9. Acertos

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- Você perdeu o contato com aquele seu amigo? - Sophie ouviu sua mãe questionar enquanto preparava o jantar.

Ao final do ano letivo de Hogwarts, Sophie havia voltado para casa, que ficava em Londres em um bairro chamado Notting Hill. Dizem que o clima tem poder de influência a rotina de uma pessoa. Por exemplo, um dia ensolarado teoricamente deixa todos felizes para fazer atividades ao ar livre. Contudo, o clima frio e nublado da cidade fazia com que Sophie ficasse cada vez mais para baixo e mergulhada em seus pensamentos.

- Ele não sabe usar telefone. - Sophie falou e deu um sorriso.

- Então você poderia mandar uma carta para ele. - sua mãe respondeu enquanto picava alguns temperos. - Acho estranho como eles ainda usam corujas.

- Não é tão simples. Se chegasse uma coruja com o meu nome lá seria estranho.

Sophie queria que sua mãe parasse de perguntar sobre ele, pois nem ela sabia o que estava acontecendo. Da última vez em que se falaram foi quando Walburga foi ao castelo e a fez ficar longe de seu filho e três dias depois voltaram para casa sem dar explicações.

Ela tinha contado a sua mãe sobre o baile. Na verdade, sua mãe extraiu todas as informações possíveis de como tinha sido seu último ano, já que ela mandava poucas cartas para casa. Mas em uma das conversas, Sophie acabou falando de um garoto vindo de uma família conservadora que usava sempre um sueter escuro, propondo ajudar ela com a decoração e de como eles se aproximaram.

E de como ela tinha se apaixonado por Regulus Black, mas isso ela não contou.

- Tudo bem, isso parece ser mais complexo do que parece. - sua mãe respondeu ao dar um sorriso reconfortante ao servir o jantar e Sophie agradeceu por ela não insistir no assunto.

Após a refeição com sua família, e de ouvir seu pai falar de sua pesquisa sobre plantas medicinais, Sophie subiu para o seu quarto, planejando deitar em sua cama e pensar em algo diferente. No entanto, ao abrir a porta a imagem que ela viu foi o suficiente para que ela gritasse de susto.

- Puta merda! - Sophie falou quando pulou de susto e observou Regulus tombar sua cabeça para o lado, observando a cena ao tentar entender tal xingamento trouxa.

- O que aconteceu? - Sophie ouviu sua mãe perguntar do pé da escada.

- Um bicho. - Sophie respondeu e observou que Regulus tinha olhar divertido. - Tinha esquecido a janela abertas e um bicho entrou, mas já saiu.

Sophie fechou a porta do seu quarto e encarou Regulus, que a olhava na mesma intensidade. Se perguntar, nenhum dos dois sabe dizer por quanto tempo ficaram se encarando. Eram tantas perguntas que ela queria fazer e a maioria das respostas ele não tinha ou não poderia dizer. Entretanto, lá estava ele com seu famoso sueter preto destacando a cor dos olhos sentado em sua cama.

- O que você está fazendo aqui? - Sophie perguntou depois de um tempo.

- Vim conversar. - Regulus falou nervoso.

- Não. - Sophie deixou uma risada nervosa escapar ao falar isso. Para ela, ele não deveria estar dentro do seu quarto agora. - As coisas já foram esclarecidas, Regulus, e eu sai machucada disso.

Nada foi esclarecido, mas ela não queria arriscar novamente.

- Eu só queria entregar isso. - Regulus entregou tremendo um pedaço de pergaminho para a garota. - Vou precisar fazer uma coisa e só queria que você soubesse.

- Que tipo de coisa? - ela questiona olhando para o pergaminho e pensando se teria coragem de ler.

- Algo que deduzi ser certo. - ele falou e viu ela se aproximar em silêncio. - Sinto muito, não posso dar detalhes.

Regulus Black, o orgulho da famíliaWhere stories live. Discover now