"Cidade Ranon", uma das cidades povoadas exclusivamente por humanos, dificilmente era visto alguém de outra raça.
A cidade era enorme, no seu centro se concentravam inúmeras casas de madeira e pedra, e quanto mais se aproximava da fronteira, mais partes da floresta que o cerca começam a aparecer.
Ao norte, um belo parque circular se estendia por alguns quilômetros de distância. Um rio cortava a vista em duas partes semelhantes, mas podia ser cruzado facilmente por uma ponte de pedras tingida de roxo. E espalhados por todos os lados, árvores de cerca de 30 metros eram vistas até o horizonte.O parque estava totalmente vazio, exceto por um jovem garoto humano de cabelos castanhos que caminhava com uma mochila preta nas costas.
O garoto possuia estatura média, vestia uma blusa de frio azul com faixas pretas, calças bege, e sapatos acinzentados.
Ele olhava de um lado para o outro, conferindo se realmente não havia ninguém por perto.Ao ter total certeza, o mesmo se aproximou de uma jacarandá com folhas verdes, e retirou uma barra de chocolate do tamanho de sua mão da mochila:
(Obs: Jacarandá é um grupo de árvores nativas do Brasil, que apresenta uma copa extensa.)
– Pelos meus poderes, eu ofereço esse barra de gorduras para a raposa que reside nesta árvore!
Somente o silêncio era ouvido de lá...
– Onde aquele cara se meteu agora? – O garoto falava sozinho
– Que cara?
O menino se virou no susto, um ser humanóide apareceu pelas suas costas sem fazer o mínimo de som.
O vivente vestia uma camisa verde de mangas longas, uma calça de lã preta com alguns rasgos na parte de baixo, e calçava sandálias de couro da mesma cor da calça.
O mesmo usava uma máscara de raposa branca com linhas vermelhas, os seus olhos brilhavam com uma cor esverdeada pelas saídas.
A sua cabeça era coberta por uma cabeleira negra e bagunçada como se tivesse passado por um tornado, com algumas folhas presas em alguns cantos, e nas laterais era possível ver um par de orelhas pontudas maiores do que de humanos. Era inegável, ele era um elfo.– Você deveria parar de chegar assim de mansinho – O humano ajeitava o seu corpo.
– Pra que? É divertido fazer isso! E obrigado pelo chocolate. – A voz do elfo era fraca e cansada, como se ele tivesse passado noites em claro.
O primeiro garoto tateou o corpo em busca de algo:
– Quando foi que você...
– Eu peguei quando você tava no susto.
– Então já se considere pago. Já pode continuar a história, Kitsu?
O elfo levantava um pouco sua máscara para morder o doce, era possível ver um pequeno corte do lado direito de seu queixo:
– Que história?
– A de como foi a "Queda Élfica"...
– A Queda... Ah! Lembrei do que era!
– Lembrou agora de um evento que matou milhares de sua espécie?
– Siiim...?
– Você dormiu nos últimos dias?
– Eu acho que dormi ontem de manhã...
(Obs: Ele não dorme há 4 dias. Falta de sono pode causar falhas na memória. Durmam bem.)
– Na próxima vez, eu vou trazer um remédio pra dormir.
– Não, obrigado. Eu não gosto dos meus sonhos.
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A Cruzada do Elfo da Tempestade
FantasyHumanos, elfos, beasts, belowseas, feathereds, etc... Neste grande mundo de fantasia, diversos seres vivos de diversas raças viviam suas próprias vidas às suas próprias maneiras. Em certa época, a Grande Guerra avassalou a vida de centenas de...