✷ Helion ✷
Cresseida estava de pé, se recusava a sentar na cadeira.
— Por que recusa os meus beijos? Helion, você nunca recusou. -cresseida cruzou os braços, irritada.
— Cresseida, eu quero arrumar um jeito de lhe dizer, de forma que não doa, mas não há. -falei.
Ela me encarou.
— O que está dizendo? -ela me encarou.
— Estou dizendo... Que, devemos terminar a relação que temos. -falei.
Ela travou, de boca aberta, os olhos brilhando com lágrimas, de raiva.
— Não, não acredito que está me dizendo isso. -ela disse entre um rosnado e outro.
— Eu sinto muito. —fui sincero— você merece alguém que te ame de verdade, como você quer que ame, e não alguém amarrado.
Ela ergueu o olhar para mim.
— E a quem você está amarrado? Helion, a quem?? -ela gritou em um soluço.
— A minha parceira.
Ela estremeceu, Cresseida se segurou na cadeira a sua frente.
— Está me deixando, para ir encontrar a sua parceira? -ela ciciou.
— Eu sinto muito. -falei.
— É aquela garota não é? É ela? Me fala! -ela gritou.
— Sim. -respondi.
Sua expressão se tornou fria.
— Vai se arrepender disso, você e aquela maldita. -ela rosnou.
A sala tremeu e o Sol retumbou quando meu poder explodiu na sala.
— Não se atreva a se meter com ela, Cresseida, tentei ser seu ser amigo até agora, mas nela, nela ninguém toca. -eu rosnei.
Ela me encarou assombrada, o ódio crescendo no olhar.
— Está apaixonado por ela. -ela disse.
Eu me calei.
— Sim, está apaixonado por aquela garota sem sal. -ela cuspiu.
— Não ouse falar dela assim. -ciciei.
Ela sorriu com desdém.
— Vão se arrepender. -ela disse.
Então sumiu em um retumbar de magia, atravessando para longe, deixando o cheiro de mar e verão.
Eu suspirei pesadamente caindo em minha cadeira.
Ter a ira da princesa de Adriata, será uma pedra em me sapato com todas as letras.
— Cadê a estressada?
Ergui o olhar para Rayzel que adentrou a sala.
— Mulher chatinha viu, pior que a velha do Ômega 3. -ela bufou.
— Ouviu algo do que dissemos? -perguntei nervoso.
— Não, não sou fofoqueira, Helion, ou melhor, sou sim, mas eu não vou me meter no que não é da minha conta. -ela deu de ombros.
Se você soubesse...
— Parece tenso. -ela observou.
— Impressão sua. -falei melhorando minha expressão, para que ela não se preocupasse.
— Sabe? Já faz uma semana e meia que estou aqui, não precisa fazer o papel de que está bem para mim, somos... Amigos. -ela disse.
Eu observei ela vir até mim, ela ficou atrás de minha cadeira e senti suas delicadas mãos em meus ombros.
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Corte de Sol e Lua
FantasyApós descobrir uma forma de viajar para outros mundos, Rayzel viaja para o seu mundo literário favorito, mas ela acaba surgindo em uma corte que ela não tinha pedido, que ela não havia planejada, estava ferida, estava sem forças, e em meio a luz pra...