Capítulo 13

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Gustavo

Eu não havia desistido de procurar emprego, era apenas uma pausa temporária. Até por que aquela coisinha na minha frente precisava de mim.

Mas pensar em um contrato de casamento me deixava desconcertado.

Não que eu fosse aceitar, ou talvez sim, não sabia mais o que pensar. Até porque tinha uma mulher me atormentando quase que diariamente com perguntas se eu já havia pensado na questão.

E parecia que só em pensar no diabo, ele aparecia, no melhor sentido, porque Katrina não tinha nada em relação ao capiroto, muito pelo contrário. Ela parecia um anjo com um sorriso espontâneo no rosto, um jeito de me cativar que eu nunca havia visto. Quando passei um tempo ao seu lado, era como se eu estivesse em paz.

Assim que meu celular vibrou sobre a cama, peguei-o olhando a mensagem que havia acabado de receber e um meio sorriso espontâneo e sem pretensão escapou no meu rosto.

Katrina: E ae, parceiro, já podemos marcar o primeiro encontro?

Ela era insistente, eu não poderia negar isso.

— Olha, filha, quero que você corra atrás do que quer, como essa mulher faz, viu? — falei para Helena, que estava deitada na cama brincando com o pote de lenços umedecidos que ficou por perto depois que a troquei.

Digitei uma mensagem para Katrina, dizendo que ainda não havia decidido nada.

O sorriso ainda se mantinha no meu rosto quando ela mandou uma figurinha se jogando no chão.

Quando Helena soltou um sonzinho brincando, olhei para ela, e minha filha abriu um sorriso banguela para mim. Naquele momento pensei em quanto tempo eu não sorria se não fosse para ela. Afinal, Katrina estava conseguindo um feito quase impossível, sem nem estar perto de mim.

— O que foi, princesa? — Abaixei a cabeça, dando beijinhos na barriguinha dela, o que a fez sorrir um pouco mais. — Pronta para ir para a casa da tia Taís?

Peguei-a no colo, tirando-a da cama e aninhei-a em meus braços. Era impressionante como ela já havia crescido naqueles poucos meses de vida. E como ela pertencia aos meus braços.

Passei na sala para pegar a bolsa que já estava pronta com tudo o que ela precisaria para aquele dia e coloquei-a no ombro.

— Olha, você vai ficar só um tempinho na casa da tia, tudo bem? O papai vai fazer umas compras, e assim que terminar, vou te buscar.

Dei um beijinho na ponta de seu nariz e ela se contorceu toda ao sentir cócegas com o roçar da barba remanescente em sua pele macia.

Pegamos a condução e desci na rua da Taís, deixando minha filha com ela ao depositar um beijo delicado em sua testa.

— Muito obrigada, não vou demorar, são apenas umas compras, porque as coisas em casa estão acabando, e essa mocinha aqui precisa de roupas novas, porque não para de crescer.

Despedi-me das duas sem muitas delongas e peguei o rumo do mercado. Teria que passar em alguma loja infantil na volta, mas daria tempo.

Terminei a compra no mercado e agendei a entrega quando estava saindo do e meu celular tocou.

Olhei no visor e o nome de Taís piscava. Parecia estar em neon na minha tela.

Taís nunca me ligava assim, quando estava cuidando de Helena, a não ser que acontecesse alguma coisa, o que nunca havia acontecido antes.

Foi como se um sexto sentido começasse a me deixar apreensivo, a espera de uma notícia ruim.

Mas nada poderia ter acontecido, não era?

Um Marido de MentirinhaWhere stories live. Discover now