Capitulo 22

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Subi de volta e achei o Cobra entrando na favela.

Cobra : Acho bom tu ficar esperto. O moleque não tá pra brincadeira. - Respirei fundo.

Talibã : Vai dar merda, Cobra! - Ele assentiu. - O Black fez cria com geral, como esse filha da puta tem certeza? Nunca quis saber e agora quer pagar de vingativo. Vou comer cu de nego, tô avisando. - Cobra negou.

Cobra : A gente é irmão, porra! Se acontecer parada contigo, geral vai cobrar. - Ele pegou na minha mão.

Talibã : Aí, não vai deixar eu me foder sozinho não, filha da puta! - Ri.

Cobra : O papo que eu tinha pra te dar, já dei. Tu é moleque esperto, procede não? - Assenti.

Talibã : Tem duas mina aí, o Índio trouxe pra mim o nome. Indo pra baile dos moleque inimigo. - Peguei o papel do bolso, com o nome delas e dei pra ele. - Procura as duas e leva pro alto.

Cobra : Hoje tem bagulho bom. - Riu e subiu na moto.

O pai ta no ódio, cria! Não quero ninguém com neurose comigo, levo pro alto e seja o que Deus quiser.

Subi a salinha e encontrei tudo limpo. Ri com aquilo e puxei um cigarro.

Fui pra laje e fiquei fumando o meu. Dá boca, dava pra ver a praça.

Aí, adivinha quem eu encontrei?

A maluca da Mirele, rebolando a bunda na praça, com o Ls e o Guxta.

Guxta ficava de cabeça baixa e o Ls fumando o dele, contando dinheiro.

Ela me viu da laje, mandou beijinho e subiu mais o short. Ri e neguei, jogando a fumaça.

Ela começou a rebolar, virada pra mim. A carne é fraca.

Índio : Tem baile hoje. - Me assustei e virei pra ele, fechando a janela. - Tava olhando a brisa? - Assenti.

A brisa que a bunda da tua filha dá, meu cria!

Talibã : Bagulho bom, tu não acha não? - Ele assentiu e puxou a cadeira.

Índio : Sendo ameaçado pelo cria do defunto? - Riu. - Feião!

Talibã : Se mete não, eu vou resolver. - Ele negou.

Índio : E tu comer a filha do teu faixa é parada que tu resolve também? Filha da puta! - Veio pra cima de mim.

Talibã : Eu não sabia que ela era tua cria. - Virei o rosto pro lado. - Desculpa aí, mané. Quando eu descobri, falei pra ela não arrastar mais. - Ele me encostou na parede. - Se afasta aí, maluco. Já pedi desculpa, mas se tu quiser, a gente resolve de outra forma. - Empurrei ele e consegui sair do canto.

Ele ajeitou a peça, me olhou com ódio e saiu.

Quem tem culpa se a cria dele é toda maluca?

Talibã. | Part. 2 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora