O Céu Não É Azul -Jikook

Ignoratio Elenchi

AVISO! LEIA, POR FAVOR: ESSA FANFIC PODE CONTAR GATILHOS PARA LEITORES SENSÍVEIS POR ISSO SE OS TEMAS QUE EU ALERTAR AQUI FOR UM GATILHO SEU EU RECOMENDO NÃO LER

DEPRESSÃO, SUICÍDIO, TRANSTORNO PERSONALIDADE BORDERLINE, PERDA DE ALGUÉM IMPORTANTE.

QUALQUER CAPITULO QUE OCORRER ESSES OU OUTROS ASSUNTOS SENSÍVEIS OCORRERÁ UM AVISO DESSE. NÃO TEM ROMANTIZAÇÃO DE NENHUMA DESSAS PAUTAS APENAS ABORDAGEM.

Essa obra tem a betagem do projeto Filhos do Sol, no twitter @filhosdosol_, betado por @heroncarstais. se precisar de betagem recomendo muito
!fim dos avisos!

"Já pensou que você sabia o fim de uma situação? Quando eu o vi pela primeira vez, eu sabia tudo que iria fazer, 'Ignoratio elenchi', o nome para pseudoconclusão ou ''falácia da conclusão irrelevante'', é quando se mistura uma mentira com uma verdade quase óbvia. Para mim, era nítido que Park Jimin iria ser meu para sempre, mas isso não estava totalmente correto, não tudo."

16 maio 2008

-Meu nome é Jeon Jungkook e tenho quinze anos.

Ninguém tinha cara de interesse ou uma onda de animação. Claro que eu não queria festa e fogos, mas, no minímo, um sorriso acolhedor, daqueles que dizem um "Primeiro dia, não é? Boa sorte", com uma curva no canto da boca, seria legal. Eu pensei em incluir alguma coisa, para me detalhar mais e me fazer ter uma boa primeira impressão, mas não sabia ao certo o que. Eu deveria dizer mais que o meu nome e idade? Talvez sobre de onde eu viesse? Não... Sobre minha familia? Seria desinteressante! Entretanto, eu tenho fatos científicos decorados.

-As galáxias estão sempre em movimento - Ninguém faz nada, mas percebo que estão prestando mais atenção agora - a nossa também, a Via Láctea, então daqui uns milhões de anos vai colidir com Andrômeda.

Termino a frase sorrindo, mas a conclusão me rende mais caras assustadas, o que não foi minha intenção. Deveria corrigir? Foi mórbido? Eu não queria deixá-los com medo, apenas curiosos.

-Mas está tudo bem, já que não vamos estar vivos. E, também, não sabemos se vai haver uma sociedade até lá.

-De fato educativo, Jeon - diz a professora sorrindo, porém não de um modo sincero - Não é sala? - Ninguém responde.

Apenas me sento, assim que a professora aponta para o meu lugar, localizado no fundo. Minha sala nova me acha um esquisito e tive mérito próprio nisso. O meu problema, é que em situações que envolvem uma possível primeira vez, eu, normalmente, quero fazer a melhor coisa que posso listar em apenas alguns segundos, como dessa vez, os resultados não condizem com aquilo que eu esperava. E, sinceramente, sinto muito se essas minhas atitudes podem causar traumas a terceiros.

Quando os meus pais falaram pela primeira vez que iríamos nos mudar, eu fiquei animado. Eramos quase nômades, sério! Amava casas novas, um novo quarto para colocar a minha essência, mas nunca contava os contras que estavam por vir, por exemplo o dessa vez .1) Não tinha direito de argumentar, caso eu não gostasse de algo; e 2) A casa era em outra cidade. Esses eram alguns de vários outros contras que poderia listar.

Longe de eu querer ser o filho rebelde, que só diz coisas ruins, por mais que tenha uma aparência ótima para isso, confesso, com minha consciência limpa, os meus pais tiveram motivos para isso, que envolvem forças maiores do que abandonar sua banda de garagem, vender seu amplificador, toca discos, estante de livros. O pior não era perder essas coisas, nada me importava os objetos, mas não ter nenhum controle de coisas novas. Caramba, quantas vezes eu imaginei hoje? Umas mil! E não chegou nem perto daquilo que eu queria. O pior de tudo, é que meu irmão me fez cair no papo de "Seja você mesmo". Os mais velhos sempre pensam que ser você é igual um filme adolescente e que, no fim, as pessoas vão te aceitar e comemorar com uma música motivadora, com o título "este sou eu". Todavia, acaba sendo mais como sorrir para sua sala e dizer "todos nós vamos morrer". Enfim, não é tão simples.