Capítulo 04 - A linha tênue entre a madame e a vadia

897 83 47
                                    

— Agente insolente — Quase declamara a candidata pela sonoridade em que gemeu o insulto. Bianca sentiu sua boceta molhar só pela forma como foi chamada. Havia revolta e luxúria na voz, a combinação era irresistível.

— Dondoca fresca — E então outro beijo, agora, um tão quente que quase não podia conter o ímpeto das bocas que não conseguiam se repelir como tentavam suas frases. Eram de muitas formas opostas, mas no desejo e no queixo altivo eram iguais, logo, era impossível não ceder a atração. Era isso que dizia a física, certo?

E por falar na física, como quem tentava manter dois corpos no mesmo espaço, Bianca conduziu seus dedos até as coxas da candidata erguendo o tecido de marca pela barra seu vestido sem qualquer objeção da outra parte. Queria fundir os corpos num desejo só o quanto antes fosse possível. Por essa razão até pensou em rasgar a peça única em trapos, mas acima de tudo não queria a mulher voltando para o marido parecendo que fora agredida. Bianca ansiava que a madame beijasse o delegado com o gosto de seu gozo na boca e com isso não havia problemas.

Admirando Rafaella somente de lingerie a agente se deixou embeber da visão do paraíso que era aquela mulher coberta de uma branca renda elegante. Poderia até soar inocente se não conhecesse até a alma dos políticos. Classificava Rafa como um demônio na terra e ela era a próxima vítima da mulher de cabelos desalinhados castanhos que afundou os joelhos no banco só para erguer os seios na direção de sua boca.

— Me chupa — Mandou Rafaella gemendo e a agende envaidecida por ter aquela mulher gostosa no seu colo se deixou puxar pelo distintivo até finalmente estar cara a cara com os seios bronzeados e fartos.

Puta que pariu.

Foi o último que recorreu seu pensamento antes de passar a língua no vale entre os montes generosos que lhe eram ofertados com uma acentuada sem vergonhice. Respondeu ao presente com a euforia necessária. Lambeu por cima do tecido até formar marcas molhadas sobre os mamilos e antes que retirasse fora a peça ainda os sugou assim.

Se possível, para Rafaella, aquele fragmento de contato era muito mais enlouquecedor. Sentia a língua quente deslizando de uma auréola a outra, o rosto pequeno se perdendo nos seios, mas a fina camada de pano impedia o encaixe perfeito. Irritada com a falta do contato total foi a própria madame quem decidiu se livrar do sutiã. Soltando o distinto que usara de coleira levou os dedos até as costas e abriu o fecho, permitindo finalmente que Bianca abocanhasse o seio como queriam.

Mais um gemido flutuou pelo espaço interno do uno e dessa vez atravessou as gargantas em uníssono. O de Rafa mais audível uma vez que Bianca abafara o seu contra a ponta rosada do seio esquerdo. Com o que estava livre apalpava, beliscava e ia provocando até ter que alternar.

— Até que para uma agentezinha de baixo escalão você sabe o que está fazendo — Bianca suspeitou que aquilo era um elogio, mas pela construção total da frase levou mais para um lado inflamatório. Parecia a tática para tornar aquilo ainda mais tórrido. Assim, apertando os dois seios com as mãos e correndo a língua pelo pescoço que emanava um cheiro de Chanel n °5 misturado a uma fina camada de suor, a policial se aproximou do ouvido da candidata. Com nenhum resquício de doçura arrepiou todos os pelos da pele com uma mordida e proferiu aperreando seus seios bem no limite da dor com prazer.

— Isso é porque a senhora ainda não sentiu meus dedos fodendo sua boceta — Bianca falou percebendo que a oração nada cristã provocou uma pressão involuntária sobre sua coxa. Percebeu ali que a dondoca apreciava e muito o vocabulário esdrúxulo do baixo escalão.

— Você faz muita propaganda Andrade. Fala uma, duas, três vezes, mas me mostrar que sabe foder com força até agora nada. Parece até que o político é você com tantas promessas — A candidata expressou soltando os cabelos de Bianca e percebendo como eles enrolados nos seus dedos ficavam muito mais atraentes. Puxou-os na nuca e os separou dos seios que sugara como se estivesse faminta até que se olhassem nos olhos. Se era tão fácil de ler nublada pelo tesão a candidatava estava passando um recado. Queria ser bem comida. Com brutalidade, com o barulho dos dedos entrando e saindo de dentro de si, com gemidos sufocados pelos beijos, até a perna tremer. Logo, desejava ser devorada como nenhum dos riquinhos e riquinhas que teve em sua vida fez. Só a ausência de apreço e interesse poderia promover algo tão selvagem.

Agente 02Where stories live. Discover now