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O despertador tocava incansavelmente, depois da noite de farra no dia anterior, Nayeon estava, de fato, apagada em cima da cama. Ainda vestia as mesmas roupas, até mesmo os seus sapatos estavam nos seus pés.

Driiiiiimmm!! - O despertador insistia em acordar a morena.

- Filho da puta! - Com um único golpe, acertou o punho cerrado em cima do objeto alarmante, destruindo-o e cessando o barulho.

Havia um pouco de vômito no chão, próximo a entrada, quando a porta fôra aberta dando passagem a Sra. Lim, ela se aproximou da cama e notou o despertador quebrado, depois olhou para a filha, com o rosto vermelho, coberto pelos cabelos negros.

- Acorda! - Jina balançou o corpo da morena, ouvindo um sussurro em forma de resmungo. - Levanta Nayeon! Vai viver desse jeito? Igual uma vagabunda sendo sustentada pelos pais?!

Nayeon abriu os olhos, sentindo o gosto amargo na boca, ela levantou o torso, encostando-se em seu cotovelo, com a outra mão, jogou seu cabelo pra trás e suspirou profundamente.

A dor de cabeça começava a dar sinais de que ficaria mais forte, principalmente depois da visita matinal de sua querida mãe.

- Bom dia pra você também. - A mulher respondeu ironicamente, enquanto levantava da cama e caminhava até o banheiro.

- Hoje você vai ver o doutor Song, marquei uma consulta para você no horário da tarde.

- Não preciso disso. - Nayeon respondeu ainda dentro do banheiro, onde abria a porta do pequeno armário sobre a pia. Ela procurou um pequeno recipiente que guardava seus calmantes, pegou um e o engoliu.

- Você tem que se tratar...

- Não! - Bateu a porta do armário com tamanha força que o vidro trincou. - Eu já disse que não vou me consultar com nenhum psiquiatra.

Jina suspirou, e resolveu que seria melhor desistir, por hora. Ela sabia que se insistisse naquela conversa, a filha poderia quebrar mais do que apenas o espelho do banheiro.

E de fato, Nayeon já sentia sua frequência cardíaca acelerada e um tremor pelo corpo, suas mãos apertavam a borda da pia quando ouviu a porta do quarto sendo fechada. Aos poucos, seus batimentos foram regularizados e ela suspirou em seu pequeno momento de paz.

Após o banho, a Lim desceu a escadaria e seguiu até a sala de jantar, onde seus pais e uma visita já se encontravam fazendo o desjejum. Assim que apareceu na ombreira, todos pararam o que estavam fazendo e olharam na mesma direção.

- Venha, filha. - O Sr. Lim convidou. - Junte-se a nós.

Os olhos de Nayeon encaravam todos os rostos que estavam naquela mesa, um por um, até parar no do homem que conhecia desde pequena, e que desde sempre, fôra prometido como seu noivo, devido a acordos antigos feito por ambas as famílias.

- Oi, Nayeon. - Jae-in a cumprimentou sorridente. - Como você está?

- Morrendo de dor de cabeça. - A morena respondeu, juntando-se aos outros.

- Também, com a noite que teve. Bebendo e usando drogas...

- Jina! - O Sr. Lim a interrompeu. - Estamos tomando café... E temos visitas. Agora não, por favor.

- Claro, claro. - A mulher assentiu, dirigindo um sorriso para Jae. - Desculpe por isso, querido. São coisas de mãe.

- Tudo bem, eu compreendo. - O homem respondeu.

- Mas conte-me querido, como foi a viagem à Paris. - A mais velha continuou.

- Maravilhosa! - Jae respondeu. - Foi ótimo ter esse tempo com mamãe, depois que meu pai faleceu. Ela precisava desses dias de descanso.

A Garota do Cabelo Rosa • 2yeonOnde histórias criam vida. Descubra agora