Capitulo 2 - Como vejo o mundo

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Antônio
          — Eu odiava meu pai não pela maneira que terminou apenas por ter dado as costas e ido embora como se não estivesse deixando para trás sua família e assim parado de se importar com a gente,era complicado dar o espaço que Lúcia pedia já que ao mesmo tempo que queria estar do seu lado também respeitava o que tinha me pedido.
Lurdes:– Você está muito tempo sentado aí na escada não acha?
           — Lurdes estava subindo para o quarto que antes era alugado por John e agora pertencia ao Alex seu subordinado e não que desconfiasse sobre o que estavam fazendo porque tinha ouvido conversas na boate que trabalhava e até agora nada sexual havia rolado entre os dois além de uma boa porradaria,o que esperava que fosse verdade já que o imbecil tinha sido um verdadeiro demônio para Maria e pelo menos agora parecia que estava mudando.
Lurdes:– Oh sonhador!?Está me ouvindo!?
Antônio:– Um pouco.
Lurdes:– Já vi tudo anda!
           — Ela começava à me puxar pelo braço até onde morava.
Antônio:– Olha o que está fazendo?
Lurdes:– O que acha!?Você precisa desabafar e eu preciso comer acho que é uma boa mistura.
Antônio:– Espera um pouco aí!Você é bem gostosa e tal apenas não estou interessado!
Lurdes:– Calma aí taradão do prédio!Estou falando de comida realmente!
           — Então percebo a sacola branca que estava carregando,isso me arranca uma risada involuntária.
Lurdes:– Agora pode vim e tenha certeza que está seguro comigo!
           — Lurdes sempre foi uma frequentadora assídua da boate que trabalhava a noite e mesmo tendo bastante grana nunca demonstrou para ninguém superioridade ou se achava melhor que qualquer um apenas adorava sexo e noites acaloradas se acabando de dançar com as amigas e quando chegava no fim da noite arranjava algum garoto de programa para aliviar todo seu estresse.
            — Ela abre um pacote de bolachas maizena e em seguida coloca um café fresco em duas xícaras brancas.
Lurdes:– Por favor não faça cerimônia!Agora me conta como está a Lúcia?
Antônio:– O que você...
            — Tento desconversar o rumo da conversa mesmo sabendo que ela já havia captado porque estava daquele  jeito.
Antônio:– Quero dizer como sabe que o motivo é ela?
Lurdes:– Você esquece que estou aqui faz um tempo não é!?Vejo você entrando e saindo da casa dela,será que é para dar apoio moral?Ou talvez ela adore brincar da brincadeira de passar o anel!?
Antônio:– Você é boa mesmo!
           — Pego o líquido escuro e tomo um pouco tentando me esquecer do rosto da mulher que estava me colocando louco à alguns dias porque simplesmente não aceitava sua gravidez e ainda por cima estava querendo testar minha paciência indo em clínicas clandestinas.
Lurdes:– E aí?Me conta!
Antônio:– Lúcia foi à uma clínica de aborto.
Lurdes:– Droga!Ela fez isso sem você saber?
           — Assinto com a cabeça tentando imaginar porque não adivinhei essa insanidade antes porque estava estampado naquela garota confusão em letras gigantes.
Lurdes:– Sinto muito.
Antônio:– Ela não teve coragem de ir até o fim.
Lurdes:– Pelo menos nem tudo está perdido.
Antônio:– Nunca lidei com alguém tão difícil assim se eu tento conversar com ela Lúcia pensa que é melhor apenas não falar sobre esse assunto e se afasta ou quando tento puxar conversa sobre sua família e lhe perguntar como está passando depois de tudo sou ignorado.
Lurdes:– Ela é jogo duro mas entendo o lado dela.
Antônio:– Que bom Lurdes alguém pelo menos entende.
Lurdes:– Sabe Lúcia é complicada mas nos últimos meses tem sofrido diversas perdas primeiro foi o pai e em seguida a mãe que se matou e os dois irmãos sabe pra quem olha de fora já se sente estranho imagina para ela.
Antônio:– Eu sei disso e quero estar do seu lado,não sabe o quanto.
            — Então o silêncio vem como se o resto não existisse e ao olhar para Lurdes noto um sorriso dela.
Lurdes:– Essa não o negócio é mesmo sério!
Antônio:– Nem me fala.
Lurdes:– Não estou falando do aborto em si sabe?Quer dizer sei que isso foi ruim só que o fato de estar apaixonado pela garota de coração duro é mesmo muito bizarro!
Antônio:– Por que!?
Lurdes:– Eu sei lá mas você é o tipo de cara que me passa pela cabeça beijando muito e namorando bastante várias pessoas.
Antônio:– Talvez eu tenha mudado.
Lurdes:– As pessoas mudam.
            — Alex entra e algo em seu olhar muda quando percebe a mão da Lurdes sobre a minha.
Alex:– Estou atrapalhando alguma coisa?
Lurdes:– Sim estávamos começando à trepar sobre a mesa só que adivinha?Você atrapalhou como sempre!
           — Não entendia de onde vinha aquelas provocações todas só que sempre soube da língua afiada de Lurdes sobre os outros entretanto agora precisava ficar do lado desse idiota porque essa mulher conseguia pegar bastante pesado quando o assunto era o coração e nesse momento eu não era o único que estava sofrendo desse mal.
Antônio:– Melhor eu ir embora e Lurdes?
          — Ela me olha com um meio sorriso no rosto e sobrancelhas arqueadas como se estivesse apenas provocando Alex com suas insinuações sexuais o que significava que está querendo que o cara pare de ser um imbecil e preste mais atenção nos sinais dela que mais pareciam estar saindo de um farol de tão grande e brilhante que era,essa sacana estava quase implorando para que o irmão retardado de Lúcia fosse em cima dela e lhe fodesse como uma maluca porém iria deixar que ambos se resolvessem.
Antônio:– Obrigado pela conversa.
          — Deixei a frase bem clara para que entendesse que Lurdes apenas queria sacanear com a cara dele quando achava que as coisas estavam saindo do seu controle.
Lurdes:– E então pode se preparar cara!
Alex:– Para o que?
Lurdes:– Apanhar.
          — Como tinha pensado antes essa daí não estava para brincadeiras e sabia quando deveria punir alguém ou a maneira de fazer isso é esperava que os dois tivessem uma luta justa para isso,torcia obviamente para Lurdes.

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