02. O acompanhamento

2.9K 283 1.2K
                                    

Aos poucos suas pálpebras descolavam

Oups ! Cette image n'est pas conforme à nos directives de contenu. Afin de continuer la publication, veuillez la retirer ou télécharger une autre image.

Aos poucos suas pálpebras descolavam. Ele olhava para o teto branco. Via uma lâmpada, sua claridade incomodava. Levantou um pouco o torso, dando-se conta onde se encontrava, na enfermaria.

Olhou para os lados, encontrando alguém sentado em uma cadeira. A cabeça de Shouyo latejava, e sua visão estava meio embaçada.

— Noya-san — murmurou baixinho, direcionando o olhar para o vulto sentado. — Por quanto tempo eu dormi?

O outro apenas escutou a segunda parte.

— Dormiu o bastante para me preocupar e preocupar o time todo. Você não me ouviu? Eu falei para descansar! — ele levantou. — Por que você não me escutou?

— Caraca Nishinoya! — Exclamou surpreso. — Como você fez para crescer tão rápido e ter a voz tão diferente assim? Tomou hormônios?

O moreno foi para cima de Hinata.

— Deve estar brincando comigo, não é possível! — exagerou no tom de voz.

Shouyou não entendeu. Ele também não moveu um músculo sequer. A aproximação repentina do vulto, o deixou meio tonto.

Hinata ficou vesgo.

— Merda! — berrou, passando as ágeis mãos nos fios de cabelo negro. — Agora ferrou! Deixei o atacante vesgo! — ele parecia realmente desesperado.

— Eu tô vesgo?

— Você tá vesgo!

— Aí meu Deus! Fiquei vesgo!

Hinata bateu nas duas bochechas com força, força o suficiente para deixá-las vermelhas.

Desvesguiei! — Gritou feliz.

A felicidade foi tanta que Shouyo se levantou, e andou — tombando — até o moreno, pulando em cima do mesmo. O abraçou.

— Tudo bem Noya-san! Não se preocupe! Não estou mais vesgo! — sorriu.

— Eu não sou o Nishinoya. — Apertou o cenho. — Eu sou o Kageyama.

Hinata deu um pulo para trás. Seu coração acelerou.

— Eu abracei o Kageyama — resmungou mais para si mesmo. — Como eu fiz isso?

— Fez o que? — perguntou intrigado. — Por que não me escutou? Passou a noite em claro?

O ruivo tombou na maca. Tampou o rosto com as mãos.

— Eu não consegui dormir, baka. Eu só... não consegui.

A cabeça de Kageyama pendeu para o lado. Ele sabia que essa conversa não fazia sentido. Dormir é algo fácil, certo?

— É só fechar os olhos.

Com essa resposta, o pequeno se sentou. Encarando o vulto.

— Você já teve paralisia do sono? — perguntou, inocentemente.

Dreams - KageHinaOù les histoires vivent. Découvrez maintenant