Capítulo 4

3.7K 561 329
                                    

✷ Helion ✷

Cresseida estava de pé, se recusava a sentar na cadeira.

— Por que recusa os meus beijos? Helion, você nunca recusou. -cresseida cruzou os braços, irritada.

— Cresseida, eu quero arrumar um jeito de lhe dizer, de forma que não doa, mas não há. -falei.

Ela me encarou.

— O que está dizendo? -ela me encarou.

— Estou dizendo... Que, devemos terminar a relação que temos. -falei.

Ela travou, de boca aberta, os olhos brilhando com lágrimas, de raiva.

— Não, não acredito que está me dizendo isso. -ela disse entre um rosnado e outro.

— Eu sinto muito. —fui sincero— você merece alguém que te ame de verdade, como você quer que ame, e não alguém amarrado.

Ela ergueu o olhar para mim.

— E a quem você está amarrado? Helion, a quem?? -ela gritou em um soluço.

— A minha parceira.

Ela estremeceu, Cresseida se segurou na cadeira a sua frente.

— Está me deixando, para ir encontrar a sua parceira? -ela ciciou.

— Eu sinto muito. -falei.

— É aquela garota não é? É ela? Me fala! -ela gritou.

— Sim. -respondi.

Sua expressão se tornou fria.

— Vai se arrepender disso, você e aquela maldita. -ela rosnou.

A sala tremeu e o Sol retumbou quando meu poder explodiu na sala.

— Não se atreva a se meter com ela, Cresseida, tentei ser seu ser amigo até agora, mas nela, nela ninguém toca. -eu rosnei.

Ela me encarou assombrada, o ódio crescendo no olhar.

— Está apaixonado por ela. -ela disse.

Eu me calei.

— Sim, está apaixonado por aquela garota sem sal. -ela cuspiu.

— Não ouse falar dela assim. -ciciei.

Ela sorriu com desdém.

— Vão se arrepender. -ela disse.

Então sumiu em um retumbar de magia, atravessando para longe, deixando o cheiro de mar e verão.

Eu suspirei pesadamente caindo em minha cadeira.

Ter a ira da princesa de Adriata, será uma pedra em me sapato com todas as letras.

— Cadê a estressada?

Ergui o olhar para Rayzel que adentrou a sala.

— Mulher chatinha viu, pior que a velha do Ômega 3. -ela bufou.

— Ouviu algo do que dissemos? -perguntei nervoso.

— Não, não sou fofoqueira, Helion, ou melhor, sou sim, mas eu não vou me meter no que não é da minha conta. -ela deu de ombros.

Se você soubesse...

— Parece tenso. -ela observou.

— Impressão sua. -falei melhorando minha expressão, para que ela não se preocupasse.

— Sabe? Já faz uma semana e meia que estou aqui, não precisa fazer o papel de que está bem para mim, somos... Amigos. -ela disse.

Eu observei ela vir até mim, ela ficou atrás de minha cadeira e senti suas delicadas mãos em meus ombros.

Corte de Sol e LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora