last night | pedri

20.

⊹ 𓈒 ۫ 𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐕𝐈𝐍𝐓𝐄 '
conselhos.

5 dias se passaram desde a última vez em que vi ele. Mal tivemos tempo para nos falar durante a semana, principalmente por conta do fuso horário.

Eu teria que aprender a lidar, pois sei que ainda tem muita coisa para acontecer. Porém, não anula o fato de que ele me faz uma falta enorme. Parecia tudo tão vazio, sem graça e sem vida.

Eu me acostumei com ele e me apeguei demais. Eram essas as consequências de ficar longe de quem você gosta; a saudade.

Quando acordei, me remexi sobre a cama e abri os olhos com dificuldade pois os mesmos doíam muito. Caminhei com cuidado até o banheiro e lavei o rosto, principalmente os olhos.

Em minha frente, vi o meu reflexo sobre o espelho e talvez até eu tenha me assustado.

Minhas olheiras estavam fundas e meu rosto mais fino. Confesso que não comi muito, eu simplesmente não conseguia colocar algo em meu estômago sem sentir enjôo ou eu não tinha vontade.

Meu cabelo estava embaraçado por conta do recém-sono e eu estava um pouco pálida. Caralho, nem mesmo parece eu.

Peguei a escova da pia e passei em meus fios de cima para baixo na intenção de pentear, amenizando aquela situação decadente.

Escovei os dentes e fui até a sala, pegando meu celular que ficou a noite toda na sala. Quando desbloqueei, haviam literalmente 15 chamadas perdidas de Eleonor a mais ou menos uma hora atrás.

Confusa, franzi o cenho e liguei de volta esperando que ela me atendesse, mas fui interrompida por batidas na porta.

Andei até o hall e destranquei a porta, com o celular em minha orelha segurado por meu ombro.

— Puta que pariu.

Boquiaberta, quase deixei o celular cair quando vi ela ali na minha frente.

— Seria bom você atender o celular, viu? — Minha amiga abraçou meu corpo, me jogando para trás e eu a agarrei, abraçando-a com toda minha força.

Senti uma lágrima descer pelo canto do olho por tamanha emoção. Porra, eu nem acredito que ela realmente está aqui.

— Meu Deus, o que você tá fazendo aqui? — Me afastei um pouco e vi que ela trazia consigo uma pequena mala.

— Não achou mesmo que eu te deixaria num momento como esse, achou? — Ela sorriu e eu apenas abracei-a com todo meu calor, sorrindo como boba.

Trouxemos sua mala para dentro e eu fechei a porta, trancando a novamente.

— Me diz, como você veio? Você tá no meio de uma copa, maluca. — Nos sentamos no sofá e ela tirou o sapato, jogando por aí.

Por um momento eu me senti culpada. Ela deve ter ficado preocupada e veio até aqui, deixando não só o Gavi, mas toda a sua responsabilidade para trás.

— Eu dou o meu jeito, você sabe. — Eleonor me analisou por alguns segundos e sorriu triste.

— O que foi? — Perguntei e olhei para mim mesma, vendo se havia algo errado.