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⊹ 𓈒 ۫ 𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐔𝐌  '
vestiário.

Suspirei enquanto terminava de assinar os papéis em minha escrivaninha. Do lado de fora das enormes janelas de meu apartamento, podia sentir o clima frio e ainda sim agradável da Espanha. Guardei os papéis em minha pasta e segui até o CT do Barcelona, meu futuro e mais novo trabalho.

Fui contratada como staff por responsáveis do time, minha função a partir de hoje é cuidar, quase como uma espécie de babá de algum jogador mimado... E pra falar a verdade eu nem imaginava que poderia receber tanto cuidando de qualquer marmanjo por aí, principalmente de um jogador de futebol.

Ao adentrar aquele enorme lugar, pude sentir um enorme arrepio, só não sei dizer se foi por causa do frio ou por outra coisa.

— Maddie, que bom te ver. — John, o responsável pela minha contração me comprimenta. Sorri diante dele e me sentei em sua frente.

— É muito bom estar aqui, senhor. — Sorri tentando ser o mais profissional e ao mesmo tempo simpática.

— Bom, como você já deve saber, estávamos em dúvida de qual jogador você deveria tomar conta. — O mais velho disse mexendo em alguns papéis que eu presumo serem uma espécie de fichas.

— E então, depois de analisarmos o seu perfil, decidimos que você é a nova staff do nosso protegido. — Sorriu e me entregou um papel.

De longe pude ver o nome estampado, Pedro Gonzales. Quem eu queria enganar? Pedri é um dos assuntos mais comentados de Barcelona e do mundo inteiro. Novo, bonito, uma carreira extremamente admirável e ganhador de várias competições.

Passei cerca de meia hora acertando os detalhes com John sobre minha contratação. Era estranho pensar em pra que os clubes contratavam staffs para seus jogadores, afinal, você deve pensar em que iríamos servir? Eu te digo. Nos responsabilizar em levá-los até o hotel depois das suas maravilhosas comemorações em festinhas, certificar de que não vão perder suas entrevistas e afazeres da semana [...]

Fala sério, gente rica tem mesmo o que inventar. Mas eu não reclamaria, eu ganharei muito nisso, então, que se dane.

Não conhecia o garoto pessoalmente, então sentia um leve medo do que me esperava. É minha primeira vez lidando com algo grande assim, meus maiores trabalhos com pessoas famosas a este nível foram somente em entrevistas. Nem eu sei dizer como eu vim parar aqui e sendo staff de Pedri.

Caminhei até o CT procurando pela "minha criança". Ao meu ver essa teria de ser a relação mais profissional possível, porém algo dentro de mim, me dizia que isso seria a última coisa a acontecer.

Com meu novo crachá, ganhei liberdade de ir e vir de certos lugares dentro do centro. Adentrei a uma porta enorme com uma etiqueta na porta escrito: "Vestuário". De acordo com fontes não tão confiáveis (Seguranças), o garoto deveria estar aqui.

Tive uma enorme surpresa ao encontrar o garoto ali, não somente ele, mas também sua camiseta atirada no chão. Porra, que ótimo jeito te conhecer. Beleza, agora o que eu faço? Corro? Ou mando um "Oi prazer, sou a sua nova staff e não tô sabendo lidar com esse seu corpo perfeitamente escultural".

Ok, foco.

— Puta merda, foi mal... — Você invade um vestiário e vai pedir desculpa? Caralho Maddie.

Ele é mais alto pessoalmente, o cabelo perfeitamente cortado e como dito anteriormente, o corpo escultural poderiam me destruir facilmente. Suspirei de certa forma aliviada quando o mesmo parou de me fuzilar com aquele olhar e sorriu de forma amigável caminhando até mim.

— Você deve ser a Maddie, certo? — Estendeu as mãos e eu a apertei gentilmente assentindo.

— Desculpa, não sabia que você estava se vestindo. — O garoto riu me encarando de forma desafiadora.

— Não sabia que eu estaria me vestindo e decidiu entrar num vestuário? Entendi. — A essa altura ele já caminhava até os chuveiros, de costas pra mim.

— Não é o que você tá pensando.  — Neguei e mais uma vez, ele me encarava.

— Vou fingir que eu acredito, agora, se você quiser sair... Ou fica, você me secou tanto que eu tô sentindo até calor. — Sorriu convencido.

Filho da puta. Eu 'tô até prevendo o terror que vai ser trabalhar com esse menino. Sorri e tentei passar uma extrema confiança, só pra ver se o ego altíssimo dele diminuía um pouquinho.

— Secando? não tem muito o que ver. Foi um prazer, eu acho.

Me retirei do vestiário, mas antes de sair, me certifiquei que ele tenha me encarado pela última vez. Puta merda, eu tenho quase certeza de que eu vou enlouquecer lidando com um cara desses.

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comentem o que acharam e deixem seus votos. até o próximo capítulo. 🤍

last night | pedri Donde viven las historias. Descúbrelo ahora