as palavras no outro, Vinha tenta impedi-lo falando que ele deveria parar com aquilo, e ele continua - Não, ele está errado- Matias diz desviando das mãos de Vinha, que tentava conter a situação, ele olha novamente para o Mozka, e continua - Você deixou o Felipe fazendo papel de idiota naquele escritório durante todo esse tempo, agora só porque ele parou de ir atrás da sua atenção você quer ficar em cima? O que é isso? É ciúmes? Tudo isso é por ciúmes? Não gostou de ver alguém melhor no lado dele? Me conta, como é a sensação de ter alguém no que era "SEU" espaço? - Matias provoca, fazendo sinal de aspas com a mão, enquanto Vinha tentava apartar a situação, e obviamente, Mozka não deixou

Olha aqui, seu filhinho de papai medíocre, quem te deu o direito de insinuar algo sobre mim? Portando a razão? Sim, eu tenho todas as razões do mundo nesse momento pra esfregar a porra da sua cara naquele asfalto - Fala apontando para a rua e respira fundo, tentando não perder sua razão - mas ao invés disso eu estou te pedindo pra sair dessa casa educadamente, eu acho que você não vai querer estragar seu topetinho perfeitinho né? Quantas horas você gastou pra fazer esse cabelinho no espelho? Ele não te quer mais aqui - Mozka diz ríspido, fazendo cara de cachorrinho triste no final, e dando ênfase no "ele" que foi insinuando que o Vinha não o queria mais ali, consegue ver a face de Matias mudar, e atingir um tom rosado, raiva. - Sai, logo, da porra, da, minha, frente. . - Termina, pausadamente dessa vez, frente a frente com o homem de olhos claros, que desviou o olhar, a essa altura do campeonato, Mozka conseguiu rasgar a pele da palma de sua mão com as unhas.

Matias olha pra isso, para suas mãos, depois olha a expressão de Vinha, que dizia que era melhor ele ir embora, e então, saiu da casa pela porta da frente, esbarrando em Mozka que soltou um "Melhor assim" em pensamento quando o viu longe, mas ele parou perto da calçada, se virou, e disse

O céu azul e o pássaro branco Where stories live. Discover now