13 || Psicopata

5.8K 950 1.9K
                                    

Payton Moormeier

Quatro longos meses de passaram desde o meu acidente, não estou cem porcento bem, mas já posso sair do hospital.

Fiz fisioterapia e pequenos exercícios, segundo os médicos isso era importante para a minha recuperação.

Tive que fazer também pequenas cirurgias, para consertar alguns membros fraturados.

Nesse meio tempo em que estive no hospital, Diana ia para a escola todas as manhãs e ficava o resto do dia comigo.

Eu sentia tanto a falta dela a noite, quase toda madrugada eu acordava assustado chamando por seu nome.

— Já está tudo pronto, vamos? — Uma enfermeira entrou no meu quarto sorrindo abertamente, ela me cuidava muito bem e é muito simpática.

— Claro. — Concordei me levantando cuidadosamente, tirando aquele pijama hospitalar.

Depois de pronto encontrei Diana e seus pais me esperando na recepção alegres.

— Finalmente! — A menina veio até mim e me abraçou. Eu iria dar um selinho rápido, mas ela virou o rosto. — Tenho que te contar uma coisa...

— Conta quando chegarem em casa, Payton deve está cansado. — A mãe dela disse.

— Já descansei muito aqui. — Soltei uma risadinha.

— E seus pais? — Perguntou o pai de Diana enquanto íamos até o carro.

Olhei para a menina sem saber o que responder.

— Eles... Eles trabalham muito. — Respondeu.

— E vieram te visitar pelo menos? — Concordei, obviamente mentindo. — Não acha melhor ir para sua casa?

— Não... Quer dizer, meus pais trabalham muito e eu não gosto de ficar sozinho. — Falei.

— Entendo. Pode ficar lá em casa até quando quiser, não tem problema algum.

— Ótimo. — Diana me olhou alegremente.

— Senti tanto a sua falta. — Abracei ela forte.

— Eu também! — Retribuiu o abraço.

Quando chegamos em casa, preparei algo para mim comer e passei o resto da tarde ao lado de Diana assistindo filmes.

Quando ficou tarde fomos para o quarto e nos deitamos na cama. Ela deitou em meu peito e passou às mãos nos meu machucados.

— Dói?

— Quase nada. O pior já passou.

— Sabe o que eu descobri?

— Não...

— Advinha de quem te atropelou.

Quem me odeia tanto a ponto te tentar me matar? Acho que ninguém... Nunca fiz mal para um ser vivo.

Exceto por uma plantinha que esqueci de dar água e ela morreu.

— Não sei. — Respondi ainda pensando em alguém que quisesse a minha morte.

— Vinnie Hacker. — Me sentei na cama ao ouvir o nome daquele sujeito. — É, ele mesmo.

— Por que ele queria me matar? Ele é louco por acaso? Tudo isso pra ficar com você? Você não ficou com ele enquanto eu estava no hospital, né?

— Calma. Uma pergunta de cada vez. — Ela ligou o abajur. — Primeiro: eu não fiquei com ele, só naquela festa há um tempo atrás.

Melhor. Não quero perder a minha garota tão cedo. Ela é tudo pra mim.

— Me explica essa história. — Pedi. — Nunca dei motivo para ele querer me matar...

— O babado é forte.

— Conta, vai.

— Descobriram que foi ele pela placa do carro. Ele tem uma linda ficha criminal na delegacia, por drogas e mais umas brigas de rua. Talvez você não saiba disso mas, Vinnie usa drogas e nesse dia ele estava com efeito das mesmas... Ele estava com o carro estacionado na mesma rua que nós e fez o quê fez. Isso segundo sua bela confissão. Ele foi preso porém seu pai pagou a fiança.

— Minha nossa! — Arregalei os olhos. — Esse cara tem problema?

— Ele ficou com ciúmes vendo aquela cena. Dança na chuva e beijo, mais clichê que isso não existe.

— Agora ele está solto, certo? — Concordou e eu eu engoli seco. Se ele não conseguiu me matar antes, agora ele me mata.

— Mas fica tranquilo, ele não é uma pessoa má, só tem atitudes ridículas e psicopatas.

— Isso não impede ele de me matar, sabe disso, não sabe?

— Sei. Como eu disse antes, fica tranquilo, ok? Vinnie se mudou de cidade com seu pai, foram morar no Arizona. Ele não fará mal a você e nem a ninguém.

— Espero mesmo. Me lembre de nunca ir ao Arizona sozinho. — Sorri assustado.

— Não vai acontecer nada. — Diana me abraçou. — Agora vamos dormir.

Nos deitamos na cama de volta e abracei a forte.

— Boa noite.

Quando eu estava prestes a pegar no sono ouvi uma voz me chamando.

"Já está na hora."

— Hora do que? — Perguntei abrindo os olhos. O quarto estava escuro e a casa em silêncio.

Devo está paranóico, ou estava sonhando, vai entender...

Meu Furão - Payton Moormeier Où les histoires vivent. Découvrez maintenant