11 - so far away

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NOAH URREA

NOVA YORK, EUA.

Noah esparramou-se confortavelmente pelo sofá do avô sem nenhum remorso. Uma vez que estava sozinho em casa, ele se sentia seguro o suficiente para ocupar o seu tempo fazendo o que bem quisesse, afinal, estar sozinho era a sua única chance de fazer algo sem que os olhos de águia de Jacob o estivessem monitorando a cada passo que ele dava dentro de casa. Endireitou-se novamente para aparecer na chamada de vídeo com a irmã e sorriu mais uma vez.

― Linsey, o que você fez dessa vez? ― a garota tagarelava sobre várias coisas como uma metralhadora descontrolada e ele sabia que a irmã só agia assim quando aprontava algo.

Ela desviou os olhos rapidamente para a janela de seu quarto e voltou a olhar novamente para ele.

― Eu meio que... estou pensando em trancar a faculdade.

Aparentemente fazia dois meses que sua irmã estava cursando ciências contábeis na Université Panthéon-Sorbonne, só em pensar que ela acabaria estudando algo assim, quer dizer, não fazia muito sentido.

― Lins, já falou com os nossos pais sobre isso? ― ele perguntou, aflito pela primeira vez em relação ao futuro de Linsey, ele mesmo sabia que no fundo a sua própria obstinação em viver algo ao qual ele não estava preparado havia sido o seu próprio tiro no pé.

Noah pensava que, talvez, se ele tivesse apenas seguido o próprio destino nada disso estaria acontecendo agora.

― Sim, eles estão pensando sobre o assunto. De qualquer forma, acabei me inscrevendo em um curso de costura.

― Costura? ― Noah realmente estranhou a atitude da irmã, isso porque, mais uma vez, não fazia o menor sentido.

― Ah, é. ― Linsey foi interrompida pela ligeira queda de sinal, mas logo a tela voltou ao normal. ― Eu realmente estou preocupada com você, o que vai fazer em relação a sua demissão? Papai está estranho, vovô disse algo para ele e eu tenho quase certeza que é sobre você.

Os olhos de Noah vacilaram por um momento. Ele sorriu miseravelmente diante da sua situação perigosa.

― Eu não sei, Linsey.

E sim, ele realmente não sabia.

Quando acordou naquela manhã, Noah estava alçado por uma falsa esperança, apesar de que Ryan já havia o alertado sobre as possíveis questões que seriam tratadas com o Sr. Reynolds, ele realmente ainda nutria um otimismo que claramente o fez negar um pouco sobre aquela situação, e só de pensar nisso ele sentia sua ansiedade aumentar cada vez mais.

Assim que entrou na sala do Sr. Reynolds, percebeu que o mesmo se encontrava ali, completamente imóvel e observando da ampla janela o trânsito nova-iorquino, segurava uma xícara de café nas mãos e a balançava levemente entre os dedos. De certa forma, achou que aquela era uma maneira peculiar de começar a manhã, até porque o trânsito de Nova York era um verdadeiro inferno e parar para observá-lo deveria ser considerado algum tipo de arte antrópica.

Reynolds virou rapidamente em sua direção, ele era um homem alto e robusto, e sinceramente mantinha uma calma estranha que fazia Noah tremer por dentro.

― Sr. Urrea, certo? Eu prometo que serei breve com você. ― O homem vasculhou algo sobre a sua mesa e olhou para o papel como se verificasse algo. ― É surpreendente, realmente é.

― O quê? ― a pergunta acabou escapando de seus lábios e o homem o olhou diretamente.

― Esta é a primeira vez que eu demito alguém tão rápido, você está aqui há dois dias, no máximo? ― O homem pareceu ponderar sobre algo, mas não parecia que queria uma resposta. ― Bem, aqui está o contrato de rescisão e você não vai precisar me ressarcir sobre nenhuma das perdas e danos que houveram durante o seu tempo aqui. ― Reynolds entregou os papéis para Noah. ― Olhe é um rompimento amigável e sem muitas baixas, tudo bem?

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⏰ Última actualización: Jul 01, 2021 ⏰

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