13. Iogurte

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Cadernos empilhados no chão com estojos em cima. Reki e Langa estavam sentados na cama, com Langa ensinando um pouco de inglês para Reki e Reki colocando a perna por cima de sua coxa. Decidiram fazer uma pausa por alguns minutos para descansarem. A cabeça do ruivo chegava a pulsar com tanta complexidade. Langa o observava reclamar. Sentia o coração palpitar com a irritação do namorado e não podia negar que o achava fofo quando fazia vozes estranhas e xingava meio mundo.

— Reki, posso te beijar? – perguntou enquanto brincava com os cordões do seu moletom.

Reki arregalou os olhos e desviou o olhar, o rosto se avermelhou rapidamente. Seu cérebro parou de funcionar.

— Reki? Tudo bem?

Ele se jogou e caiu na curvatura do pescoço de Langa, se escondendo ali. Estava com vergonha demais para dizer sim. Langa passou a mão até suas costas, acariciando e levando até os fios de seu cabelo.

— Tudo bem. Não vou te forçar a nada. Podemos ir no seu tempo.

O sorriso em seu rosto foi inevitável. A mão de Reki começou a tremer e ele levantou a cabeça, sorrindo como se não houvesse amanhã.

— Laaanngaaa!!! – exclamou e Langa arqueou as sobrancelhas. Ele pegou em seu rosto com uma mão em cada lado de suas bochechas, o apertando – Você é a pessoa mais perfeita que eu conheço! Literalmente meu boyfriend material e eu-- AAAAAAAAHHH!! – o encarou com um sorriso bobo – Você é perfeito.

Langa sentiu seu coração amolecer. Amava o sorriso de Reki com todo o seu ser.

— Eu não sou perfeito.

— É, sim.

— Não sou.

— É, sim.

— Não sou. Você é o perfeito dessa relação, Reki.

Reki arqueou as sobrancelhas com cara de quem sabe que é superior.

— Não podemos negar que eu sou incrível, né... – balançou a cabeça – Mas você é mais perfeito ainda.

Langa negou com a cabeça.

— Tá, tá... – revirou os olhos e riu – Você pode ser perfeito só nos meus sonhos, então.

Langa riu e colocou a mão em sua nuca, o puxando para um selinho demorado. Os dois sorriram um para o outro e se beijaram mais uma vez. Seu rosto estava vermelho e ele não sabia direito o que fazer com as mãos, então em um impulso de paixão segurou em sua coxa, puxando o tecido de sua calça. Sentiu todas as borboletas fluírem mais uma vez quando Langa acariciou seu rosto. Se segurou muito para não gritar internamente. O beijo de Langa era bom e ele gostava de como suas mãos ficavam pousadas em sua nuca.

Reki tirou a perna do meio das suas, se virando na cama e ficando de frente para ele. O mesmo o beijou de novo com selinhos mais demorados. Reki se derreteu por inteiro, relaxando todo o seu corpo. Se afastou do namorado em um suspiro apaixonado.

— Quantas vezes você já beijou na sua vida? Sério, você é muito bom nisso. – rolou os olhos para esconder o sorriso.

— Eu já namorei antes, Reki.

— Ah, é. Faz sentido. – voltou a o beijar.

Novamente no mesmo tom fofo e carinhoso. Langa podia jurar que a boca de Reki seria seu novo maior vício e seu novo maior hobby. Mas os dois se afastaram assim que ouve batidas na porta. A mãe de Reki apareceu com dois pratos de bolo na mão, fazendo os dois sorrirem meio sem jeito. Limparam os lábios antes de olhar para ela.

— Para vocês não ficarem com fome. Não sei do que você gosta, Langa, mas o Reki ama bolo de chocolate. – estendeu para eles.

— Tudo bem, Senhora Kyan. Eu gosto de chocolate também. – pegou o prato.

— Obrigado, mãe. – fez o mesmo.

— Por nada. – sorriu doce – Vou deixar vocês voltarem a estudar. – deu as costas e foi até a porta, saindo pelo corredor.

Reki se ajeitou na cama com o prato ainda em mãos, suspirando. Tirou um pedaço do bolo e levou até a boca, Langa fez o mesmo. Continuaram a comer.

— Os bolos da minha mãe são um máximo, cara! Ela simplesmente faz isso tão bem! – sorriu com os lábios.

Langa concordou com a cabeça.

— Ela sempre faz bolo ou doce quando eu venho aqui.

— Ela gosta de você.

Ele riu nasal e tirou um pedaço da massa.

— Você pretende contar para ela? Sobre nós?

— Eu não tinha pensado nisso... Não sei.

— Mas nós somos namorados, não somos?

Reki olhou em seus olhos tirando o farelo de bolo do rosto.

— Digo, seria bom contar para ela e oficializar nós dois.

— Nós já somos oficiais.

— Eu sei mas... Deixa para lá.

Os dois voltaram a olhar para frente. Reki pulava a perna em ansiedade, se perguntando o que deveria dizer. Suspirou antes de falar.

— Eu tenho um pouco de medo de contar para a minha mãe, sabe? Medo da reação dela. Eu só contei para o Joe e o pessoal, mais ninguém...

— Qual for que seja a reação dela, eu estou do seu lado. – levou a mão até seu rosto, tirando os fios ruivos dali e passando a mão pelo seu cabelo.

Reki concordou fortemente e escondeu o rosto nas mãos de novo, machucando suas próprias bochechas com o tamanho de seu sorriso. Balançou os pés e deitou a cabeça no ombro de Langa.

— Você é fofo demais. Eu não aguento.

Ele rodeou seus ombros com o braço, beijando o topo de sua cabeça. Reki soltou o prato no colchão e abraçou sua cintura, escondendo seu rosto.

— Deveríamos voltar a estudar?

— Pois é.  – suspirou e soltou o abraço.
X
Reki abriu a porta da casa e foi até a moto de Langa junto com ele.

— Te vejo amanhã? – passou a mão pelo próprio cabelo, tirando a chave dos bolsos.

Ele concordou com a cabeça. Langa suspirou e deixou a mão cair ao lado de seu próprio corpo.

— Está bem.

Se aproximou levando uma mão ao seu rosto. Reki olhou em seus olhos antes de segurar seu pulso e esfregar seu rosto na mão dele.

— Tchau. – sussurrou.

Langa se aproximou mais o dando um selinho demorado, seguido de outro e mais outro.

— Tchau. – sorriu de leve, tirando o cabelo de Reki de seu olho.

Ele se inclinou para o beijar mais uma vez, puxando o tecido de sua blusa. Depois se afastou, beijando sua bochecha e dando as costas, completamente envergonhado. Cobriu a boca com a mão e caminhou até a porta com os olhos fechados. Suspirou antes de se virar para ele de novo.

— Tchau! – falou mais alto, acenando.

Langa colocou o capacete, subindo na moto logo em seguida. Antes de virar a chave, piscou para Reki que entrou na casa e fechou a porta com força. Sentia as borboletas correrem por seu estômago. Soltou um riso e escondeu o rosto corado com a mão. Suspirou antes de dar as costas para a porta, só para encontrar sua irmã parada e com o queixo caído, segurando uma colher. Da colher, o iogurte pingava até o chão. Reki congelou com sua expressão chocada.

°•°

Oi gente eu odiei esse capítulo, mas pelo menos estou de férias e posso postar mais por semana.

motoboy - Renga[Reki x Langa]Onde histórias criam vida. Descubra agora