Capítulo 1 - Piloto

834 78 57
                                    


– Aqui suas panquecas, querida. – Meu pai diz botando um prato a minha frente.

– Obrigada, pai. – Falo com um sorriso.

– Bom dia! – Minha mãe entra na cozinha, com passos rápidos. – Mon-el, você pode levar a Kira para a escola hoje? Estou atrasada. – Ela fala catando algumas coisas pela casa e jogando em sua bolsa.

– Mãe, eu posso ir sozinha, não preciso que se preocupem com isso. – Digo tentando a convencer. Por mais que ir de carro seja bem melhor, não quero atrapalhar, eles são ocupados.

– Já conversamos sobre isso filha, sei que você acha que nos atrasa levar você a escola. Mas entenda, levar você é divertido. – A loira diz dando um leve beliscão na minha bochecha, seguido por um beijo no mesmo lugar.

– Claro, cantar e dançar AC/DC dentro do carro é a melhor parte do meu dia. E a cara das pessoas nos sinais olhando para nós é inesquecível. – Meu pai diz dando uma leve risada. – Já está pronta para irmos? – Pergunta e assinto. – Então vamos.

Saímos do prédios, os três juntos. Na frente da portaria nos despedimos rapidamente.
Eu e meu pai entramos no carro e botamos os cintos.
Assim que estamos prontos, ele coloca
"Highway to Hell" e dá partida.

Fingimos tocar a guitarra, depois a bateria, quando começam a cantar os acompanhamos.

– Livin' easy, Lovin' free – Canto.

–Season ticket on a one way ride. – Meu pai canta enquanto dirige.

– Askin' nothin'
Leave me be
Takin' everythin' in my stride
Don't need reason
Don't need rhyme
Ain't nothin' that I'd rather do
Goin' down
Party time
My friends are gonna be there too. – Cantamos juntos. – I'm on the highway to hell
On the highway to hell
Highway to hell
I'm on the highway to hell – Cantávamos com animação e alto. Tenho quase certeza que as pessoas nas ruas conseguiam nos ouvir.

Não demorou muito para chegarmos na escola, foi logo após a música acabar.

– Tchau pai! – Digo saindo do carro e fechando a porta.

– Tchau, querida. Tenha um bom dia! – Ele fala animado.

Entro na escola caminhando. Tinham vários alunos na parte de fora do prédio conversando.

Ela esconde algumas coisas de mim, mas a alguns anos descobri o maior de seus segredos. Claro que não contei para ninguém e muito menos para a mesma. Ela é a própria Supergirl, uma super heroína. Todos os meus tios distantes também são, mas isso eu não descobri sozinha, Cisco me contou quando eu era bebê, achando que eu não lembraria. Naquela época devia ter uns dois anos. Lembro até hoje de toda a situação.

Entro no colégio conferindo se estou de óculos.
Não preciso usá-los, tenho uma visão perfeita, mas tanto a minha mãe quanto o meu pai usam quando saem.

Minha mãe sempre disse que usamos óculos por sermos de outro planeta. Sei que é apenas umas desculpa esfarrapada.

E tecnicamente, apenas os meus pais são. Eu nasci na terra, então sou terráquea, mas com DNA alienígena.

Minha mãe, Kara — Sim, nossos nomes são muito parecidos. Ideia do meu pai. — Zor-el, é de Krypton, um planeta morto.
E meu pai, Mon- el,  é de Daxam,  um planeta vizinho de Krypton, quase morto e com um povo quase extinto.

Eu sou uma junção de planetas inimigos. Sempre fico animada e empolgada com as histórias dos planetas.
E saber que Krypton e Daxam eram povos inimigos, me faz pensar que sou fruto de um amor proibido.

Entre Mundos - DC & Marvel | 𝐇𝐢𝐚𝐭𝐮𝐬 Where stories live. Discover now