Rivalidade

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***

Apesar de ainda querer conversar mais com Carolina sobre aquele problema - do meu ciúme e da raiva dela com Victor -, achei melhor deixar aquilo para depois. Ou esquecer de vez. Não gostava de discutir com ninguém, muito menos com Carolina, então embarquei na sua empolgação enquanto descíamos as escadas para voltar a jantar, e aceitei seu convite para assistirmos um filme juntas na sala.

- Que filme você quer ver? - perguntei enquanto andávamos de mãos dadas até a sala.

- Tanto faz. Duvido muito que vá assistir ao filme - ela respondeu, me lançando um olhar de lado que dizia claramente o que ela queria fazer naqueles próximos minutos.

E foi exatamente assim. Escolhemos um filme aleatoriamente que tinha acabado de começar, mas nem sequer assistimos as primeiras cenas. Logo a história ficou esquecida quando Carolina, que estava com o corpo apoiado ao meu, de costas para mim, começou a deslizar a mão pela minha coxa, subindo cada vez mais. Eu parei de prestar atenção ao filme e deixei meu olhar seguir seus dedos que deslizavam por cima da calça jeans. Mas sempre que ela chegava perto de onde eu queria, sua mão voltava a descer, me fazendo soltar um suspiro de frustração.

- É para me torturar? - perguntei num sussurro contra o seu ouvido, sentindo sua pele arrepiando quando meu lábio roçou no seu lóbulo.

Ouvi seu riso suave e suspirei novamente quando ela voltou a afastar a mão, dessa vez cruzando os braços.

- Retribuição pela tortura mais cedo no escritório.

- Mas eu fui até o fim - retruquei.

- Me deixou querendo mais - ela devolveu, se afastando um pouco, indo para o outro lado do sofá.

- Então vem aqui que eu te dou mais - falei, estendendo uma mão na sua direção, mas ela não veio. Eu tive que ir até ela, me esticando no sofá para conseguir puxá-la pelo tornozelo, fazendo-a deitar no sofá. O movimento fez seu vestido subir pelas suas coxas até quase exibir sua calcinha azul que tinha me hipnotizado mais cedo naquela noite.

E enquanto Carolina ria por estar sendo puxada pelos tornozelos, eu tive que tomar a iniciativa de ir até ela novamente, deitando ao seu lado no sofá.

Infiltrando uma mão por baixo da sua cabeça para servir como apoio para ela, usei a outra para puxá-la contra o meu corpo pela cintura. Suas mãos pequenas e macias vieram direto para o meu rosto, cabendo a ela me puxar para um beijo que eu não receei em retribuir.

Beijar Carolina era diferente de todas as outras mulheres que eu já havia beijado. É claro que ela beijava muito bem. Bem o bastante para me deixar excitada apenas com aquilo. Mas havia uma inocência nos seus gestos, na forma como seus lábios tocavam o meu, na forma como sua língua empurrava a minha, e como suas mãos tocavam meu rosto, meus cabelos e às vezes meu pescoço, que não era típica de mulheres adultas. A delicadeza em cada movimento tornava cada beijo único. Cada carícia mais excitante, mas não pela sua ousadia.

E, mais uma vez, ela não tomava a iniciativa de ir além. Coube a mim descer minha mão pelo seu corpo, enquanto as suas permaneciam nos meus cabelos. E mesmo quando eu cobri seu seio com uma mão e ela gemeu contra a minha boca, suas mãos permaneceram no mesmo lugar, mudando apenas a intensidadedo aperto.

- Estou indo rápido demais? - perguntei num tom baixo, tirando a mão do seu seio.

- N-não. Pode continuar.

- Tem certeza? - Carolina apenas assentiu, fechando os olhos quando voltei a tocar seu seio, de leve no começo, mas logo tocava com mais firmeza, sentindo seu mamilo enrijecer contra o tecido fino do vestido.

𝗗𝗼𝗰𝗲 𝗣𝗲𝗰𝗮𝗱𝗼 - G!PWhere stories live. Discover now