O dia amanheceu Eurielle acordou com Luiza em sua cama a abraçando. Não se lembrava do sonho, apenas das sensações ruins que o sonho deixou. Arrumou-se e foi fazer suas obrigações.
Enquanto andava pelo acampamento viu que Ofun brincava com algumas crianças.
As crianças riam dele por não saber usar o chicote, os ciganos tinham o chicote como uma poderosa arma. Ofun parecia errar de propósito e as crianças gargalhavam, era uma cena engraçada de ver.
Logo Eurielle percebeu que não era a única que admirava aquela cena, outras ciganas também olhavam e cochichavam, se aproximou do pequeno grupo e uma cigana que devia ter a sua idade com o olhar orgulhoso falou – "É... o gadjé muito bonito, né? Olha que dentes, que corpo!" – falou num tom que Eurielle não gostou.
E: "Não sei, não vejo nada demais, Carmela!"
Carmela: "Pois eu vejo e gosto muito!" – sorriu enquanto ajeitava o decote.
E: "Sabe que é proibido, ne?"
Carmela gargalhou e a outra cigana que a acompanhava também.
C: "Você é tão chata, Eurielle! Não é a toa que não se casou!"
Eurielle respirou fundo ia responder, mas achou melhor evitar, desde pequena se estranhava com Carmela. Carmela era viúva.
C: "Eu sei, querida! Mas isso não quer dizer que não posso me divertir um pouco!"
E: "Se enxerga! Acha que ele olharia para você? Você é tão oferecida!"
Carmela sorrindo: "Nenhum homem me resisti e quer saber... vamos ver essa noite na fogueira... quem atrai os olhares do gadjé!" – falou desafiadora.
Eurielle era orgulhosa e não sairia por baixo: "Esta certo!"
.....
E a noite chegou...
A imensa fogueira estava acessa, não estava frio, a noite estava agradável.
Carmela desafiadora olhou para Eurielle e com toda a sua vaidade dançava, com suas belas curvas. Seus olhos verdes contrastavam com seu vestido rosa, ela dançava e olhava fixamente para Ofun, ele percebeu que a bela cigana parecia querer seduzi-lo, ela era realmente muito bonita com seus cabelos claros e olhar provocativo, ele a olhava, mas ela não conseguia despertar nada nele porque ele aguardava ansiosamente por outra.
Carmela como as outras ciganas dançavam ao redor da fogueira e ficou feliz quando o soldado a olhava. Caminhou ate Eurielle e sorriu vitoriosa!
Eurielle sorriu para Carmela do mesmo jeito!
E com uma rosa vermelha presa em seus cabelos negros e um belo vestido laranja dançava, ele parou de respirar quando viu que ela caminhava ate ele e ela rodopiou, começou a dançar, ela o olhava e ele sentia seu corpo vibrar aos movimentos dela, o vestido laranja parecia que se misturava com as cores do fogo e aqueles cabelos negros eram lindos.
Logo Eurielle pegou uma espada e tornou a dança ainda mais sensual, equilibrava a espada em sua cabeça enquanto movimentava seus quadris, fazia belos movimentos com a espada. Ofun estava enlouquecendo com a cena e então percebeu o sorriso dela para Carmela e compreendeu o que acontecia.
Ofun se virou e saiu de perto da fogueira, Eurielle não compreendeu e deixou a espada cair no chão, Carmela com ar vitorioso gargalhava com a amiga olhando para a nervosa Eurielle.
...
Ofun ficou irritado. Eurielle brincava com ele, com o que sentia.
Caminhou entre as arvores até o rio, ela o enlouquecia e partes do seu corpo precisam se esfriar, mergulhou nas águas gelados do rio.
...
Eurielle nervosa foi atrás dele. Parou de caminhar quando a luz da lua lhe mostrou aquele corpo se molhando nas águas cristalinas do rio, ele estava apenas com suas calças e era perfeito, tentador demais.
Ela estava parada o olhando mergulhar naquelas águas, cada mergulho sua respiração ficava mais acelerada. Ela não sabia se era a adrenalina de serem ou a brisa suave que passava pelo seu corpo que queimava, mas algo entre suas pernas umedecia.
Seu corpo queimava e logo aquela água parecia muito convidativa.
Ofun percebeu que era observado e se virou, sorriu quando viu quem era e como ela estava, o jeito que umedecia os lábios e tentava controlar a respiração.
Ofun parou de sorrir e caminhou até ela.
Eurielle olhava como a água se despedia daquele corpo, cada gota que caia era observada. Ele também sabia provoca...
Ofun ficou próximo, levantou o rosto dela e a olhou bem dentro dos olhos: "Eu vi o que você e sua amiga fizeram!" falava sério, parecia irritado e Eurielle tentava se conter – "Isso não tem graça, Eurielle!"
E a puxou para um desesperado beijo. Logo a água em seu corpo a molhava, mas ela nada sentia seu corpo estava quente demais. Correspondeu o beijo dele o abraçando e quando ele deslizou a mão pelo seu corpo, a fazendo sentir todo o poder que o toque dele tinha sob ela, ela estremecia com aquelas caricias.
Ofun desceu sua mão ate o seio esquerdo dela e apertou levemente, ela gemeu e algo dentro de sua calça ganhou vida, ele a levantou e ela cruzou as pernas em volta dele. Ele a encostou numa arvore e a beijava com todo o desejo que sentia, sentia ela vibrando em seus braços, as unhas dela marcavam sua costas, estava muito perto de perder o controle.
Levantou o vestido dela e apertou suas coxas com uma mão e com a outra puxou seus longos cabelos negros de um modo possessivo enquanto passava a língua naquele pescoço, a fazia sentir seu halito quente, ela arfava em seu colo.
Com o pouco controle que tinha Ofun puxou o cabelo dela e com sua voz rouca, falou bem perto do ouvido dela, a deixando mais úmida.
O: "Nunca mais brinque comigo, Eurielle! Eu não sou um desses garotos que ficam cedendo aos teus caprichos!" – pressionou seu membro contra a calcinha molhada dela e sentiu quando ela apertou as pernas ainda mais no seu colo, a olhou nos olhos e falou sério - "Eurielle, eu sou um homem!".
E a soltou... pegou suas coisas e a deixou sozinha, confusa e sedenta.
Notas Finais
*O Jardim - Devemos nos atentar que para que o jardim se mantenha belo e florido é necessário que tenhamos cuidado com ele, sempre plantando para florir, regando para crescer e ampliando seu território para mais flores surgirem.
Muitas vezes é o nosso jardim interno que precisa ser melhor cuidado. A beleza real vem de dentro para fora.
Boas sementes geram bons frutos e vice-versa.
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Maktub
RomanceA palavra Maktub, do árabe, significa "destino", e pode ser interpretado como "estava escrito" ou melhor, "tinha que acontecer". Eurielle ainda carrega muitas cicatrizes em sua alma, será que dessa vez com a benção do véu do esquecimento ela saberá...