Capítulo 6 - Rastreador

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Volto para dentro da torre. Havia entrado pelo heliporto, acho que ninguém percebeu. 

Percebo meus cabelos e roupas ainda molhados. Antes de seguir pelo corredor – em que havia algumas câmeras – corro em círculos, na tentativa de me secar. Bom, funcionou, mesmo isso não tirando muito o meu cheiro de água salgada, mas acho que não dá para perceber sem estar muito perto. 

Caminho até a sala, vendo Steve assistindo a televisão, em que passava uma filmagem minha carregando o avião. A sorte é que não mostrava meu rosto por estar escuro. 

– O avião já caiu? Não ouvi nenhum estrondo. – Faço a sonsa. 

O loiro nega com a cabeça. 

– Alguém apareceu e salvou o voo. – Responde vidrado no jornal. – Onde você estava? 

– No quarto. Não queria ver as pessoas morrendo. – Estava sendo parcialmente sincera. 

– Jarvis, quais vingadores estão acessíveis para contato agora? – Fala com a inteligência artificial. 

– Apenas dois estão com os celulares ligados. Tony Stark e Scott Lang. – A voz responde. 

– Ligue para o Tony. 

Fico observando tudo, esperando poder ouvir a conversa. O capitão parecia sério, uma coisa incomum pelo o que estou acostumada. Ele é sempre tão gentil e agora parece preocupado. 

– Está me ligando sobre aquela mulher que salvou o avião, certo? – O bilionário atende a ligação. Não sei se me sinto elogiada ou ofendida por terem me confundido com uma mulher adulta. Isso significa que sou alta e tenho uns peitões? 

– Também sabe sobre ela, então. O que vamos fazer? Ela pode ter salvado aquele avião, mas não sabemos o que vai fazer com os poderes daqui em diante. – O loiro começa. 

– Sim. Também quero saber a fonte das habilidades. Pode ser algo como o que aconteceu com a Wanda e Pietro. Não seria bom se parte da população tivesse esses poderes. Não são todos que põe suas vidas em risco por outras pessoas. – Argumenta.

Podia provar o ponto do Stark. O mundo do tio Barry é assim, muitos têm poderes por conta da explosão do acelerador de partículas. O número de pessoas que escolheram o bem, são quase nulas, dá para contar nos dedos. Mas o tanto de violência e criminalidade… aumentou muito. 
Se isso acontecesse neste mundo, duvido um pouco que conseguiriam controlar. Além de servirem a uma organização do governo, não parecem ser do tipo que ajudam muito. 
Steve, mesmo sendo um soldado poderoso e bem conhecido, não pode ajudar na queda do avião. Poucos poderiam, mas estavam espalhados pelo mundo em alguma missão secreta ou sei lá o que. 

– Não vou poder dar aula para a pirralha. – Tony continua. 

– O que? Por que? – Uma expressão que não consigo entender muito bem, habitava o rosto do loiro. 

– Vou estar ocupado com isso também, além das coisas na empresa e os trabalhos na Shield. Tive que ir a uma cidade da Índia hoje, ajudar em um tratado de paz. Não sei por que Fury me mandou ao invés de um diplomata. – Ele parecia indiferente quanto a isso. Sempre soube que me ensinar não estava em suas prioridades. 

– E o que vamos fazer com a educação dela? Não podemos deixá-la sem ensino. Ela não tem culpa de estar aqui. – Rogers argumenta. Acho que esqueceu da minha presença no cômodo.

– Não sabemos se ela tem culpa ou não de estar aí. – Ele faz uma pausa, respirando. – É só mandar a garota para a escola. A gente põe um rastreador nela, sei lá. Vê com o Fury. 

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⏰ Last updated: Jan 28, 2022 ⏰

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