Não é o fim...

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Cruella sentiu algo gelado e leve em sua mão, e enquanto voltava a realidade do acontecimento recente, percebeu ser aquele apito, olhou a sua frente e viu Gaspar, o rapaz estava encostado em uma pilastra com Artie ao seu lado.

Cruella não demorou a entender que aquilo havia sido armação dos dois, não sabia se sentia-se traída, mas ela sentia algo, e os agradeceria depois se fosse o que pensava.

Voltou ao plano e logo seguiu caminho para o banheiro vazio, trancou a porta e se abaixou em frente ao pequeno armário de madeira, retirando de lá uma bolsa cinzenta levemente pesada. Fechou o armário e se dirigiu para o banheiro fechando a cortina.

Ao lado de fora, os guardas tinham extrema difículdade em sair da sala, graças as diversas cadeiras, espada e outros que travavam a passagem, era caminho limpo para cada um deles, era caminho livre para Stella, essa que caminhava com calma até o mesmo local onde estava sua mãe, o mar agitado em baixo, o dia escuro, e o mesmo apito, do qual assim que soado, fez os três cachorros se agitarem, loucos para seguir por onde os chamavam.

A baronesa sem muitas opções os seguiu até a saída, conseguindo ver com clareza a garota de cabelos vermelhos ali, parada olhando para o mar agitado, a grande queda que tinha.

Já do lado de fora era possível se ouvir o som levemente irritante do apito, parando aos poucos, como se sentisse que ela estava lá. Stella se virou com aquele sorriso torto em seu rosto, a baronesa de imediato soltou a coleira de seus cachorros, dando a ordem clara.

- Atacar - Aquela pequena palavra foi o suficiente para que os cachorros começassem a correr rosnando na direção de sua inimiga, lhe surpreendendo no final.

- Sentem - Os choramingos saíram baixos enquanto os cachorros obedeciam, se colocando sentados ao lado de Stella obedientes, a espera enquanto a baronesa caminhava em suas direções.

- Olá, Cruella - Seu nome saiu com nojo dos lábios velhos e ressecados.

- Detesto estragar sua festa mas, eu vim para destitui-la - Cruella levantou sua mão, aquele colar dourado pendurado entre seus dedos, mas agora contendo uma chave no lugar da pedra - Com está chave, eu tive acesso a uma belíssima caixa com uma certidão de nascimento - Enquanto o sorriso presunçoso da baronesa sumia de seu rosto, o vingativo surgia nos lábios vermelhos de Cruella - Olá, mamãe.

Observando da janela, Artie logo percebeu que estava na hora, a mulher se aproximava lentamente de sua filha, e com isso eles logo iniciaram a parte seguinte do plano.

- A baronesa requer a presença de vocês ao lado de fora - E assim seguia, Artie e Gaspar avisando a todos, as mulheres e os homens, seguindo seus rumos inocentemente, achando que aquela acabaria por ser uma normal e simples festa.

- Eu assumo meu erro, eu deixei uma coisa extraordinária, ir - Aos poucos, Cruella se lembrava do porque não havia matado a baronesa, do porque havia desistido daquela idéia quando contou seu plano a S/n.

*

Absorvida no gosto do frango que comia, S/n se virou ao ouvir a voz questionadora de Cruella.

- Por que está me ajudando? - A dançarina deixou o osso do frango acima do prato lambeu seus dedos.

- Por que não ajudaria? - Controlou a pergunta.

- Eu sou filha da baronesa, eu te disse tudo, você viu tudo o que eu fiz e as coisas malucas que passaram pela minha cabeça entao, por quê? - Aquela era a resposta da qual Cruella se perguntava se teria, desde o início de tudo - Eu sou igual a ela S/n.

- Não, não é. Olha, a minha mãe, a outra, a que cuidou de mim depois, ela me ensinou a dançar, me ensinou seu estilo de dança, mas eu nunca consegui me aperfeiçoar nele como ela, eu tinha meu próprio estilo de dança - Ainda confusa, S/n se aproximou de Cruella e segurou suas mãos com carinho - Eu pensava dançar igual a ela, mas após uma coisa que meu amigo disse, eu percebi que éramos somente...

Preto no Branco (Cruella x You)Onde histórias criam vida. Descubra agora