"Busca"

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POV NARRADOR

Inês usara seus poderes para teletransportá-las para outro local. Uma neblina surge então na superfície de uma varanda e as duas mulheres aparecem lá. A mais nova estava um pouco zonza por toda a turbulência que passara durante a deslocação, ela não estava acostumada com isso. Já a bruxa, não sentira nenhum efeito.

- Fique tranquila, já já a tontura passa.

Inês caminha até o final da varanda e abre bruscamente a porta; ela adentra à casa procurando por sua filha. A mais nova não ficou para trás, entrou logo em seguida atrás da mais velha.

- Maia!? Maia!? - A policial corre de um lado para o outro chamando pela menina mas não a encontra.

A bruxa vai até o quarto mas também não tinha ninguém. As mulheres procuraram por todos os cômodos, mas, naquela casa, não havia mais ninguém além delas. A residência estava completamente vazia, todos os móveis tinham sido retirados de lá; só restara um uma única mesinha de cabeceira encostada em uma parede no canto da sala.

- Ela não está aqui. - A mais velha diz frustrada. - Márcia, a Maia não está aqui!

A policial avista o único móvel no canto da sala de estar; ela caminha até lá e começa a vasculhar à procura de alguma pista. Abre todas as portas da mobília mas estavam todas vazias. Só restara uma última gaveta; Márcia então a puxa e um pequeno pedaço de papel cai de dentro da gaveta em direção ao chão. A policial então se agacha recolhendo o bilhete, abre e começa a ler.

"É simples, meu amor... Volta pra mim que eu devolvo a pirralha."

A mulher sente seu sangue ferver na hora. Ela e Inês estavam certas em suspeitar de Larissa.

- Márcia? - A bruxa chega por trás da mais nova.

- A Larissa a levou. - Diz em tom baixo, mas com raiva. - Não tem nada aqui... - Diz olhando ao redor. - Ela só deixou isso.

Márcia mostra o pedaço de papel para a mais velha. A bruxa pega o bilhete e o lê.

- Eu sabia! Eu vou acabar com aquela desgraçada! - Suas palavras saem como uma ameaça.

- Ela já estava planejando isso tudo. Aquela sensação de estar sendo vigiada que eu sentia, era ela! Isso é tudo culpa minha, eu deveria saber! - Márcia grita para si mesma e desconta sua raiva dando um soco na parede.

A mais velha fica um pouco assustada com a ação mas entende toda a raiva da outra mulher, pois ela estava igual. Não estava sendo nada fácil para ambas suportar toda aquela angústia de não saber onde sua filha estava. Inês entra na frente de Márcia e segura suas mãos impedindo que ela acabe se machucando.

- Não, Márcia! Eu já disse que a única culpada é a Larissa, somente ela! - A bruxa tenta acalmar a mais nova.

A policial respira fundo, se recompõe e diz:

- Agora temos uma prova. Vou avisar à polícia.

- Não, o que vai dizer pra eles? Que invadimos a casa dela e encontramos isso? - Diz mostrando o papel. - Você não tem um mandato, pode dar problema.

- Tem razão. - A mais nova solta um suspiro alto. - Não posso dizer isso, mas eu preciso avisá-los.

- Márcia, e se ela tiver levado nossa filha para outro país? - A mais velha deixa uma lágrima cair molhando sua bochecha direita. - Vai ser muito mais difícil de...

- Shh... - A policial impede a bruxa de terminar sua frase e passa o dorso de sua mão no rosto da mesma secando-o. - Não diz isso... Nós vamos encontrar nossa filha, tenho certeza!

No Que Me Transformei (MARINÊS)Onde histórias criam vida. Descubra agora