Capítulo 45 - Finalmente...

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Felipe

Meu pai e eu caminhávamos em uma curva a esquerda, confiando naquele radar. Ele nos mostraria uma bolinha se aproximando caso algo estivesse perto de nós. Quando ou se acontecesse, teríamos que nos esconder.

Tinha apenas duas balas na minha arma, e eu realmente não queria usá-las errando o alvo.

— Estamos perto, a sala do comandante fica no final desse largo corredor. — Ouvi meu pai dizer.

Finalmente... Finalmente estávamos ali. Eu me sentia animado, conseguiríamos trazer a Annie, e com sorte, Henry e Lucas achariam a B207. Eu sentia que as coisas estavam começando a se ajeitar, e logo teríamos nossa amiga Lis conosco. Parecia que tudo era só uma questão de tempo agora... Enfim eu poderia respirar.

Chegamos até o final do largo corredor, mas a porta que dava acesso a sala de comando estava trancada. Não pedia cartão de acesso, senha, ou algo do tipo...

Soltando um suspiro um tanto preocupado, me encostei na parede tentando me tranquilizar. Não era hora de ficar irritado ou algo do tipo.

— Estranho... Ele deve estar lá dentro... — Ele disse colando seu ouvido na porta tentando ouvir algo que pudesse nos dar alguma resposta.

— Se chamarmos por ele, acha que nos ouvirá e abrirá a porta? — Perguntei desviando meu olhar para o corredor, achando que tinha escutado algo.

— Já que estamos aqui... Vamos tentar... Mas antes, me dê o radar, fique atento em sua arma caso nossos chamados atraiam robôs.

Concordei com a cabeça, engolindo em seco ao imaginar que poderiam vir mais de dois e, estaríamos completamente perdidos.

Levei meu olhar até meu pai, o vendo bater algumas vezes na porta, chamando alto pelo nome do comandante. Em minha mente, eu torcia para que aquilo funcionasse e que os robôs estivessem todos bem longe dali, e também longe dos meus amigos. Como eles deveriam estar?

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Lucas

O apito que o radar dava não era muito alto, porém trazia pelo menos a mim a tensão que aquilo tudo tinha... Nossos passos eram cuidadosos, não queríamos fazer barulho.

Quantas pessoas... Sem vida... Vê-las ali fazia eu me perguntar se esse era o destino delas de qualquer maneira...

Tantos que tinham tanto poder na terra, dinheiro, fama, coroas... O que havia sobrado?

Onde estavam escondidos os outros? Vendo tantos assim me fazia ter a dúvida se ainda restava alguém além de mim e meus amigos.

Isso era cruel... Era pavoroso... E eu não entendia o porquê...

Enquanto caminhava por aqueles corredores, minha mente me lembrou de meus anos na escola. De como o Felipe me apresentou a Lis. Os dois discutindo como bobos e ele tendo que pagar o lanche dela. Não pude deixar de sorrir ao me lembrar de seu contentamento quando pegou seu lanche preferido naquele dia... Éramos crianças tão inocentes de tudo...
E o dia em que eu convidei a Lis para o cinema? Ah... Foi legal... Nós dois fomos assistir "A Volta", e saímos de lá criando todos os tipos de teorias de como poderíamos criar o Backtime e conseguir voltar no tempo...
Desde lá eu sabia que sentia algo por ela... Mas sempre tive medo de falar e ela não sentir o mesmo por mim e... Acabar estragando nossa amizade... Mas... Vendo a atual situação, sabendo que podemos morrer a qualquer minuto, minha visão mudou em relação a isso. Quando eu a encontrar, quero dizer tudo, e não vou esperar nada em troca... Só quero que ela saiba que a vida dela importa mais do que a minha, e que eu a amo.

— Não se distraia, você sabe o que estamos enfrentando. — ouvi Henry sussurrar para mim.

O olhei umedecendo os lábios, concordando rapidamente com a cabeça pedindo desculpas assim. Minha mente precisava estar focada em qualquer pista que eu poderia encontrar.

Meu coração estava acelerado, como se sentisse que ela estava perto, e ouvindo o radar captar algo um tanto distante de nós, levantei meu olhar seguindo a direção do objeto, vendo exatamente aquilo que procurávamos.

Finalmente...

— Elisa...
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Capítulo novo! Demorou um pouquinho mas saiu!

Tem mensagens escondidas no capítulo, mas nada que interfira nessa história djskd

Votem por favor! Até sexta.

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